Discurso durante a 68ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Homenagem de pesar pelo falecimento do Deputado Ricardo Izar.

Autor
Pedro Simon (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RS)
Nome completo: Pedro Jorge Simon
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Homenagem de pesar pelo falecimento do Deputado Ricardo Izar.
Publicação
Publicação no DSF de 06/05/2008 - Página 11353
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, DEPUTADO FEDERAL, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), ELOGIO, ISENÇÃO, RESPONSABILIDADE, COMPETENCIA, PRESIDENCIA, CONSELHO, ETICA, CAMARA DOS DEPUTADOS, PRESERVAÇÃO, REPUTAÇÃO, CONGRESSO NACIONAL.

            O SR. PEDRO SIMON (PMDB - RS. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador.) - Sei que cheguei muito atrasado, Sr. Presidente.

            O Sr. Mão Santa (PMDB - PI) - Os últimos serão os primeiros, está no Livro de Deus.

            O SR. PEDRO SIMON (PMDB - RS) - Tive a sorte de chegar aqui, Sr. Presidente, a tempo de trazer meu abraço à família do Izar. Eu era seu amigo. Nós dois somos descendentes de libaneses, e ele era o presidente da entidade dos Parlamentares ligados ao mundo árabe. Nessas condições, convivi muito com o Izar em São Paulo, em várias reuniões, inclusive quando o Primeiro Ministro do Líbano esteve aqui - nós o homenageamos pouco tempo antes do seu assassinato.

            Eu tinha no Izar um grande amigo e era dele um grande admirador. Principalmente sendo ele Presidente do Conselho de Ética, falamo-nos por várias vezes. Por várias vezes, ele me procurou, e conversamos. Ele tinha a preocupação de acertar, de levar a contento o trabalho no Conselho de Ética, para que não caísse no ridículo. No início, parecia difícil, parecia quase impossível. Havia um movimento, muito mais do que agora, no sentido de não se permitir que as coisas viessem à tona, pois havia o envolvimento de uma série enorme de Parlamentares e de Ministros de Estado. Ele, com isenção, com seriedade, sem paixão, mas com alta responsabilidade e competência, conseguiu levar adiante seu trabalho, conseguiu fazer com que aquele Conselho de Ética, tão divido - como, agora, as Comissões Parlamentares de Inquérito -, chegasse a um ponto comum em que resultados surpreendentemente importantes foram conseguidos.

            À frente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, ele virou uma das páginas mais importantes e mais respeitáveis do Parlamento brasileiro. Conduzindo-a com isenção, atingiu Ministros como o Chefe da Casa Civil, Parlamentares, Líderes de vários Partidos, dirigentes dos mais importantes, mas que tinham o que dever. Ele a levou adiante e, realmente, conseguiu um feito importante.

            O Izar era um homem de alma boa, de espírito bom. Era um homem que buscava o bem e, com as pessoas, buscava o entendimento. Por isso, eu via nele uma pessoa realmente preocupada com a busca do bem comum.

            Levo à sua família, à sua memória, uma homenagem muito profunda, muito séria. Ele viveu, honrou seu mandato. Deus o chamou exatamente logo após ele prestar, talvez, o serviço mais bonito e a página mais significativa da história dele e da história do Congresso Nacional.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 06/05/2008 - Página 11353