Pronunciamento de Arthur Virgílio em 10/06/2008
Discurso durante a 99ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Comentário sobre matéria publicada pela imprensa, intitulada "Diga não à volta da CPMF".
- Autor
- Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
- Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
TRIBUTOS.:
- Comentário sobre matéria publicada pela imprensa, intitulada "Diga não à volta da CPMF".
- Publicação
- Publicação no DSF de 11/06/2008 - Página 19031
- Assunto
- Outros > TRIBUTOS.
- Indexação
-
- SOLICITAÇÃO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, LEITURA, DOCUMENTO, AUTORIA, ENTIDADE, CONFEDERAÇÃO, SINDICATO, EMPRESA, PUBLICAÇÃO, IMPRENSA, CARTA ABERTA, CONGRESSISTA, COBRANÇA, MANUTENÇÃO, EXTINÇÃO, CONTRIBUIÇÃO PROVISORIA SOBRE A MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA (CPMF), ANALISE, SITUAÇÃO, SISTEMA TRIBUTARIO NACIONAL, DADOS, SUPERIORIDADE, ARRECADAÇÃO, NECESSIDADE, CONTINUAÇÃO, DEBATE, REFORMA TRIBUTARIA, DEFESA, MELHORIA, GESTÃO, SAUDE PUBLICA.
O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Os jornais publicaram hoje matéria bastante expressiva sob o título “Diga não à volta da CPMF”. E o texto é: “Existem 112 tipos de tributos no País. O brasileiro trabalha em média 142 dias para pagar tributos. O problema da saúde pública não é a falta de recursos”.
Aí, dirige-se a nós:
Senhores parlamentares:
Justo quando o Brasil se apresenta ao mundo como uma força econômica ascendente e se consolida no mercado mundial.
Justo quando o Congresso Nacional se une em produtivos debates, com a participação da sociedade, sobre uma Reforma Tributária.
Justo, enfim, quando livres de um tributo anacrônico - a CPMF - que atormentou a vida dos cidadãos e das empresas e afugentou capitais.
Justo nesse momento do País, uma proposta, no Congresso Nacional, ameaça a sociedade, com a possibilidade de ressurreição da CPMF.
A CPMF sob um novo nome:
A CSS - Contribuição Social para a Saúde - é a CPMF sob novo nome. Usa-se um apelo emocional - o necessário acesso à saúde pública - como justificativa para a criação de novo tributo. Um tributo que destrói empregos e que afeta a capacidade de o País crescer.
Prossegue o documento:
Não bastam os tributos hoje existentes?
E responde:
A receita tributária aumentou R$31,5 bilhões apenas nos primeiros 4 meses deste ano. Só isso representa mais de três vezes a expectativa de arrecadação anual da CSS [que na verdade significa] (volta da CPMF), da ordem de R$10 bilhões ao ano. Os recursos para o gasto em saúde devem se originar da arrecadação dos tributos existentes e não de uma nova tributação. O Congresso não pode transferir esse ônus para a sociedade. Mesmo com a cobrança da CPMF, desde 1996, permanecem os problemas da saúde pública. Não faltam recursos e sim gestão eficaz e definição de prioridades orçamentárias.
E conclui:
O Congresso já tomou a decisão correta: o fim da CPMF.
A sociedade brasileira já disse não à CPMF. Ela não merece a sua ressurreição com outro nome.
Assinam:
Ação Empresarial
Confederação Nacional da Indústria [CNI]
Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA, Confederação Nacional das Instituições Financeiras
Confederação Nacional do Transporte [CNT]
Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil
E mais 49 federações, associações, institutos e sindicatos empresariais.
Peço que esse documento seja acolhido, na íntegra, pelos Anais da Casa, Sr. Presidente, como uma advertência a todos nós e como um alerta a que o Governo busque uma racionalização dos seus gastos para não termos terríveis surpresas negativas para a nossa economia, ainda no decorrer do mandato do Presidente Lula da Silva.
Muito obrigado.
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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO EM SEU PRONUNCIAMENTO.
(Inserido nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)
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Matéria referida:
“Diga não à volta da CPMF”.