Discurso durante a 82ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Reitera a decepção com o Sr. Senador Tião Viana por não defender o orador de injustas acusações de divulgação do dossiê.

Autor
Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
EXPLICAÇÃO PESSOAL.:
  • Reitera a decepção com o Sr. Senador Tião Viana por não defender o orador de injustas acusações de divulgação do dossiê.
Publicação
Publicação no DSF de 21/05/2008 - Página 15336
Assunto
Outros > EXPLICAÇÃO PESSOAL.
Indexação
  • FRUSTRAÇÃO, ATUAÇÃO, TIÃO VIANA, SENADOR, ACOLHIMENTO, CALUNIA, VITIMA, ORADOR.

            O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Para uma explicação pessoal. Sem revisão do orador.) - O Senador pode se decepcionar com quem ele quiser e como ele quiser, inclusive comigo. Eu repito o que aqui disse: já é uma aberração um amigo ouvir dizer que algo desse tipo teria partido de mim e, simplesmente, não ter repelido na hora. Não era nem para me contar. Era para repelir na hora. Era para ter repelido na hora simplesmente.

            Por outro lado, diz ele ser um jornalista da confiança dele, um Deputado da confiança dele... são fatos que me levam à crença de que não fui tratado com a lealdade que eu julgava merecer.

            S. Exª diz que, em relação ao caseiro, agiu de maneira limpa. Eu tanto depositei crença nele que a ligação foi feita pelo Senador Tião Viana, e poderia ter sido feita por mim. É do meu gênero, se sentisse que o companheiro estava em perigo, ligar para ele. Uma das minhas marcas é a solidariedade, mas se S. Exª me ligou ou se eu liguei para ele isso é de menos importância. Ele me ligou. Mas se S. Exª se portou com correção naquele episódio, muito menos eu teria me portado com incorreção em qualquer episódio da minha vida pública, muito menos quando esse episódio sugerisse falta de frontalidade.

            E risível seria alguém imaginar que eu poderia, por qualquer jogo tático que fosse, agredir a imagem do Presidente Fernando Henrique Cardoso, que é uma figura à qual eu devoto uma lealdade que tomara seja repetida por seus companheiros todos aqui nesta Casa.

            Eu volto a dizer que não são os fatos, os fatos são risíveis. Alguém imaginar me pilhar em posição de fofoqueirinho, passando documento para cá e para acolá, é olhar para minha cara e ver se eu tenho cara disso. E qualquer pessoa que olhe para a minha cara percebe que eu não tenho cara disso. Mas é o fato em si. Volto a dizer: outra pessoa fosse, eu não teria vindo à tribuna; outra pessoa fosse, eu teria ignorado, eu teria tido uma conversa pessoal. Por se tratar precisamente do Senador Tião Viana, foi por isso que eu fiz questão de registrar aqui. Se fosse outro Deputado, eu jamais acreditaria que pudesse ter sido o Senador Tião Viana. Mas foi do Acre. Esperou eu sair da comissão, para dar aquela...não é punhalada, porque punhalada pressupõe mais virilidade, mais força, é uma espetadinha com alfinete, aquela coisa com gilete, enfim.

            Magoou-me apenas a vinculação do Deputado com o Senador Tião Viana, francamente. Francamente mesmo.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 21/05/2008 - Página 15336