O SR. ROMEU TUMA (PTB - SP. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, eu pouco poderia acrescentar às referências que o Senador Arthur Virgílio já fez ao nosso insigne companheiro Jefferson Péres.

            No dia do seu passamento, Sr. Presidente, eu me encontrava no leito de um hospital, em virtude de uma cirurgia a que fui submetido. Realmente, tomei um susto quando a televisão anunciou o falecimento de Jefferson Péres. Senti um choque profundo, uma tristeza, uma amargura, por ter sido ele um homem de bem, correto, digno, que soube representar a sua caminhada política em toda a sua vida.

            Fiquei desorientado, sem realmente saber o que havia acontecido e, principalmente, como me comportar diante dessa amargura profunda que tomou conta do meu ser.

            É claro que somos favoráveis a essa cerimônia na terça-feira, como V. Exª decidiu, em homenagem a esse homem que soube dignificar a ética na política e não tinha medo de cara feia. As carrancas que lhe faziam aqueles que se opunham à sua virtude de enfrentar todo e qualquer argumento que pudesse trazer prejuízo à sociedade, dentro da ética e do respeito ao cidadão de bem, ele enfrentava com a mesma dignidade, com a mesma tranqüilidade, em pé no seu lugar, com o seu terno, o seu botão sempre perfeito, na elegância e na postura que representava um homem de bem.

            De forma que me incorporo a esse requerimento dos Senadores Arthur Virgílio e Cristovam Buarque, pedindo, Presidente Alvaro Dias, Drª Cláudia, para que tenhamos o registro de 82 presenças: os 81 Senadores e o espírito presente do Senador Jefferson Péres.