Pronunciamento de Arthur Virgílio em 04/06/2008
Discurso durante a 94ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Voto de repúdio ao Sr. Jonas Eliasch, que adquiriu cerca de 160 mil hectares da floresta amazônica.
- Autor
- Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
- Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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SOBERANIA NACIONAL.:
- Voto de repúdio ao Sr. Jonas Eliasch, que adquiriu cerca de 160 mil hectares da floresta amazônica.
- Publicação
- Publicação no DSF de 05/06/2008 - Página 18218
- Assunto
- Outros > SOBERANIA NACIONAL.
- Indexação
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- JUSTIFICAÇÃO, VOTO, REPUDIO, ATUAÇÃO, ESTRANGEIRO, AQUISIÇÃO, SUPERIORIDADE, TERRAS, FLORESTA AMAZONICA, DESCUMPRIMENTO, PROMESSA, INVESTIMENTO, REGISTRO, ANTERIORIDADE, DENUNCIA, ORADOR, COBRANÇA, INVESTIGAÇÃO, AGENCIA BRASILEIRA DE INTELIGENCIA (ABIN), NECESSIDADE, CONGRESSO NACIONAL, REGULAMENTAÇÃO, VENDA, TERRA PUBLICA.
O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, quero dizer que encaminhei à Mesa, Senador Mário Couto - algo que diz muito de perto a nossa região, mas é tema nacional, até porque é de interesse planetário -, voto de repúdio às atitudes do Sr. Johan Eliasch, que adquiriu, sei lá como, 160 mil hectares em plena floresta amazônica, entre os municípios de Itacoatiara e Manicoré, no meu Estado, prometendo fazer mil benfeitorias nesses locais, não cumprindo com coisa alguma. A suspeita sobre ele lançada em aparte a discurso meu, em 2004, pelo Senador Jefferson Péres, já tão saudoso, foi de que poderia se tratar de um biopirata.
Enfim, encaminhei este voto que tenho certeza merecerá o apoio do Senado como um todo, por se tratar de uma atitude do Congresso. É preciso disciplinarmos a venda de terras para estrangeiros - e termos muito cuidado inclusive com os nacionais -, mas disciplinarmos a venda de terras para estrangeiros, porque este homem merece todo o cuidado.
Felizmente a Abin acordou, três anos depois, mas acordou. O Governo do Estado, não; continua dormindo em berço esplêndido. De qualquer maneira, desde 2004, eu faço essa denúncia com muita insistência. Obtive, finalmente, a resposta da Abin, e agora o voto de repúdio me parece que é uma decisão a ser tomada pelo Senado Federal, Sr. Presidente.