Fala da Presidência durante a 99ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

A Mesqa associa-se a homenagem à Leonel de Moura Brizola, pelo transcurso do quarto aniversário de seu falecimento.

Autor
Garibaldi Alves Filho (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RN)
Nome completo: Garibaldi Alves Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • A Mesqa associa-se a homenagem à Leonel de Moura Brizola, pelo transcurso do quarto aniversário de seu falecimento.
Publicação
Publicação no DSF de 11/06/2008 - Página 19025
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE MORTE, LEONEL BRIZOLA, EX GOVERNADOR, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS), ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), ELOGIO, VIDA PUBLICA, LIDERANÇA, POLITICA NACIONAL, DEFESA, DEMOCRACIA, EDUCAÇÃO, CRESCIMENTO ECONOMICO, JUSTIÇA SOCIAL.

            O PRESIDENTE (Garibaldi Alves Filho. PMDB - RN) - Agradeço ao Senador Antonio Carlos Valadares e, ao encerrar esta sessão, quero me associar a todos os oradores que falaram sobre a personalidade e sobre a memória do ex-Governador Leonel de Moura Brizola.

            Quero, especialmente, agradecer ao Senador Cristovam Buarque, que teve a feliz iniciativa de requerer a realização desta sessão e dizer, conforme os oradores já assinalaram, da influência que Leonel de Moura Brizola exerceu sobre as últimas gerações de políticos brasileiros, exercendo funções como a Presidência de Honra da Internacional Socialista, a Prefeitura de Porto Alegre, o Governo do Rio Grande do Sul e, por duas vezes, o Governo do Rio de Janeiro.

            Mas Leonel Brizola não se notabilizou apenas no exercício desses cargos eletivos. Ele exerceu um importante papel de liderança na resistência nos anos de restrições ao direitos democráticos, tendo deflagrado a então Campanha da Legalidade. Sustentou com ela a resistência civil às pretensões de se impedir a posse do Vice-Presidente da República, João Goulart, após a renúncia de Jânio Quadros à Presidência da República, em 1961.

            Ao retornar ao Brasil, no final da década de 70, como disseram aqui vários oradores, exerceu importante liderança no movimento “Diretas Já”, tendo sido por duas vezes candidato à Presidência da República pelo PDT, Partido que ele mesmo fundou.

            Era um entusiasta da educação como fator de inclusão social e de fomento ao crescimento econômico. Graças a ele, implantaram-se os tão conhecidos Cieps - Centros Integrados de Educação Pública, onde os alunos se ocupavam, em tempo integral, de atividades escolares, culturais e desportivas.

            Morrendo, aos 82 anos de idade, em junho de 2004, vitimado por problemas cardíacos, o Brasil perdeu, certamente, uma de suas lideranças políticas mais expressivas.

            Quatro anos depois, o Senado Federal reverencia aqui a sua memória pelas palavras de vários oradores, que falaram, sobretudo, do perfil desse homem público que se destacava pela coragem. Coragem na defesa das suas idéias, coragem na defesa dos seus ideais, mesmo se aqueles ideais e aquelas idéias não tivessem, como, muitas vezes não tiveram, um consenso na nossa sociedade.

            Portanto, associo-me a todos os oradores que aqui falaram e digo que o Senado não poderia faltar, nesta hora, com esta homenagem a Leonel de Moura Brizola.

            Suspendo este horário da sessão dedicado à homenagem a sua memória por apenas dois minutos, quando retomaremos os nossos trabalhos com a votação da Ordem do Dia de hoje.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/06/2008 - Página 19025