O SR. ROMEU TUMA (PTB - SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o Senador Arthur Virgílio está aqui recolhido em um silêncio estranho, tendo em vista a participação ativa que sempre tem durante as discussões. Perguntei-lhe por que estava cabisbaixo e S. Exª disse-me que, ao falar sobre Arthur da Távola, a emoção foi tão grande que lhe causou essa prostração de angústia, de tristeza e de saudade do amigo, do homem público, do Senador que respeitamos muito nesta Casa.

            Quero, Senador, não só me solidarizar com sua amargura, mas com a certeza de que o exemplo de Arthur da Távola permanecerá para todo o sempre entre nós. Não só por seu amor à música, por sua cultura, mas pelas suas definições de trabalho, inclusive pelo futebol! Espero que V. Exª realmente cultue essa memória e tire essa tristeza de seu rosto, porque, provavelmente, Arthur gostaria de vê-lo alegre e confiante.

            A Leonel Brizola, presto também minhas homenagens. Endossaria tudo o que foi falado sobre ele aqui. Infelizmente, por atraso do avião, não cheguei a tempo. Até por conversas particulares que tivemos quando ele era Governador do Estado do Rio e eu era Diretor da Polícia Federal, percebi que havia uma grande aflição dele com o crescimento do tráfico de drogas e da criminalidade nos morros do Rio de Janeiro. Ele queria formar algumas forças-tarefa para tentar impedir que esse crescimento trouxesse tanto prejuízo aos moradores da periferia e dos morros do Rio de Janeiro.

            Sr. Presidente, quero registrar aqui - e depois mandarei um voto de congratulações - um ato do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizado hoje na Faculdade de Medicina do Estado de São Paulo, onde ele pôde entregar, por meio de projeto do Ministro Temporão, a medalha Oswaldo Cruz a dois eminentes homens públicos de São Paulo e do Brasil.

            O Dr. Roberto Kalil, um jovem professor de Medicina, que tem cuidado do coração de várias autoridades não só desta Casa, mas também do próprio Presidente e do Governador do Estado de São Paulo. Falo com um carinho especial, Senador José Agripino, porque, quando tive um enfarte e praticamente meu coração foi cortado pela metade - mas tenho muito amor para dar ainda -, ele, a pedido do meu filho, correu ao hospital, viu que era grave e chamou o Dr. Adib Jatene, que me operou, dando à minha mulher 5% de possibilidade de eu sair com vida da mesa. Aqui estou, há mais de seis anos, graças ao carinho e à amizade de todos vocês.

            Quero estender essa homenagem feita ao Roberto Kalil, porque aqui temos cerca de dez Senadores que são médicos e eu queria que eles também recebessem essa homenagem, Tião Viana. O médico tem algumas virtudes que o homem comum não tem, como salvar vidas, e ele vê o sofrimento daqueles que se angustiam, na busca de cada dia melhor atender não só pelo SUS, mas dentro das possibilidades de cada médico na sua trajetória.

            Outro homenageado que também recebeu a comenda de ouro é o Dr. Antônio Ermírio de Moraes, um grande empresário, que tem feito um trabalho de grande envergadura na economia brasileira, sem deixar de lado, Tião, a sua devoção pela saúde. Cuida, há mais de quarenta anos, do Hospital Beneficência Portuguesa. Não só os sócios da Beneficência são atendidos, mas também pacientes do SUS, que tem 60% do atendimento, mas repassa, parece-me, só 25% da verba. O resto vem daqueles que contribuem com o Hospital Beneficência Portuguesa. Antônio Ermírio de Moraes não pôde estar presente, por razão de viagem, segundo seu filho, que o representou e recebeu, em nome do pai, a medalha Oswaldo Cruz.

            Queria estender essa homenagem. Apresentarei o requerimento a V. Exª. Agradeço a oportunidade.