O SR. FLEXA RIBEIRO (PSDB - PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Garibaldi Alves, encaminhei à Mesa requerimento no qual requeiro, nos termos dos arts. 218 e 221 do Regimento Interno, que sejam consignadas, nos Anais do Senado, as seguintes homenagens a Benedicto Wilfredo Monteiro, o romancista da Amazônia, tendo em vista o falecimento desse grande homem:

a)     inserção em ata de voto de profundo pesar pelo falecimento;

b)     apresentação de condolências à família e à Academia Paraense de Letras.

            O Pará perdeu, neste fim de semana, aos 84 anos, o escritor e eminente homem público Benedicto Monteiro, nascido em Alenquer, Pará, conhecido no Brasil e no exterior pelas obras dedicadas ao fabuloso Verde Vagomundo da Amazônia.

            Benedicto Monteiro exerceu os cargos de Promotor Público, Juiz de Direito e Secretário de Estado. Deputado Estadual, foi cassado em 1964, tendo seus direitos políticos suspensos por mais de 10 anos. Com a redemocratização do País, foi eleito Deputado Federal e reeleito para a Assembléia Nacional Constituinte. Criou a Procuradoria-Geral e a Defensoria Pública do Estado do Pará. Também se destacou na advocacia agrária.

            Como romancista, teve obras traduzidas na Holanda, Itália e Alemanha, que, inclusive, serviram como objeto de teses de mestrado e doutorado. Seu romance A Terceira Margem recebeu o prêmio nacional de literatura da Fundação Cultural do DF.

            Era membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará e da Academia Paraense de Jornalismo. Utilizando sua vasta experiência literária, contextualizou a história do Pará, resgatando, de forma didática, os valores da rica cultura paraense, lançando, em parceria com as Organizações Rômulo Maiorana, uma síntese da história do Pará, sob o ponto de vista econômico, geográfico, social, político e ecológico.

            É com pesar, Senador Presidente Garibaldi Alves, que registro o falecimento do ilustre político, jurista, amigo Benedicto Wilfredo Monteiro.