Discurso durante a 137ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Cumprimentos aos participantes do concurso promovido pela Academia Brasileira de Letras (ABL), sob o tema "A importância de Machado de Assis - um século depois de sua morte". Considerações sobre o hábito da leitura.

Autor
Paulo Paim (PT - Partido dos Trabalhadores/RS)
Nome completo: Paulo Renato Paim
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
EDUCAÇÃO.:
  • Cumprimentos aos participantes do concurso promovido pela Academia Brasileira de Letras (ABL), sob o tema "A importância de Machado de Assis - um século depois de sua morte". Considerações sobre o hábito da leitura.
Publicação
Publicação no DSF de 06/08/2008 - Página 28942
Assunto
Outros > EDUCAÇÃO.
Indexação
  • COMENTARIO, INICIATIVA, ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS (ABL), JORNAL, INTERNET, REALIZAÇÃO, CONCURSO, REDAÇÃO, IMPORTANCIA, MACHADO DE ASSIS, ESCRITOR, REGISTRO, PARTICIPAÇÃO, PROFESSOR, MUNICIPIO, NOVO HAMBURGO (RS), ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS), SAUDAÇÃO, RESULTADO, CLASSIFICAÇÃO, NECESSIDADE, RECONHECIMENTO, INCENTIVO, MAGISTERIO.
  • SAUDAÇÃO, SANÇÃO, PISO SALARIAL, AMBITO NACIONAL, PROFESSOR, ENSINO PUBLICO, REGISTRO, APOIO, ORADOR, NECESSIDADE, EFETIVAÇÃO, LEGISLAÇÃO, ESTADOS, MUNICIPIOS.
  • APRESENTAÇÃO, DADOS, RELATORIO, INICIATIVA, ORGANIZAÇÃO NÃO-GOVERNAMENTAL (ONG), INSTITUIÇÃO DE PESQUISA, RESULTADO, ENTREVISTA, COMPROVAÇÃO, FALTA, LEITURA, BRASILEIROS, VINCULAÇÃO, RENDA, ESCOLARIDADE, ANALISE, AUSENCIA, INTERESSE, PREFERENCIA, OBRAS, RELIGIÃO, MELHORIA, INDICE, CRIANÇA, ADOLESCENTE, IMPORTANCIA, INCENTIVO, PRATICA EDUCATIVA, ESTABELECIMENTO DE ENSINO, FAMILIA, AMPLIAÇÃO, CONHECIMENTO.
  • APRESENTAÇÃO, TRECHO, OBRA LITERARIA, POETA, VALORIZAÇÃO, LEITURA.

            O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT - RS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quero, mais uma vez, falar do povo gaúcho e, nesse sentido, falo um pouco sobre importante evento ocorrido na Academia Brasileira de Letras (ABL).

            Sr. Presidente, a Academia Brasileira de Letras, há sete anos, promove, em parceria com a Folha Digital, concurso de redação voltado aos professores. Aqui, muito enfatizamos a importância da educação. Neste ano, o tema foi “A importância de Machado de Assis um século depois de sua morte”.

            Quero registrar a participação da jovem professora gaúcha, Edilaine Vieira Lopes, que, aos 22 anos de idade, honrou nosso querido Rio Grande e, em particular, sua cidade, Novo Hamburgo, e os alunos do Colégio Santa Catarina, no qual leciona Português e Teatro. Edilaine foi a única gaúcha a ter a redação selecionada. Ela concorreu com mais de 37 mil pessoas no País e está entre as cem que terão seus trabalhos publicados em uma coletânea. O lançamento será feito em cerimônia no auditório da Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro, no dia 12 de setembro, às 14h30. É a segunda vez que isso acontece, Sr. Presidente. No ano passado, essa jovem foi a única gaúcha a participar e a ficar entre os cem finalistas também num concurso na mesma linha em nível nacional. Em 2006, ela recebeu a menção honrosa no 2º Concurso Causos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), um concurso em homenagem ao ECA. Seu “causo” publicado foi “Aprendizagens do ECA”, que, depois, foi gravado em programa de rádio e distribuído, junto com as cartilhas do MEC, em todo o País. Ela possui duas publicações em antologias poéticas, uma editada em São Paulo, na Editora Komedi, e outra, em Porto Alegre, pela editora Partenon Literário.

            Sr. Presidente, Edilaine, que estudou em escolas públicas e que fez o curso superior no Centro Universitário Feevale, atribui toda a sua dedicação ao seu hábito de ler. Em correspondência endereçada a mim, ela disse que as crianças devem se habituar a ler jornais, revistas, gibis, livros; tudo é importante para se habituar à leitura. Concordo com essa jovem professora, que dá exemplo para o Rio Grande e para o Brasil, demonstrando que quem lê aumenta seus horizontes.

            Sr. Presidente, nossos professores e nossos jovens merecem esse reconhecimento, merecem ter suas habilidades incentivadas e destacadas. Assim, o País conhece e reconhece nossos talentos. Os professores brasileiros merecem ser reconhecidos. Apenas assim, poderão continuar educando e produzindo textos, que são obras fundamentais no processo de educação.

            Parabéns à Edilaine e a todos os que participaram do concurso! Parabéns aos que organizam esse evento!

            Sr. Presidente, deixo também registrada - faço uma homenagem aos professores -, mais uma vez, minha posição muito firme em relação ao piso salarial deles. Percebo, em alguns Estados, um movimento para que o piso salarial não seja aplicado. O piso terá de ser aplicado. A gente fala tanto em educação! Estou nesta tribuna para fazer elogios a uma professora do Rio Grande que se destacou no cenário nacional. Como vou ser contrário a ela ter, como os demais professores e professoras, um piso de pelo menos R$950,00? Assim esta Casa aprovou - e muito bem aprovou. O piso foi aprovado, por unanimidade, pelo Senado e pela Câmara e foi sancionado pelo Presidente da República.

            Para concluir, Sr. Presidente, ainda na linha da educação, quero destacar publicação recente do Instituto Pró-Livro e Ibope Inteligência, seguindo o víeis da leitura. Foram realizadas entrevistas em 311 Municípios brasileiros dos 27 Estados. O relatório aponta que os classificados como não-leitores estão na base da pirâmide social: 28% deles não são alfabetizados, e 35% estudaram até a 4ª Série do Ensino Fundamental. Metade do grupo pertence à classe “D”, e a maioria tem renda familiar somente de um a dois salários mínimos.

            Sr. Presidente, essa é uma demonstração de que a educação e a leitura estão ligadas diretamente ao aumento da renda do povo brasileiro, principalmente o das famílias, e os mais pobres, infelizmente, são aqueles que menos leram e menos estudaram - assim, com certeza absoluta, estão com dificuldade de sobrevivência.

            A pesquisa indica ainda que os livros religiosos são os que mais atraem o público: 4,5 milhões disseram que leram a Bíblia. Entre as razões apontadas por essa falta de hábito, muitos alegam falta de tempo, outros não o podem fazer por que não estão alfabetizados, e alguns afirmam que não gostam de ler, que não se interessam por isso. Considero isso uma grande perda. O resultado disso acaba repercutindo negativamente no orçamento da família.

            O relatório ressalta que a leitura aparece em quinto lugar entre as atividades preferidas dos entrevistados, ficando atrás de ver televisão, de ouvir música, de ouvir rádio e de descansar. É uma pena, Sr. Presidente, porque, com certeza, essas pessoas não sabem a maravilha da qual estão se privando.

            Ler é conhecer. Ler é viajar. Ler é sonhar acordado. Ler é andar pelo mundo por meio das palavras contadas, mas desenhadas pela nossa imaginação. Por mais que algum escritor descreva um mar agitado, esse mar sempre será visto com os olhos do nosso coração. Isso é formidável!

            Sr. Presidente, para encerrar, vou ler trecho de um poema de Fernando Pessoa, que nos dá exemplo de escrever.

Viajar! Perder países... - Fernando Pessoa.

Viajar! Perder países!

Ser outro constantemente

Por a alma não ter raízes

De viver de ver somente!

Não pertencer nem a mim!

Ir em frente, ir a seguir

A ausência de ter um fim,

E a ânsia de o conseguir

Viajar assim é viagem.

Mas faço-o sem ter de meu

Mais que o sonho da passagem.

O resto é só terra e céu.

            Sr. Presidente, a boa notícia da pesquisa - e aqui vou concluir - é a de que nossas crianças e nossos jovens são ainda os que mais lêem. Enquanto a média nacional é de 4,7 livros ano/habitante, entre a população de 5 a 10 anos, o índice sobe para 6,9. O público de 11 a 13 anos chega a ler 8,6 livros por ano -observamos que esse hábito decresce com o avanço da idade -, o que demonstra que, desde o jardim da infância, está havendo uma nova mentalidade de incentivo à leitura, o que é um bom sinal, pois o alto índice de leitura entre as crianças, principalmente entre os mais jovens, está ligado à fase escolar. Isso demonstra que o hábito da leitura está sendo incentivado nas escolas. E precisa mesmo ser incentivado não só nas escolas, mas também em casa.

            Sr. Presidente, eu poderia aqui me alongar muito mais, mas vou terminar. Não vou fugir, Sr. Presidente, de falar do meu querido Mário Quintana. Essa é uma questão regional até, mas eu ficaria aqui com um pequeno poema de Mário Quintana:

Os poemas são pássaros que chegam

não se sabe de onde e pousam

no livro que lês.

Quando fechas o livro, eles alçam vôo

como de um alçapão.

Eles não têm pouso

nem porto.

Alimentam-se um instante em cada par de

mãos

e partem.

E olhas, então, essas tuas mãos vazias,

no maravilhoso espanto de saberes

que o alimento deles estava em ti...

            Assim é a leitura, o livro.

            Era isso que eu tinha a dizer, Sr. Presidente. Muito obrigado.

            Peço a V. Exª que considere lido, na íntegra, meu pronunciamento, que segue a linha do incentivo à leitura. Gostei do olhar firme que recebi do Senador Mão Santa e do ex-Presidente Fernando Collor, demonstrando que concordaram, pelo olhar, com este meu pronunciamento, incentivando nosso povo à leitura.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

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SEGUEM, NA ÍNTEGRA, PRONUNCIAMENTOS DO SR. SENADOR PAULO PAIM.

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O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT - RS. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs Senadores, o tema que vou abordar hoje pode parecer mais ameno, mais distante da nossa realidade de violência urbana, do caos no tráfego, da miséria vivenciada por inúmeras pessoas, das doenças que acometem nossa população mas, nem por isso, ele é menos relevante.

Em uma sociedade justa e solidária, a educação está sempre no topo de suas prioridades. É por meio da educação que nós podemos proporcionar igualdade de oportunidades.

E eu quero falar de um tópico dentro da educação, que considero muito valioso, que é o hábito da leitura. Incentivar este hábito desde a infância, tem uma significação muito forte na formação das nossas crianças.

Fiquei preocupado diante dos dados que mostram o baixo índice de leitura em nosso país.

Conforme veiculado na imprensa, pesquisa recente demonstrou que o brasileiro lê 4,7 livros por ano:

“Quase metade (45% ou 77 milhões) dos 172,7 milhões de brasileiros abrangidos pela pesquisa Retratos da Leitura no Brasil não leram nenhum livro nos últimos três meses. Desse público, 47% são mulheres e 53%, homens”.

A faixa etária considerada pelo estudo feito pelo Instituto Pró-Livro e Ibope Inteligência, foi a partir de cinco anos. Foram realizadas entrevistas em 311 municípios brasileiros dos 27 Estados.

“O relatório aponta que os classificados como não-leitores estão na base da pirâmide social: 28% deles não são alfabetizados e 35% estudaram só até a 4ª série do ensino fundamental. Metade do grupo pertence à classe D e a maioria tem renda familiar de um a dois salários-mínimos. A pesquisa indica ainda que os livros religiosos são os que mais atraem esse público: 4,5 milhões disseram ler a Bíblia.”

Entre as razões apontadas para essa falta de hábito, muitos alegam falta de tempo. Outros não o podem fazer porque não estão alfabetizados e alguns afirmam que não gostam de ler, não se interessam por isso, que eu considero uma viagem.

“O relatório ressalta que a leitura aparece em quinto lugar entre as atividades preferidas dos entrevistados, ficando atrás de ver televisão, ouvir música, ouvir rádio e descansar.”

É uma pena, Sr. Presidente, pois as pessoas não sabem a maravilha da qual estão se privando.

Ler é sonhar acordado. É viajar pelo mundo por meio de palavras contadas mas desenhadas pela nossa imaginação, pois por mais que algum escritor descreva um mar agitado, esse mar sempre será visto com os olhos do nosso coração.

O formidável poeta Fernando Pessoa nos dá um exemplo disso ao escrever:

Viajar! Perder Países - Fernando Pessoa

“Viajar! Perder países!

Ser outro constantemente

Por a alma não ter raízes

De viver de ver somente!

Não pertencer nem a mim!

Ir em frente, ir a seguir

A ausência de ter um fim,

E a ânsia de o conseguir

Viajar assim é viagem.

Mas faço-o sem ter de meu

Mais que o sonho da passagem.

O resto é só terra e céu.”

A boa notícia dessa pesquisa é a de que nossas crianças e nossos jovens são os que mais lêem. “Enquanto a média nacional é de 4,7 livros ano/habitante, entre a população de 5 a 10 anos o índice sobe para 6,9. O público de 11 a 13 anos chega a ler 8,6 livros por ano, enquanto de 14 a 17 anos o número é de 6,6.

Isso é um bom sinal, pois o alto índice de leitura entre os jovens está ligado à fase escolar e isso demonstra que o hábito da leitura está sendo incentivado nas escolas. E precisa mesmo ser incentivado, não só nas escolas, mas em casa também.

O exemplo familiar é muito importante e se não for pelo exemplo, mas pelo menos o incentivo por meio de conversas francas sobre como é importante e gostoso ler, vai dar aos mais pequenos, a vontade de conhecer tantos mundos fascinantes que estão ao seu alcance.

A leitura alimenta a alma e nosso poeta gaúcho, Mário Quintana, foi deslumbrante ao expressar isso:

Os poemas - Mario Quintana

“Os poemas são pássaros que chegam

não se sabe de onde e pousam

no livro que lês.

Quando fechas o livro, eles alçam vôo

como de um alçapão.

Eles não têm pouso

nem porto

alimentam-se um instante em cada par de mãos

e partem.

E olhas, então, essas tuas mãos vazias,

no maravilhado espanto de saberes

que o alimento deles já estava em ti...”

A pesquisa demonstrou também que as mulheres lêem 5,3 livros por ano, enquanto o índice entre os homens é de 4,1.

E as mulheres, Srªs e Srs. Senadores, também escrevem lindamente! Exemplo disso é a nossa Cecília Meireles com seu poema “Despedida”

Despedida - Cecília Meireles

“Que procuras? -- Tudo. Que desejas? -- Nada.

Viajo sozinha com o meu coração.

Não ando perdida, mas desencontrada.

Levo o meu rumo na minha mão.

A memória voou da minha fronte.

Voou meu amor, minha imaginação...

Talvez eu morra antes do horizonte.

Memória, amor e o resto onde estarão?”

A leitura, meus caros, é uma companhia das mais prazerosas. Ela amplia horizontes, ela educa, ela conscientiza, ela transforma.

Precisamos alfabetizar toda nossa gente. Precisamos colocar ao alcance de suas mãos livros, livros e mais livros que possam contribuir para o seu crescimento.

Precisamos permitir, por exemplo, que eles percebam todo seu poder descrito com maestria por Vinicius de Morais em “Operário em Construção”. 

Operário em construção - Vinicius de Morais

“Certo dia

À mesa, ao cortar o pão

O operário foi tomado

De uma súbita emoção

Ao constatar assombrado

Que tudo naquela mesa

-Garrafa, prato, facão-

Era ele quem os fazia

Ele, um humilde operário,

Um operário em construção.

Olhou em torno: gamela

Banco, enxerga, caldeirão

Vidro,parede, janela

Casa, cidade, nação!

Tudo, tudo o que existia

Era ele quem o fazia

Ele, um humilde operário

Um operário que sabia

Exercer a profissão

E aprendeu a notar coisas

A que não dava atenção:

Notou que sua marmita

Era o prato do patrão

Que sua cerveja preta

Era o uísque do patrão

Que seu macacão de zuarte

Era o terno do patrão

Que o casebre onde morava

Era a mansão do patrão

Que seus dois pés andarilhos

Eram as rodas do patrão

Que a dureza do seu dia

Era a noite do patrão

Que sua imensa fadiga

Era amiga do patrão.

O operário emocionado

Olhou sua própria mão

Sua rude mão de operário

De operário em construção

E olhando bem para ela

Teve um segundo a impressão

De que não havia no mundo

Coisa que fosse mais bela

Foi dentro da compreensão

Desse instante solitário

Que tal sua construção

Cresceu também o operário.

Cresceu em alto e profundo

Em largo e no coração

E como tudo que cresce

Ele não cresceu em vão

Pois além do que sabia

Exercer a profissão -

O operário adquiriu

Uma nova dimensão

A dimensão da poesia.”

Para finalizar, a única coisa que posso dizer para todos que me escutam é “Leiam mais e saciem-se nessa fonte de bem estar”.

Era o que eu tinha a dizer.

Muito obrigado!

 

O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT - RS. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a Academia Brasileira de Letras, há sete anos, promove, em parceria com a Folha Digital, concurso de redação voltado aos professores.

Neste ano o tema foi “A importância de Machado de Assis um século depois de sua morte”.

Quero registrar aqui a participação da jovem professora gaúcha, Edilaine Vieira Lopes, que aos 22 anos de idade honrou o Rio Grande do Sul e, em particular, sua cidade, Novo Hamburgo, e os alunos do Colégio Santa Catarina no qual leciona português e teatro.

Edilaine foi a única gaúcha a ter a redação selecionada. Ela concorreu com mais de 37 mil pessoas e está entre as cem que terão seus trabalhos publicados em uma coletânea.

O lançamento será feito em cerimônia no auditório da Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro, no dia 12 de setembro, às 14h30min.

É a segunda vez que isso acontece. No ano passado ela também foi a única gaúcha a participar e ficar entre os cem finalistas.

E, em 2006, recebeu menção honrosa no 2º Concurso Causos do ECA. Um concurso em homenagem ao Estatuto da Criança e do Adolescente.

Seu causo publicado foi "Aprendizagens do ECA" e depois foi gravado em programa de rádio e distribuído junto com as cartilhas do MEC por todo o País.

Possui duas publicações em antologias poéticas, uma editada em São Paulo, na Editora Komedi, e outra em Porto Alegre, pela editora Partenon Literário.

Srªs e Srs. Senadores, Edilaine - que estudou em escolas públicas e fez o curso superior no Centro Universitário Feevale -, atribui tudo isso a sua dedicação e ao seu hábito de ler.

Em e-mail que ela enviou a mim dizia que as crianças devem se habituar a ler, seja jornais, revistas, gibis, livros. Tudo para se habituar à leitura.

Concordo com essa jovem professora: quem lê aumenta seus horizontes.

Sr. Presidente, nossos professores e nossos jovens merecem esse reconhecimento. Merecem ter suas habilidades incentivadas.

Assim, o País conhece e reconhece seus talentos. Os professores brasileiros merecem ser reconhecidos, apenas assim poderão continuar educando e produzindo textos capazes de educar.

Parabéns à Edilaine e a todos os que participaram do concurso e parabéns aos que organizam esse evento.

Era o que eu tinha a dizer.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 06/08/2008 - Página 28942