Discurso durante a 138ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro do recebimento do Relatório de Responsabilidade Social da Bolsa de Mercadorias e Futuros, contendo números que renovam o otimismo quanto ao futuro do País.

Autor
Romero Jucá (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RR)
Nome completo: Romero Jucá Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA SOCIAL.:
  • Registro do recebimento do Relatório de Responsabilidade Social da Bolsa de Mercadorias e Futuros, contendo números que renovam o otimismo quanto ao futuro do País.
Publicação
Publicação no DSF de 07/08/2008 - Página 29485
Assunto
Outros > POLITICA SOCIAL.
Indexação
  • COMENTARIO, RELATORIO, ATIVIDADE, DESENVOLVIMENTO SOCIAL, BOLSA DE MERCADORIAS, BOLSA DE FUTURO, REGISTRO, HISTORIA, ATUAÇÃO, CRESCIMENTO, SOCIEDADE ANONIMA DE CAPITAL ABERTO, ANUNCIO, UNIÃO, BOLSA DE VALORES, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), ELOGIO, PIONEIRO, COMPROMISSO, NATUREZA SOCIAL, CIDADANIA, DETALHAMENTO, PROJETO, AREA, ENSINO PROFISSIONALIZANTE, BANCO DE DADOS, EMPREGO, ASSISTENCIA MEDICO-ODONTOLOGICA, INCENTIVO, FORMAÇÃO PROFISSIONAL, ESPORTE, FUNCIONARIOS, DOAÇÃO, INSTITUIÇÃO BENEFICENTE, RECEBIMENTO, PREMIO.

O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, acabo de receber o Relatório de Responsabilidade Social 2007 da Bolsa de Mercadorias e Futuros, a BM&F, com números impressionantes, que renovam o nosso otimismo quanto ao futuro do nosso País. Não se trata, dessa vez, de números relativos a volumes negociados, de pregões tradicionais que revelam a pujança do mercado brasileiro, onde a BM&F desempenha um papel cuja importância todos conhecemos. Como diz o próprio nome do relatório, trata-se de um documento em que a BM&F presta contas do seu compromisso com o processo de desenvolvimento da sociedade brasileira.

Antes de reportar o conteúdo do relatório, julgo interessante destacar alguns aspectos da história da BM&F, que desde 1º de outubro do ano passado deixou de ser uma instituição privada sem fins lucrativos para tornar-se uma sociedade anônima de capital aberto.

Fundada em 1985, e tendo iniciado seus pregões em janeiro de 1986, a BM&F (então, Bolsa Mercantil e de Futuros) vem desenvolvendo ações sociais durante esse período. Ao longo desse tempo, celebrou acordo operacional com a Bolsa de Mercadorias, em 1991, quando passou a denominar-se Bolsa de Mercadorias e Futuros; em 1997, novo acordo operacional, firmado com a Bolsa Brasileira de Futuros, a consolidaria como o principal centro de negociação de derivativos do Mercosul; em 2002, iniciou as atividades da sua Clearing de Câmbio, adquiriu da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) os direitos de gestão e operacionalização das atividades da câmara de compensação e liquidação de títulos diversos e lançou a Bolsa Brasileira de Mercadorias; em 2004, com autorização do Conselho Monetário Nacional, criou o Banco BM&F para prestar serviços às bolsas e a outros agentes econômicos; e no ano passado tornou-se sociedade por ações com fins lucrativos.

Essa trajetória, Sr. Presidente, mostra a vocação e a pujança da BM&F, que agora, unindo-se com a Bovespa Holding no que vem sendo chamado de “Nova Bolsa”, vai tornar-se a terceira instituição do gênero de todo o mundo, em valor de mercado.

Feitas essas observações, quero salientar que as ações de responsabilidade social sempre mereceram uma atenção especial da BM&F ao longo de sua história, o que é salientado por seu Presidente Manoel Félix Cintra Neto, na apresentação do relatório, ao confrontar essa atitude com a recente conversão de instituição sem fins lucrativos para sociedade de capital aberto: “Muda o conceito de propriedade e gerenciamento de recursos materiais e humanos, implícito em uma S.A. com milhares de novos acionistas”, diz, acrescentando: “Não muda o conceito de responsabilidade social, nem o compromisso da empresa com a cidadania”.

O dirigente lembra que desde os primeiros dias de existência da BM&F “seus criadores e sucessores na administração política e profissional entenderam e praticaram o credo da empresa cidadã”. “Considerando os registros existentes” - continua - “pode-se afirmar que a BM&F se antecipou, em pelo menos uma década, ao que hoje é lugar comum na comunicação corporativa”.

De fato, Sr. Presidente, Srªas e Srs. Senadores, a BM&F já em 1985, quando pouco se falava de responsabilidade social de empresas, ensaiava suas primeiras ações, ao apoiar a revitalização da região central de São Paulo, com doações a entidades sociais e com incentivos ao esporte olímpico brasileiro. Desde então, iniciativas dessa natureza têm-se multiplicado. O Espaço Cultural BM&F, aberto ao público em 2002, já promoveu 42 exposições, possibilitando a milhares de pessoas apreciar as obras dos mais renomados artistas plásticos do Brasil e do exterior.

A Associação Profissionalizante BM&F (APBM&F) é o principal meio de inserção social e econômica dos jovens. Tendo como fundamentos a formação profissional, a valorização da auto-estima e a inclusão das famílias e comunidades no processo de crescimento econômico, a Associação Profissionalizante encerrou 2007 com a capacitação profissional de 452 jovens entre 15 e 20 anos. Ainda em 2007, mais de sete mil jovens freqüentaram o Centro de Convivência Dorival Rodrigues Alves, da Associação Profissionalizante BM&F, onde tiveram acesso à biblioteca, à revistaria e à internet. A Associação ofereceu ainda, para milhares de alunos, cursos variados nas áreas de construção civil, estética, contabilidade, línguas estrangeiras e matemática financeira, além de manter um grupo de teatro.

Merece destaque, entre as atividades sociais da BM&F, o programa Balcão de Empregos, que permitiu contratar 65 jovens e encaminhar ao mercado de trabalho outros 169. Em 2007, a APBM&F possibilitou aos jovens carentes 1.160 consultas médicas, além de exames laboratoriais e cirurgias, 3.400 atendimentos odontológicos, incluindo colocação de próteses, 195 atendimentos psicológicos e assistência jurídica, tendo também distribuído: 1.306 cestas básicas, 814 conjuntos de uniformes, 191 kits de material escolar, 191 mochilas, 75 mil vales-transporte, 95 mil refeições e 1.293 bolsas-auxílio.

Não surpreende, assim, que a Associação Profissionalizante BM&F tenha sido a vencedora da décima edição do Prêmio Betinho de Cidadania, concedido em 9 de agosto do ano passado pela Câmara de Vereadores de São Paulo.

Além da Associação Profissionalizante, a BM&F mantém o Instituto Educacional, responsável por todas as ações de treinamento e formação sobre os mercados derivativos. Principal centro de difusão dos mercados derivativos da América Latina, o Instituto Educacional, que oferece aos profissionais do mercado financeiro e ao público em geral cursos introdutórios, de formação e de especialização na área, atendeu a 3.735 alunos no ano passado. Desses, 25 se formaram em MBA em Derivativos e MBA em Pricing e Risco, cursos esses com reconhecimento do Ministério da Educação e Cultura. Aliás, o investimento em formação profissional tem sido um dos grandes diferenciais da BM&F, que no ano passado possibilitou a graduação de 41 funcionários, concedeu bolsas de estudo para pós-graduação e desenvolveu parcerias com a Fundação Getúlio Vargas, a Universidade Metodista de Piracicaba, a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, a Fiesp e o Banco do Brasil, entre outras entidades.

Embora a lista das ações de responsabilidade social seja muito extensa, não poderia deixar de mencionar as doações para entidades beneficentes, que em 2007 permitiram atender 48 mil deficientes, crianças, adolescentes e famílias carentes. Também não poderia omitir as ações de incentivo ao esporte brasileiro. O Clube de Atletismo BM&F conquistou em 2007 o hexacampeonato do Troféu Brasil Caixa de Atletismo, e seus atletas conquistaram também 14 medalhas nos Jogos Pan-americanos, realizados no Rio de Janeiro.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, é sempre uma satisfação trazer a este egrégio Plenário informações como essas reportadas no Relatório de Responsabilidade Social da Bolsa de Mercadorias e Futuros. Quando uma instituição dessa natureza, que opera no mercado financeiro, dá esse exemplo de cidadania, nós nos sentimos orgulhosos e otimistas, pois percebemos que os empreendedores brasileiros estão em sintonia com a sociedade e buscam, mais do que o mero crescimento econômico, a promoção da qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável.

Era o que tinha a dizer, Senhor Presidente.

            Muito obrigado!


Este texto não substitui o publicado no DSF de 07/08/2008 - Página 29485