Discurso durante a 143ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comemoração dos vinte anos de funcionamento da Escola Nacional de Administração Pública - ENAP.

Autor
Geraldo Mesquita Júnior (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AC)
Nome completo: Geraldo Gurgel de Mesquita Júnior
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Comemoração dos vinte anos de funcionamento da Escola Nacional de Administração Pública - ENAP.
Publicação
Publicação no DSF de 13/08/2008 - Página 30093
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, FUNDAÇÃO ESCOLA NACIONAL DE ADMINISTRAÇÃO PUBLICA (ENAP), QUALIDADE, ORADOR, CONJUGE, FUNCIONARIO PUBLICO, DEPOIMENTO, IMPORTANCIA, QUALIFICAÇÃO, SERVIDOR, ADMINISTRAÇÃO PUBLICA, ELOGIO, CONTRIBUIÇÃO, ATENDIMENTO, DEMANDA, SERVIÇO PUBLICO, BRASIL.

O SR. GERALDO MESQUITA JÚNIOR (PMDB - AC. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Garibaldi Alves, caro amigo Senador Sarney, Deputado Henrique, demais ilustres membros desta Mesa, Srs. parlamentares presentes, srs. servidores, senhoras e senhores, quem lhes fala é um funcionário público de carreira. Sou, com muita honra, com muita satisfação, Procurador da Fazenda Nacional e tenho um registro muito distante dessa Escola que hoje comemora vinte anos de funcionamento, de uma prática bem-sucedida. E o registro está lá dentro da minha casa: minha mulher, Maria Helena, que militou na área de recursos humanos muitos anos, participou, Drª Helena, dos primeiros momentos daquilo que eu imagino que tenha sido a instituição precursora da Enap, que foi a Funcef. Ela participou do processo de seleção daqueles que iriam dar a partida a um projeto de relevante interesse público e, passados esses vinte anos, a notícia que temos é do enorme sucesso dessa escola.

Quando entrei na Procuradoria, eu, a Drª Sílvia, uma companheira muito querida, que hoje assessora o Senador Casagrande nesta Casa, e outros colegas disputávamos um computador, Senador Sarney, que, na verdade, não tinha memória; tinha uma “vaga lembrança”. Isso alguns anos atrás. E hoje nós andamos - vou tirá-lo do bolso - com este aparelhinho, o pen drive. Refiro-me a esse fato para registrar o quanto a vida, o quanto os processos, o quanto os procedimentos vêm sofrendo modificações, alterações, ao longo do tempo.

Nós pensamos na Enap e, encostada a ela, nós imaginamos o sucesso que representa para o conjunto dos servidores públicos instituições como a Academia Nacional da Polícia Federal.

Creio que o Poder Judiciário, Desembargadora, nessa iniciativa de escola de servidor público, foi o pioneiro em nosso País. A experiência consagrada, tanto de servidores quanto do quadro da magistratura, comprova, demonstra, o fato de que o Poder Judiciário muito deve à formação de quadros de magistrados e de servidores.

Enfim, na minha área, no Ministério da Fazenda, nós temos também uma experiência muito bem-sucedida e consagrada que é a Escola Fazendária.

O que pretendo deixar aqui registrado e claro é a minha simpatia. Tenho a convicção de que o conjunto dos servidores públicos, o conjunto da administração pública brasileira, principalmente nos dias de hoje, não avançará, não se adaptará aos novos tempos, aos novos procedimentos, se não tivermos instituições como essas, e prestigiadas.

De nada nos valerá instituições como essa sem recursos, sem condições humanas e material para prover a grande demanda de pessoal qualificado, reciclado, capacitado por que a administração pública brasileira reclama.

E digo que não é novidade ficarmos admirados com o discurso do Senador Sarney. Eu dizia há pouco que o liame que ele fez do início com o final do pronunciamento dele foi uma coisa muito bonita, muito interessante. Segundo ele, daqui a 200 anos a Enap será uma academia com fé, com alma.

Torço para que cheguemos, no desenrolar de todo esse tempo, a comemorar aqui outras vezes a existência de instituição tão importante para a administração pública brasileira, que deve se constituir, cada vez mais, no ponto mais avançado do conhecimento, da formulação inclusive, porque não se trata apenas de reciclagem, de formação; trata-se da formulação.

Uma academia como essa deve preparar quadros para pensar, para formular, cada vez com maior excelência, o domínio da atividade administrativa, cuja importância para todo o País é despiciendo dizer aqui.

Portanto, modestamente, humildemente, como servidor público, quero associar-me aos festejos, às comemorações. Louvo a iniciativa de quem teve a lembrança de trazer ao plenário do Senado esta comemoração, porque, quando se trata da administração pública brasileira, do servidor público, em regra, não se tem lembrança de muita referência elogiosa no nosso País, não é? Normalmente somos encarados e entendidos, até pela própria sociedade, por vezes, como um ônus para o País, outras vezes de formas que talvez nem convenha aqui debulharmos e declinarmos. Mas, de qualquer forma, louvo a iniciativa de quem trouxe esta comemoração ao plenário do Senado. Uma boa lembrança. E ela deve servir para que aqueles que dirigem a Enap, para que aqueles que compõem seus quadros se compenetrem, se entusiasmem cada vez mais com a necessidade de produzir inteligência, produzir talento naquela grande escola de 20 anos, que tem a perspectiva, como bem lembrou o Senador Sarney, de séculos. Tomara que possamos contar sempre com essa instituição ao longo dos futuros anos, para que a administração brasileira possa contar com aqueles que dela saem para promover mudanças, alterar os rumos, formular, pensar a administração pública brasileira da melhor forma possível.

As minhas homenagens, as minhas congratulações à Enap, aos seus dirigentes, aos seus servidores e, sobretudo, àqueles que têm o privilégio de freqüentá-la e dela extrair o conhecimento necessário para crescer profissionalmente e avançar na lida diária do trabalho administrativo do nosso País.

Era o que eu queria deixar aqui registrado com a minha saudação à Enap e a seus dirigentes.

Muito obrigado. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 13/08/2008 - Página 30093