Discurso durante a 143ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comemoração de licença para construção da Usina Hidroelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira, em Rondonia. Cobrança da construção do Gasoduto Urucu/Porto Velho.

Autor
Valdir Raupp (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RO)
Nome completo: Valdir Raupp de Matos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA ENERGETICA.:
  • Comemoração de licença para construção da Usina Hidroelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira, em Rondonia. Cobrança da construção do Gasoduto Urucu/Porto Velho.
Publicação
Publicação no DSF de 13/08/2008 - Página 30095
Assunto
Outros > POLITICA ENERGETICA.
Indexação
  • SAUDAÇÃO, CONCESSÃO, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), LICENÇA, CONSTRUÇÃO, USINA HIDROELETRICA, RIO MADEIRA, POSSIBILIDADE, CONSORCIO, INICIO, OBRAS, ESTIMATIVA, NUMERO, CRIAÇÃO, EMPREGO, PERIODO, DESENVOLVIMENTO ECONOMICO, ESTADO DE RONDONIA (RO), PREVISÃO, OFERTA, ENERGIA ELETRICA, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), SISTEMA ELETRICO INTERLIGADO.
  • COMEMORAÇÃO, ASSINATURA, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DE MINAS E ENERGIA (MME), CASA CIVIL, PROCESSO, CONCESSÃO, USINA HIDROELETRICA, RIO MADEIRA, CONTINUAÇÃO, APROVEITAMENTO HIDROELETRICO.
  • REITERAÇÃO, COMPROMISSO, REIVINDICAÇÃO, CONSTRUÇÃO, GASODUTO, LIGAÇÃO, ESTADO DO AMAZONAS (AM), ESTADO DE RONDONIA (RO), JUSTIFICAÇÃO, NECESSIDADE, UTILIZAÇÃO, GAS NATURAL, SUBSTITUIÇÃO, OLEO DIESEL, USINA TERMOELETRICA.

O SR. VALDIR RAUPP (PMDB - RO. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador César Borges, Srªs e Srs. Senadores, venho a esta tribuna para comemorar a licença de instalação, emitida ontem, pelo Ibama, para a construção da usina hidroelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira.

Na verdade, é uma dupla comemoração. Ontem saiu a licença de instalação. Isso quer dizer que a empresa, o consórcio vencedor do leilão da usina de Santo Antônio pode iniciar o canteiro de obras, já pode iniciar de fato as obras da usina de Santo Antônio, uma usina de mais de três mil megawatts de energia elétrica, que vai, sem dúvida, sustentar o crescimento do Brasil daqui a quatro ou cinco anos.

É uma obra que vai gerar em torno de 15 mil empregos diretos e outros tantos indiretos. Mesmo com a expectativa da construção da usina de Santo Antônio, já começou uma corrida para o Estado de Rondônia, para Porto Velho. A construção civil está dando um salto fenomenal, os investimentos, as indústrias estão chegando ao nosso Estado, mais precisamente à capital, Porto Velho.

Eu disse que é uma dupla comemoração porque hoje, exatamente hoje, o Presidente da República, o Ministro de Minas e Energia, Senador Edison Lobão, a Ministra-Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e outras autoridades assinaram também a outorga, a concessão para a construção da usina de Jirau. A usina de Jirau e a usina de Santo Antônio perfazem o complexo energético do rio Madeira. Essas são as duas primeiras. Posteriormente, poderão sair mais duas, seguindo as cachoeiras do rio Madeira, até o rio Beni, na divisa com a Bolívia.

O potencial energético da Amazônia é muito grande e ainda pouco explorado, mas essas obras do rio Madeira, em Rondônia, já vão dar, nesse início, a certeza de que não teremos problemas no futuro com a geração de energia elétrica.

Comemoro junto com o povo rondoniense, com o povo da nossa capital, Porto Velho, com toda a população do Estado de Rondônia e, por que não dizer, de todo o Brasil, porque a maior parte dessa energia vai ser escoada para o centro industrial do País. As duas linhas mestras de transmissão que sairão de Porto Velho irão até a cidade de Araraquara, no Estado de São Paulo, para onde serão distribuídas, como falei, para o centro industrial do nosso País.

Então, comemoro aqui esses empreendimentos na certeza de que Rondônia está ganhando as maiores obras do Programa de Aceleração do Crescimento. E creio que não pára por aí. Essas obras vão gerar, como já falei, direta ou indiretamente, em torno de 60 mil empregos. Esses dois consórcios, um liderado pela Odebrecht e o outro liderado pelo Grupo Suez e Camargo Corrêa, com essas obras, vão trazer para Rondônia, num período de dez anos, no mínimo, um ciclo de desenvolvimento nunca visto na sua história.

Mas eu não ficaria apenas na comemoração desse complexo energético do rio Madeira, das duas usinas que, como falei, vão impulsionar a economia do Estado durante dez anos. Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quero aqui dizer ao povo do meu Estado, do Estado de Rondônia, que vou continuar lutando, com todas as minhas forças, pela construção do Gasoduto Urucu/Porto Velho.

As usinas do rio Madeira vão gerar energia para o Brasil. Rondônia está contribuindo para o crescimento do Brasil, para a geração energética do Brasil, com a construção das usinas do rio Madeira. E o Gasoduto Urucu/Porto Velho seria para Rondônia e Acre. Já temos uma interligação de Rondônia ao Estado do Acre, uma geração de energia térmica a óleo diesel, que queima um milhão e meio de litros de diesel por dia. Não podemos admitir que continue queimando um combustível caro, que o Brasil ainda importa; gasolina, não, mas óleo diesel, sim. Essa matriz pode ser substituída pelo gás.

V. Exª, Sr. Presidente Senador César Borges, sabe muito bem, já brigou e continua brigando pela construção de gasodutos neste País.

Quero aqui, mais uma vez, depois de dezenas de vezes que já assomei a esta tribuna, cobrar a construção do Gasoduto Urucu/Porto Velho.

Faço uma pergunta: para onde irá o gás da Bacia do Urucu e do Juruá? Além do gás que está sendo extraído da Bacia do Urucu, está sendo construído um gasoduto para Manaus, e já temos licença ambiental para construir, há dois anos, o gasoduto até Porto Velho, para substituir essa matriz energética do óleo diesel pelo gás, que é um combustível 60% mais barato e menos poluente, que vai trazer ainda consumo para as indústrias e até para o gás veicular.

Pergunto: se não se construir o Gasoduto Urucu/Porto Velho, com a exploração de novos poços de gás na Bacia do Juruá e também no Urucu, para onde vai ser escoado esse gás se não for para Manaus e Porto Velho? Se me disserem que não, que o gás vai para Manaus porque Manaus é sistema isolado e porque Rondônia, daqui a dois anos, vai ser interligada ao sistema nacional, eu discordo, porque eu sei que há projeto para ligar Manaus à Usina de Tucuruí. Então, Manaus vai ser interligado também. Manaus é um grande pólo industrial, que precisa de gás para a indústria e também para substituir a geração térmica, mas vai ser interligado ao sistema também, igual a Tucuruí. Se Rondônia vai ser interligado daqui a dois anos e se se diz que não precisará mais do gás, então Manaus também não precisa. Quer dizer, eu não sei para onde vai o gás da Bacia do Urucu e do Juruá.

Encerro aqui, Sr. Presidente, agradecendo a V. Exª a generosidade pelo tempo e dizendo, mais uma vez, que estamos neste momento comemorando o início das obras de Santo Antônio e também, praticamente, a licença, a autorização para a Usina de Jirau, lá no rio Madeira, em Rondônia. Mas vou continuar cobrando a construção do Gasoduto Urucu/Porto Velho.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 13/08/2008 - Página 30095