Discurso durante a 144ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro pelo transcurso, hoje, do Dia do Economista, Dia do Encarcerado e Dia do Canhoto.

Autor
Marco Maciel (DEM - Democratas/PE)
Nome completo: Marco Antônio de Oliveira Maciel
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Registro pelo transcurso, hoje, do Dia do Economista, Dia do Encarcerado e Dia do Canhoto.
Publicação
Publicação no DSF de 14/08/2008 - Página 30524
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA NACIONAL, ECONOMISTA, DETENTO, CIDADÃO, UNILATERALIDADE, MANUSEIO.
  • COMENTARIO, QUALIDADE, ORADOR, CIDADÃO, UNILATERALIDADE, MANUSEIO, INFORMAÇÃO, MINORIA, POPULAÇÃO, MUNDO, ADVERTENCIA, DIFICULDADE, FALTA, ADAPTAÇÃO, MATERIAL ESCOLAR, SOLICITAÇÃO, ORGÃO PUBLICO, SETOR, GOVERNO FEDERAL, GOVERNO ESTADUAL, GOVERNO MUNICIPAL, BUSCA, ATENDIMENTO, NECESSIDADE.
  • COMENTARIO, CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ATUALIDADE, ATENDIMENTO, NECESSIDADE, MINORIA, ESPECIFICAÇÃO, GRUPO ETNICO, MENOR, IDOSO, CRITICA, FALTA, ATENÇÃO, CIDADÃO, UNILATERALIDADE, MANUSEIO.

O SR. MARCO MACIEL (DEM - PE. Pronuncia o seguinte discurso. Com revisão do orador.) - Ilustre Presidente, Senador Antonio Carlos Júnior, Srªs e Srs. Senadores, hoje é, de acordo com o calendário, o Dia do Economista, também é o Dia do Encarcerado e, finalmente, o Dia do Canhoto. É o que diz o calendário com o qual trabalhamos.

Os canhotos correspondem a 4% ou 5% da população. Essa seria a média no mundo. É natural que, em alguns países, esse número cresça, chegando a 10% e até a 15%.

Como canhoto, observo que somos uma minoria esquecida. A Constituição de 1988, Sr. Presidente, foi altamente inovadora, em especial no que diz respeito às minorias: adolescentes, idosos, índios, igualdade étnica, etc, sem contar a ampla cobertura na área de Previdência Social, mas nada dispõe sobre os canhotos. Enfim, os canhotos também são filhos de Deus.

Minha mãe não aceitava o meu canhotismo, sobretudo o fato de não escrever com a mão direita. Ela insistia na escola para que as professoras exigissem que eu usasse a mão direita e não a esquerda. Assim persuadido, consegui escrever com a mão direita, o que me dá oportunidade de praticar o que chamaríamos de ambidestrismo, ou seja, a capacidade de usar indiferentemente as duas mãos. 

Sr. Presidente, o que me traz à tribuna é verificar que no Brasil as carteiras das escolas não prevêem um braço esquerdo para que os canhotos possam escrever.

Freqüentemente recebo solicitações de diferentes Estados, inclusive do meu, Pernambuco, para que as salas de aula disponham de carteiras com apoio no lado esquerdo, para que os canhotos possam acompanhar as aulas e, conseqüentemente, evitar que fiquem, para usar uma expressão atual, “descolados” em relação aos que, na grande maioria, escrevem com a mão direita. Recentemente uma pessoa, num evento, me disse que tinha enorme dificuldade, porque, na escola pública onde estudava, no grande Recife, não havia carteiras que tivessem apoio do lado esquerdo para os alunos canhotos.

Então, Sr. Presidente, dirijo um apelo ao serviço público, sobretudo na área de educação, tanto no plano federal quanto nos planos estadual e municipal, para que os chefes dos executivos e os secretários da educação procurem suprir essas deficiências. Acredito que não representará um custo adicional, mesmo porque, como disse, o número de canhotos é muito pequeno - não chega a 4% ou 5%, e significaria incorporar apenas algumas poucas carteiras às salas de aula. .

Faço esse apelo a todos que lidam com educação no Brasil, no sentido de ajudar os canhotos, dotando as escolas onde estudam de carteiras que lhes assegurem o pleno acompanhamento das atividades escolares.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 14/08/2008 - Página 30524