O SR. FLEXA RIBEIRO (PSDB - PA. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a presença do Grande Oriente no Brasil confunde-se com a própria história da Nação brasileira. Protagonistas de todos os grandes eventos que culminaram na formação de nosso Estado republicano, os maçons têm desempenhado, desde os primórdios da chegada dos portugueses em nossas terras, decisiva ação em prol da construção desta Nação.

Formado por homens de alto espírito público, posicionados em setores importantes da sociedade brasileira, como o jornalismo, o exército e as profissões liberais, o Grande Oriente teve, a partir da metade do século XIX, atuação marcante em diversas campanhas sociais e cívicas da Nação. O objetivo central sempre foi, e continua sendo, o de edificar uma sociedade justa e harmônica.

De fato, Sr. Presidente, a Maçonaria tem como objetivo ajudar os homens a reforçar o seu caráter, a melhorar sua bagagem moral e espiritual e a aumentar seus horizontes culturais. É uma organização fraternal, que acolhe todo homem livre e de bons costumes, sem distinção de raça, religião, ideário político ou posição social. Suas únicas exigências são que o candidato possua espírito filantrópico e o firme propósito de buscar a perfeição em sua vida. Simbolicamente, o maçom se identifica como uma pedra bruta que deve ser trabalhada, com o uso dos instrumentos adequados, até que se torne um cubo perfeito, capaz de se encaixar na estrutura do Templo do Grande Arquiteto do Universo.

Com essa visão universal é que a Maçonaria sempre se bateu pela construção dos grandes ideais de liberdade e de justiça social. Remonta aos primórdios medievais do trabalho dos construtores de catedrais esse princípio de liberdade - os maçons, como eram chamados os construtores de catedrais, eram homens livres que escolhiam edificar os templos que honravam o Grande Arquiteto do Universo.

Sr. Presidente, da construção de catedrais, os maçons passaram à construção das sociedades humanas, baseada na busca da perfeição individual e da harmonia entre as pessoas. Esse é o grande objetivo dos maçons e tem sido sua contribuição para o Brasil.

De grandes personagens históricos como José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência, proeminente Grão-Mestre do início da Maçonaria no Brasil independente, até os seus sucessores de hoje, os maçons têm atuado decisivamente em prol de nosso País.

Discretos em seu comportamento, firmes em suas atitudes, coesos em seus objetivos, os irmãos maçons têm se colocado como esteio da maior parte dos grandes momentos de transformação do Brasil.

Srªs e Srs. Senadores, o Grande Oriente do Brasil tem mais de 186 anos de existência e 177 anos de atuação ininterrupta no seio da sociedade brasileira. É uma das mais longevas organizações civis deste País, com notável contribuição para a construção de um Brasil melhor e mais justo.

Uma das ações mais importantes que os maçons realizam é o investimento que fazem em nossos jovens, por meio da Ação Paramaçônica Juvenil, de âmbito nacional, destinada ao aperfeiçoamento físico e intelectual dos jovens, de ambos os sexos, filhos ou não de maçons.

Sr. Presidente, o Grande Oriente do Brasil, presente em Brasília desde 1978, espalha-se por diversos Estados brasileiros, com aproximadamente duas mil Lojas, congrega quase 100 mil irmãos e é reconhecido em todo o mundo por seus congêneres. São 100 mil brasileiros dedicados à causa do povo!

Em tempos de tantos egoísmos e rivalidades, enaltecer a solidariedade social dos maçons e sua dedicada e decisiva atuação em favor das pessoas e da sociedade é um dever de todos os que se preocupam com o futuro deste País.

Srªs e Srs. Senadores, a comemoração do Dia do Maçom é simbólica e emblemática do espírito de solidariedade que deve nortear o agir de brasileiros e brasileiras na construção do Brasil que desejamos, mais justo e mais solidário.

Era o que eu tinha a dizer.

Muito obrigado, Sr. Presidente.