Discurso durante a 138ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Homenagem aos cento e seis anos da Revolução Acreana. Reimpressão do livro O Acre e seus Heróis, de autoria de Napoleão Ribeiro, escrito em 1930, que acompanha toda a epopéia do Acre.

Autor
Geraldo Mesquita Júnior (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AC)
Nome completo: Geraldo Gurgel de Mesquita Júnior
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Homenagem aos cento e seis anos da Revolução Acreana. Reimpressão do livro O Acre e seus Heróis, de autoria de Napoleão Ribeiro, escrito em 1930, que acompanha toda a epopéia do Acre.
Publicação
Publicação no DSF de 07/08/2008 - Página 29293
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO, REVOLUÇÃO, INDEPENDENCIA, ESTADO DO ACRE (AC), PAIS ESTRANGEIRO, BOLIVIA, REGISTRO, GESTÃO, ORADOR, GRAFICA, SENADO, REEDIÇÃO, LIVRO, HISTORIA, IMPORTANCIA, PRESERVAÇÃO, MEMORIA NACIONAL.

            O SR. GERALDO MESQUITA JÚNIOR (PMDB - AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Presidente, eu queria fazer um rápido registro de um fato de fundamental importância para nós, acreanos, e - por que não dizer? -, para todos os brasileiros. Exatamente neste dia, há 106 anos, tinha início na Amazônia uma epopéia que passou a ser conhecida como Revolução Acreana, comandada por um gaúcho, com a participação de milhares de nordestinos, cearenses, acreanos, enfim.

            Para registrar esta data, eu consegui resgatar e reimprimir, com a colaboração da minha equipe e da gráfica do Senado, uma obra que estava esgotada desde 1930. Trata-se do livro de Napoleão Ribeiro, cidadão que chegou nos primórdios do Acre, acompanhou toda essa epopéia e, em 1930, escreveu o livro O Acre e seus Heróis. É uma obra de vulto, de fundamental importância, que eu espero, em breve, distribuir aos meus conterrâneos, no Estado. A obra está saindo da gráfica do Senado.

            Para V. Exª ter idéia, Sr. Presidente, Senador Alvaro Dias - e vou presenteá-lo com um exemplar -, nessa obra ele faz menção a um fato histórico:

Ao alvorecer de 6 de agosto de 1912, o Coronel Plácido, em companhia do Coronel José Galdino, dos filhos e dos seringueiros desse patriota, em canoas, desceram para Xapuri e se apoderaram das autoriddades bolivianas.

            Há um episódio muito interessante, Sr. Presidente, que eu gostaria de relatar a V. Exªs:

            O Intendente-Geral da Polícia boliviana, o Sr. Juan de Dios Barrientos, ao ser despertado tão cedo [porque era muito cedo] e ignorando do que se tratava, exclamou, aturdido: ‘Es temprano para la fiesta’, julgando que fossem manifestações populares por motivo da independência do seu País. E respondeu-lhe Plácido de Castro: ‘Não é festa; é revolução. E sem nenhuma resistência, foram todos os bolivianos presos e remetidos para Manaus. Por segurança, atravessaram por terra para o rio Yaco e, dali, tomaram embarcações”.

            É óbvio que isso faz parte da história. Ocorreu há 106 anos. Hoje, a nossa relação com a Bolívia é a melhor possível. Temos enorme apreço pelos nossos vizinhos bolivianos. Mas isso aqui é história.

            Eu fiz questão de reeditar a obra, com a autorização dos herdeiros do autor. E vou passar às mãos de V. Exª um exemplar para que V. Exª fique com esse registro.

            Espero que, muito em breve, eu possa distribuir essa obra para os meus conterrâneos, porque se trata de uma obra de fundamental importância.

            Agradeço a tolerância de V. Exª para que eu pudesse fazer este registro.

            Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 07/08/2008 - Página 29293