Discurso durante a 157ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comemoração da implementação de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Alagoas.

Autor
Renan Calheiros (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AL)
Nome completo: José Renan Vasconcelos Calheiros
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
DESENVOLVIMENTO REGIONAL.:
  • Comemoração da implementação de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Alagoas.
Publicação
Publicação no DSF de 29/08/2008 - Página 36205
Assunto
Outros > DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
Indexação
  • COMENTARIO, PROBLEMA, AUSENCIA, AGUA, REGIÃO NORDESTE, DEFESA, MELHORIA, ADMINISTRAÇÃO, ELOGIO, ESFORÇO, GOVERNADOR, ESTADO DE ALAGOAS (AL), UTILIZAÇÃO, INVESTIMENTO, GOVERNO FEDERAL, CONSTRUÇÃO, ALTERNATIVA, REDUÇÃO, EFEITO, SECA.
  • ELOGIO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, MINISTRO DE ESTADO, CHEFE, CASA CIVIL, MINISTERIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL, REALIZAÇÃO, PROGRAMA, ACELERAÇÃO, CRESCIMENTO ECONOMICO, ESPECIFICAÇÃO, CONSTRUÇÃO, CANAL, ADUTORA, BARRAGEM, METRO, MELHORIA, PORTO, BENEFICIO, MUNICIPIO, QUEBRANGULO (AL), PALMEIRA DOS INDIOS (AL), MINADOR DO NEGRÃO (AL), ESTRELA DE ALAGOAS (AL), PAULO JACINTO (AL), BELEM (PA), IGACI (AL), MACEIO (AL), ESTADO DE ALAGOAS (AL).

O SR. RENAN CALHEIROS (PMDB - AL. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Muito obrigado, Sr. Presidente.

Sr. Presidente, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, Josué de Castro, primeiro intelectual a mapear a fome no Brasil, dizia que a seca não é o principal problema do sertão. Segundo ele, o homem poderá conviver com ela se souber administrá-la.

Este não é um drama dos tempos modernos. Relatos sobre a seca são conhecidos desde o século XVI.

Impossibilitados de plantar alimentos em suas terras, os sertanejos, Sr. Presidente, vieram plantar prédios nas grandes cidades, abandonando solos férteis, improdutivos apenas pela má administração dos recursos hídricos.

Em muitas terras, ainda se andam quilômetros para buscar água numa cacimba, com o pote à cabeça.

Felizmente, a triste realidade do agreste nordestino está mudando. Já se podem ver açudes imensos, grandes mares de água doce. Aos poucos, Srs. Senadores, vão sendo construídos sistemas de irrigação.

E parte dessa mudança acontece graças aos investimentos dos governos dos Estados, na maioria das vezes, com recursos federais. É o caso, Sr. Presidente, do Governador Teotonio Vilela Filho, que tem trabalhado firmemente neste sentido.

O Programa de Aceleração do Crescimento é a mola mestra que está impulsionando os investimentos públicos e privados no Nordeste. Não fosse a competência e sensibilidade da Ministra Dilma Roussef, como gestora desse programa, certamente a realidade do Nordeste e de Alagoas seria outra.

Em nosso Estado, o Canal do Sertão é obra estratégica do PAC. E o Ministério da Integração Nacional, sob a batuta do Ministro Geddel Vieira Lima, reservou mais de 1 bilhão para a construção do Canal do Sertão, a construção de adutoras e barragens e para ampliação da rede de água e de saneamento básico.

Somente o Canal do Sertão vai atender, Sr. Presidente, 40 Municípios da região, direta ou indiretamente.

De Delmiro Gouveia até Arapiraca, serão contemplados um milhão de alagoanos, com água de boa qualidade para o consumo humano e animal, irrigação e piscicultura. Até 2010, serão investidos R$2,6 bilhões de recursos federais na área de infra-estrutura. E Alagoas deverá receber também projetos da iniciativa privada da ordem de R$6 bilhões.

Hoje mesmo, Srs. Senadores, estamos recebendo, em Maceió, a visita do Ministro-Chefe da Secretaria Especial dos Portos, Pedro Brito, que anunciará a ampliação e modernização do Porto de nossa Capital, com recursos do Governo Federal. A expansão portuária no nosso País necessita de um aporte de pelo menos US$25 bilhões para atender à demanda nacional até 2017.

O objetivo central, Sr. Presidente, Srs. Senadores, deste meu pronunciamento é falar da primeira obra do PAC no Nordeste a ser inaugurada agora em outubro: a adutora Helenildo Ribeiro, antiga Caçamba, entre as cidades de Palmeira dos Índios e de Quebrangulo.

O Presidente Lula, que vai nos dar a honra, é um nordestino que conhece de perto os males da seca e a falta de água.

Como se sabe, Srs. Senadores, o Município de Palmeira dos Índios, em Alagoas, se caracteriza pela significativa importância na exploração agrícola. Embora não apresente ainda uma infra-estrutura básica necessária compatível com os padrões de mercado, temos trabalhado em Brasília, juntamente com a Bancada Federal do nosso Estado, para que isso efetivamente aconteça.

Nessa região de Alagoas dois projetos são considerados fundamentais: a adutora Helenildo Ribeiro, orçada em 67 milhões, e a barragem do Bálsamo, orçada em 78 milhões, que garantirão o abastecimento de água para Quebrangulo, Palmeira dos Índios, Minador do Negrão, Estrela de Alagoas, Paulo Jacinto, Belém e Igaci. A adutora Helenildo Ribeiro beneficiará cerca de 200 mil habitantes da região pelos próximos 20 anos.

A execução de obra com o aproveitamento do potencial hídrico do riacho Caçamba se faz extremamente necessária. A região de Palmeira dos Índios, por sua localização geográfica, atravessa constantemente graves problemas com a falta de água para o consumo humano.

Mas o PAC, Sr. Presidente, em Alagoas, deve atender outras obras igualmente fundamentais. Na semana passada, eu e o Governador Teotonio Vilela estivemos com o Presidente Lula discutindo a inclusão, no PAC, do metrô de superfície saindo de Utinga, em Rio Largo, até o bairro de Mangabeiras, em Maceió. O projeto da CBTU prevê a operação por um veículo leve sobre trilhos, conhecido como VLT.

Ontem, Sr. Presidente, - já encerro - fui informado pelo Presidente da República que o metrô de Maceió será incluído no PAC. O Presidente me disse também que autorizou a destinação de R$30 milhões, inicialmente, para a primeira fase desse projeto.

Ao finalizar, quero dizer que o projeto de desenvolvimento de Alagoas passa por Palmeira dos Índios, pela sua história, pela força de seu povo, pela sua potencialidade agrícola.

Continuaremos, portanto, trabalhando aqui, em Brasília, com muita transparência e seriedade, para mudar nossos indicadores sociais e econômicos, superar os principais problemas e construir uma Alagoas mais digna de todos.

Muito obrigado.

Era o que tinha a dizer.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/08/2008 - Página 36205