O SR. PRESIDENTE (Mozarildo Cavalcanti. PTB - RR) - Senador Augusto Botelho, quero solidarizar-me com V. Exª, que é médico da mesma forma que eu sou, porque nos preocupamos com essa questão não do ponto de vista político, como alguns fazem. V. Exª disse muito bem que o mosquito não é federal, não é estadual e não é municipal. Ele está no Brasil, e o Governo Federal tem que capitanear as medidas para que haja a erradicação do mosquito e o tratamento precoce daquelas pessoas que adoecem.

            No nosso Estado, V. Exª, que já foi vítima da dengue, sabe da falta de cuidado, principalmente na capital, no que tange à questão do fumacê, do saneamento e da visitação domiciliar, que é uma ação da prefeitura e da Funasa, e que não é feita, tanto que houve, há cinco anos, uma epidemia que se repete, e ainda mais séria.

            O prédio da Funai, no centro da cidade, está interditado porque está infestado de mosquito da dengue. Então é preciso realmente que haja seriedade no combate, que o dinheiro destinado à saúde seja realmente gasto, principalmente na prevenção, e não em propagandas e em desvios, como aconteceu na Funasa de Boa Vista, em que mais de trinta milhões de reais foram desviados para o bolso de algumas pessoas, principalmente do chefe da Funasa de lá.

            Então quero me congratular com V. Exª pela abordagem do tema e lamentar que o nosso Estado esteja vivendo esse problema de novo.

            Espero que V. Exª, como um homem do Partido do Presidente Lula, sensibilize Sua Excelência para que moralize a Funai em Roraima e faça com que os recursos cheguem rápido para o combate à epidemia.

            Concedo a palavra, sem prejuízo da ordem dos oradores inscritos, ao Senador Paulo Duque.

            V. Exª dispõe de dez minutos.