O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT - AC) - Senador Romeu Tuma, a Presidência do Senado se associa a V. Exª nesta manifestação justa de homenagem aos 200 anos de criação da instituição Polícia Civil brasileira.

            V. Exª fala como um operário da Polícia brasileira. Fala como cardeal da Polícia brasileira, o que conseguiu ser ao longo da sua história. Fala como alguém que nunca separou os seus sentimentos de vida, de pessoa humana com os de Polícia. Nunca conseguiu.

            Ouvindo V. Exª, lembrava-me da minha própria condição de médico. Vivo sempre com uma saudade intensa dos hospitais e das UTIs, onde trabalhei muitos anos da minha vida, e sei do respeito que V. Exª tem a essa atividade profissional.

            Entendo que, ao estabelecer a pauta de reivindicações da Polícia Civil brasileira, que tramita no Senado Federal e na Câmara dos Deputados, V. Exª cobra desta Instituição sensibilidade e solidariedade. Aí, ocorreu-me a lembrança dos pais e das mães desses policiais que saem de suas casas para correrem risco de vida em favor de outros. Os pais desses filhos que estão nessa caminhada ficam aflitos, em suas casas, pelo risco de vida que seus filhos correm. Isso deve ter um significado muito grande para a democracia.

            Ocorreu-me também lembrar, ouvindo V. Exª em sua sabedoria e experiência, que a política vive realidade semelhante, assim como a saúde. Muitas vezes, mostra-se apenas o lado negativo da Polícia Civil; muitas vezes mostra-se apenas o lado negativo da política; expressa-se apenas o lado negativo da saúde, quando temos histórias de vidas exemplares dentro dessas instituições, que deveriam ser consideradas. Ninguém vai edificar uma democracia forte enfraquecendo as instituições.

            Acho que a Polícia Civil deve ser tratada com orgulho, pois são salvadores de vidas deste País.

            Ao passar a Presidência desta sessão especial a V. Exª, deixo, mais uma vez, meus cumprimentos ao Dr. Carlos Eduardo Benito Jorge, Presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia, ao Dr. Maurício Lemos Freire, Diretor-Geral da Polícia Civil do Estado de São Paulo.

            Espero que esta sessão signifique avanço na respeitabilidade e na construção da Polícia que o Brasil deseja ver consolidada e edificada.

            Lembrei-me de uma frase que interpreta um dos princípios fundamentais do cristianismo: a força não deve ser usada para arrombar a porta, mas para suportar as dificuldades do dia-a-dia.

            Muito obrigado. (Palmas.)