Discurso durante a 168ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Homenagem ao desempenho dos nossos atletas paraolímpicos nas Paraolimpíadas, em Pequim, na China.

Autor
Flávio Arns (PT - Partido dos Trabalhadores/PR)
Nome completo: Flávio José Arns
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ESPORTE.:
  • Homenagem ao desempenho dos nossos atletas paraolímpicos nas Paraolimpíadas, em Pequim, na China.
Publicação
Publicação no DSF de 10/09/2008 - Página 37374
Assunto
Outros > ESPORTE.
Indexação
  • CONGRATULAÇÕES, ATUAÇÃO, EMPENHO, ATLETA PROFISSIONAL, OLIMPIADAS, PAIS ESTRANGEIRO, CHINA, SAUDAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, BRASIL, EXPECTATIVA, VITORIA.
  • COMENTARIO, IMPORTANCIA, PRATICA ESPORTIVA, SAUDE, MELHORIA, QUALIDADE DE VIDA, IGUALDADE, SOCIEDADE.
  • REGISTRO, AMPLIAÇÃO, PRESENÇA, IMPRENSA, COBERTURA, OLIMPIADAS, REFERENCIA, TRABALHO, RADIO, SENADO, PROMOÇÃO, DEBATE, ENTREVISTA, DETALHAMENTO, ATUAÇÃO, BRASIL.

            O SR. FLÁVIO ARNS (Bloco/PT - PR. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, quero, no dia de hoje, homenagear o desempenho dos nossos atletas paraolímpicos nas Paraolimpíadas, em Pequim, na China. No último sábado, no famoso Ninho do Pássaro, os chineses surpreenderam mais uma vez e deram um show na abertura das Paraolimpíadas.

            No total, somam-se 148 delegações de diferentes países, competindo em 17 modalidades.

            A delegação brasileira em Pequim é a maior da história. São 188 atletas confirmados para todas as 17 modalidades. São elas: voleibol, vela, tiro, tênis em cadeira de rodas, tênis de mesa, remo, natação, judô, hipismo, halterofilismo, goalball, futebol de sete, futebol de cinco, ciclismo, bocha, atletismo e basquete em cadeira de rodas.

            Conquistamos - o Brasil conquistou -, nesses três primeiros dias de competição, a sétima colocação no geral, somando 16 medalhas, sendo oito de ouro, quatro de prata e quatro de bronze.

            Gostaria de parabenizar a participação de todos os vitoriosos atletas paraolímpicos que nos representam nesse evento. Em especial, destaco a participação do judoca Antônio Tenório, medalhista em Atenas, que foi escolhido para carregar a bandeira brasileira na cerimônia de abertura.

            Homenageio também a participação dos nadadores Daniel Dias e André Brasil, que conquistaram as primeiras medalhas de ouro nessa Paraolimpíada. É importante ressaltar que essa foi a primeira participação paraolímpica desses atletas.

            O Brasil também subiu ao pódio na modalidade do judô. Duas judocas, com baixa visão - ou seja, resíduo visual -, Karla Cardoso e Michelle Ferreira, conquistaram a prata e o bronze, uma na categoria até 48 kg e a outra na categoria até 52 kg.

            Homenageio também um dos maiores ícones do esporte brasileiro, o nadador Clodoaldo Silva, que demonstrou garra e superação ao continuar competindo, mesmo sendo submetido a uma reclassificação.

            Pelas regras do IPC - o Comitê Paraolímpico Internacional -, a reclassificação só deve acontecer com atletas que mudam suas deficiências. A paralisia cerebral que Clodoaldo possui não é progressiva nem regressiva. O atleta melhorou tecnicamente, mas sua deficiência não mudou.

            Somente para entendermos melhor o debate, a classificação é um fator de nivelamento entre os aspectos da capacidade física e funcional, a fim de aproximar o grau de dificuldade entre os competidores com diferentes deficiências. Cada modalidade determina seu próprio sistema de classificação, baseado em aspectos funcionais. O atleta é submetido a uma avaliação por uma equipe de classificadores, que, através de testes de força muscular, mobilidade articular, testes funcionais (realizados dentro da água) e análise de resíduo muscular, determina a classe esportiva do atleta. Tais classificadores são credenciados pelo IPC, o Comitê Paraolímpico Internacional, e têm formação médica, técnica e fisioterápica.

            A maior parte - e é importante que se destaque isso - dos atletas da seleção brasileira é oriunda das diversas associações espalhadas por este Brasil. Trata-se de entidades sérias - e estamos discutindo o terceiro setor - que investem, acreditam e lutam por melhor qualidade de vida e treinamento para pessoas com deficiência.

            Hoje, temos muitas histórias de conquistas e superação. A prática esportiva traz uma visão diferente da vida, principalmente para as pessoas com deficiência, que conseguem, por meio do esporte, conquistar melhorias na qualidade de vida, mais igualdade social e um grande aumento, sem dúvida, na auto-estima. Praticar esporte é essencial para a saúde de todos nós.

            Estou feliz por acompanhar nossas vitórias e em saber que o prestígio do paradesporto vem crescendo não só no Brasil, mas em todo o mundo. Essa paraolimpíada está sendo a maior de toda a história e também está sendo considerada a melhor edição dos jogos. O número de ingressos vendidos impressiona até mesmo os organizadores, que estimam a marca de mais de 1 milhão de participantes.

            A Paraolimpíada de Pequim também tem número recorde na cobertura jornalística. Nada menos do que 6.470 jornalistas estão trabalhando na cobertura jornalística. São 1.200 jornalistas de rádio e televisão, 2.900 de mídia impressa e 2.370 fotógrafos. Os números mostram a grandiosidade dos Jogos na China.

            A imprensa brasileira, Sr. Presidente, marca presença com 71 jornalistas, número muito maior do que em 2004, em Atenas, quando foram 28 profissionais. Gostaria de destacar também a cobertura que a Rádio Senado vem realizando, mesmo sem correspondentes na China. Os jornalistas da Rádio Senado vêm promovendo debates, entrevistas e balanços sobre a atuação brasileira nos Jogos Paraolímpicos de Pequim.

            Desejo, ainda, como certamente é o desejo de todos nós Senadores e Senadoras e de toda a sociedade brasileira, muitas vitórias para esses atletas que estarão na China até o dia 17 de setembro, lutando por seus desafios e quebrando suas barreiras. Parabéns aos atletas paraolímpicos brasileiros que já estão fazendo história em Pequim.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/09/2008 - Página 37374