Discurso durante a 183ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Análise dos resultados das eleições do último domingo.

Autor
Aloizio Mercadante (PT - Partido dos Trabalhadores/SP)
Nome completo: Aloizio Mercadante Oliva
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ELEIÇÕES. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
  • Análise dos resultados das eleições do último domingo.
Publicação
Publicação no DSF de 07/10/2008 - Página 38746
Assunto
Outros > ELEIÇÕES. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
Indexação
  • REGISTRO, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, HISTORIA, ELEIÇÕES, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), REFORÇO, BLOCO PARLAMENTAR.
  • COMENTARIO, RESULTADO, PESQUISA, ENTIDADE, AMBITO INTERNACIONAL, SUPERIORIDADE, BEM ESTAR SOCIAL, BRASIL, DIVULGAÇÃO, APOIO, POPULAÇÃO, ATUAÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ENDEREÇO, ORADOR, INTERNET, PROGRAMA, GOVERNO FEDERAL, NATUREZA SOCIAL, INFRAESTRUTURA, CRESCIMENTO ECONOMICO, IMPLEMENTAÇÃO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), COMPROVAÇÃO, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA (IBGE), AUMENTO, INDICE, DISTRIBUIÇÃO DE RENDA, PAIS.
  • COMENTARIO, ELEIÇÃO MUNICIPAL, AMPLIAÇÃO, CANDIDATO, REELEIÇÃO, COMEMORAÇÃO, DADOS, JORNALISTA, INTERNET, SUPERIORIDADE, NUMERO, PREFEITO, CIDADE, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), ESPECIFICAÇÃO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), FAVORECIMENTO, ACEITAÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ELOGIO, AUSENCIA, PROBLEMA, ELEIÇÕES.
  • REGISTRO, ABERTURA, GABINETE, ORADOR, PREFEITO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), RETORNO, AUXILIO, CAMPANHA ELEITORAL, SEGUNDO TURNO.

O SR. ALOIZIO MERCADANTE (Bloco/PT - SP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, nesta campanha, percorri centenas e centenas de Municípios do meu Estado, fui a cidades de todos os tamanhos, fui a todas as macrorregiões do Estado de São Paulo.

Ao longo da minha longa militância política - e lá se vão mais de 35 anos de militância ininterrupta -, fiz todas as campanhas eleitorais do PT, desde a primeira em que o hoje Presidente Lula era candidato a Governador de São Paulo. Nessa ocasião, não tínhamos experiência de campanha eleitoral alguma, estávamos ainda na ditadura militar. Não tivemos um grande desempenho eleitoral, mas esse foi um aprendizado muito rico.

Mais tarde, em 1986, coordenei a campanha para Deputado Federal do Presidente Lula, em que ele foi o Deputado mais votado da história do Brasil naquela circunstância. Depois, em 1989, caminhei com o Presidente Lula pelo Brasil todo; eu era coordenador econômico da campanha, assessor direto e coordenava também os programas de televisão. Nessa campanha, nosso candidato, Luiz Inácio Lula da Silva, nunca tinha votado para presidente, nem eu. Mal sabíamos o que era propriamente uma campanha presidencial, mas conseguimos, naquelas circunstâncias, empolgar o Brasil, emocionar o Brasil. No segundo turno, a disputa com Collor foi extremamente polarizada, mas nosso Partido ali se consolidou como grande referência histórica. Aquele sonho de um dia o Brasil ver uma liderança operária, um trabalhador presidindo o Brasil, ficou definitivamente presente no imaginário do nosso povo.

Depois, em 1990, fiz a campanha a Deputado Federal. Fui o Deputado mais votado do PT naquela circunstância. Em 1994, fui candidato a Vice-Presidente da República com o Presidente Lula. Mais uma vez, percorri o Brasil todo, vendo a diversidade social, regional e cultural, a linguagem, as expressões, mergulhando no coração do Brasil. Voltei em 1998 como Deputado Federal, fui o terceiro mais votado do Brasil. Novamente, percorri todo o meu Estado de São Paulo, até que, em 2002, fui o Senador mais votado da história do Brasil, com 10,5 milhões de votos, um mandato que me honra muito, por ter tido essa confiança do povo de São Paulo.

Como Governador, disputei as eleições em 2006, que perdi, com sete milhões de votos. E, agora, faço de novo essa campanha para as prefeituras do Estado de São Paulo. Eu disse, em alguns veículos, ao longo da campanha, que eu nunca tinha visto uma receptividade tão grande nas ruas, especialmente um sentimento de otimismo e de esperança do povo brasileiro.

Vi uma pesquisa do Gallup, feita em 132 países, que mostra que o Brasil, no índice de felicidade, que mede a felicidade das nações, era o vigésimo país mais feliz da economia mundial. Os países, em geral, têm um índice de felicidade relacionado à renda por habitante, à renda per capita, ou seja, quanto mais rico o povo, maior é o índice de felicidade; o dinheiro não explica toda a felicidade, mas explica alguma coisa. O Brasil, no entanto, quanto ao índice de felicidade, está bem acima do que é o PIB per capita do País. Mas o mais impressionante é quando se pergunta: daqui a cinco anos, como é que estará a felicidade do povo? O Brasil é o país mais feliz do mundo hoje.

Esse sentimento de esperança, que vem desde a campanha presidencial de 2002 - “a esperança venceu o medo” -, está de novo nas ruas. Senti, em cada aperto de mão, em cada caminhada no comércio, em cada comício que a gente fazia, em cada reunião com a militância e com os eleitores, um clima de esperança, um clima de otimismo, um clima de satisfação da sociedade brasileira. Depois, até provoquei, em algumas redações, essa reflexão, e as pesquisas de opinião, de fato, consagraram meu sentimento. O Presidente Lula tem 80% de apoio do povo brasileiro, é o Presidente mais bem avaliado da história do Brasil, e é evidente que esse sentimento e essa liderança do Presidente Lula estiveram decisivamente presentes nessas eleições municipais.

Eleições municipais são locais, dizem respeito à vida da cidade: o fato de colocar os filhos na escola, o tratamento de saúde, o trânsito, a segurança, a habitação, o saneamento. Então, dizem respeito ao cotidiano da cidade e, portanto, têm predominantemente uma dinâmica local.

O que podemos apreender dessas eleições? Acho que a primeira grande característica dessas eleições é que a tendência predominante do eleitorado era a reeleição do Prefeito. Tanto foi assim, que, nas capitais, todos os Prefeitos que disputaram a reeleição foram reeleitos. Com exceção de São Paulo, onde o Prefeito Kassab não foi reeleito, mas foi para o segundo turno, em todas as demais cidades, os Prefeitos foram reeleitos.

Então, havia o sentimento de satisfação com a vida, com o governo, com o emprego, com a renda, com o desenvolvimento, e os Prefeitos, a bem da verdade, tiveram muito mais recursos para governar nestes últimos dois anos do que tiveram os governantes anteriores. Evidentemente, isso esteve presente na eleição. Foram governos que tiveram melhores condições de desempenhar suas funções, com grande apoio do Governo Federal.

No portal www.mercadante.com.br, há o mapa do Estado de São Paulo, há dois anos. Quem clicar nele poderá ver os 645 Municípios do Estado de São Paulo. Município por Município, mostrei o que o Governo Federal fez na cidade. Em cada cidade de São Paulo em que entro, presto contas. Há Plano de Aceleração do Crescimento (PAC)? Quais são os programas do PAC na habitação e no saneamento? Quais são os convênios extra-orçamentários de educação, de saúde, com o Ministério das Cidades? Quais os programas de financiamento da Caixa Econômica Federal? Quantas bolsas do Bolsa-Família existem no Município? Há Farmácia Popular e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu)? Quantas bolsas do ProUni existem? Quantos empregos foram gerados na cidade?

Então, você sente a presença do Governo Federal. Não é só uma boa avaliação por que o País hoje tem estabilidade diante dessa grave crise financeira internacional, tem inflação sob controle e cresce 6% ao ano ou por que geramos 850 mil empregos novos com carteira de trabalho assinada. Isso se deve não por que o Brasil, nestes cinco anos, teve os melhores índices de distribuição de renda de toda a história dos índices do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A maior distribuição de renda da história documentada do Brasil se deu nestes cinco anos, pois vinte milhões de pessoas saíram da pobreza. Há tudo isso, mas há também a relação republicana do Governo Federal com cada cidade. Esse valor do apoio do Governo Federal, para quem contestava, inclusive para os Prefeitos de oposição, passou a ter um valor político. E esse valor político fortaleceu os candidatos da base do Governo. Além do sentimento continuísta de predominantemente manter os Prefeitos que aí estavam, houve o fortalecimento do campo da base do Governo, porque o apoio do Governo Federal, a satisfação com o Governo Lula e a liderança do Presidente Lula foram fatores muito relevantes na disputa.

Dentro dessas duas tendências, penso que há uma terceira. O nosso Partido, o PT, sai muito fortalecido das eleições municipais. Sai fortalecido especialmente onde está o grande debate político, que são as grandes cidades do Brasil. Nos pequenos Municípios, as relações são muito pessoais e familiares, existem outras dinâmicas que não são propriamente o grande debate político eleitoral, as legendas não têm um valor decisivo, o voto é muito mais pessoal, as pessoas convivem, as famílias se conhecem há muitos anos. Então, o grande debate político eleitoral se dá realmente nas grandes cidades.

Nas 79 maiores cidades do Brasil, o quadro é absolutamente incontestável. Há um levantamento feito no blog do jornalista Fernando Rodrigues, que vem acompanhando as eleições - ele sempre foi um analista muito atencioso em relação às eleições -, em que se mostra que, hoje, o PT tem dezessete prefeitos nesse G79 - quer dizer, nas cidades com mais de 200 mil eleitores, cidades em que pode haver segundo turno -; já venceu no primeiro turno em treze cidades; está em primeiro lugar, no segundo turno, em onze cidades; está em segundo lugar, no segundo turno, em quatro cidades. Portanto, tem o potencial de vitória em 28 cidades, o que atinge 19.877.670 eleitores, ou seja, o PT pode governar, nessas 79 cidades, 20 milhões de eleitores. O segundo Partido, que é o PMDB, pode governar 14 milhões de eleitores. Depois, vem o DEM, com 9,7 milhões de eleitores; o PSDB, com 8,5 milhões de eleitores; o PSB, com 4,5 milhões de eleitores; o PDT, com 2,1 milhões de eleitores; o PP, com 2 milhões de eleitores; o PCdoB, com 1,2 milhão de eleitores; o PTB, com 1,8 milhão de eleitores; o PV, com 5 milhões de eleitores. O PT conta com mais que o dobro de eleitores do que o PSDB nessas 79 maiores cidades do Brasil.

Em São Paulo, no meu Estado, quanto a essas tendências que busquei aqui alinhar, predomina a tendência de reeleição dos Prefeitos. Quando é sucessor, é mais difícil, mas, quando o candidato vai à reeleição, predomina a tendência à reeleição. Então, essa é a característica primeira.

Em segundo lugar, houve o fortalecimento da base de sustentação do Governo Lula, em especial do Partido dos Trabalhadores. Na Grande São Paulo, vencemos em onze cidades. De todas as grandes cidades da Grande São Paulo, das oito primeiras, em sete vencemos as eleições, chegamos em primeiro lugar - em algumas, haverá o segundo turno. Na própria capital, haverá segundo turno, mas vencemos em Osasco, com Emídio de Souza; vencemos em Diadema, com Mário Reali; vencemos em Carapicuíba, com Sérgio Ribeiro. E disputamos São Bernardo do Campo, com Luiz Marinho; Santo André, com Vanderlei Siraque; Mauá, com Oswaldo Dias. E ainda vencemos em Embu, com Chico Brito; em Itapevi, com a Drª Ruth; em Cotia, com aliança política. Em várias outras cidades da Grande São Paulo, nossos aliados venceram as eleições. O PSDB não ganhou nenhuma eleição na Grande São Paulo. O DEM ganhou Mogi das Cruzes, que era do PSDB até então. Portanto, é uma vitória muito forte na maior concentração urbana do País, que é a Grande São Paulo.

Na capital, há uma característica para a qual eu gostaria de chamar a atenção: a Prefeita Marta teve 2.084.108 votos - 34,24% dos votos -, e tive 2.087.504 votos há dois anos, como candidato a Governador, praticamente a mesma votação que a Prefeita Marta Suplicy. Quero dizer que tive 2.084.108 votos, 34,24% dos votos - desculpem, essa é a minha votação -, e a Prefeita Marta, 2.087.504 votos, ou seja, 32,78%. Tive uma pequena diferença percentual a maior, porque aquela eleição foi há dois anos, mas, em números absolutos, foi a mesma votação: 2,84 milhões de votos contra 2,87 milhões de votos. A conjuntura atual favoreceu a campanha, tanto a imagem do PT, o momento do Governo Lula, a dinâmica da campanha, a aliança que fizemos - tínhamos mais tempo de televisão -, o que efetivamente demonstra que teremos um grande desafio no segundo turno, teremos de dialogar com setores médios, que mostraram resistência à candidatura. Teremos de buscar, sobretudo, uma classe média moderna, contemporânea, que acho que tem resistência historicamente às candidaturas mais conservadoras. Temos de buscar atrair isso no segundo turno. No segundo turno, os dois candidatos vão ter o mesmo tempo de televisão, será um debate só dos dois. Temos chances efetivas. Quase vencemos, no primeiro turno, em São Bernardo, em Santo André e em Mauá, na Grande São Paulo. Em Campinas, em aliança com o PDT, tivemos 65% dos votos, uma votação espetacular, com o Dr. Hélio, que foi reeleito, e com o Vice do PT, o Demétrio. Na Baixada Santista, vencemos em cidades importantíssimas, como Cubatão, uma cidade com um orçamento de R$800 milhões e com o segundo pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Baixada Santista. Lá, vencemos com Márcia Rosa, que foi a primeira mulher eleita na cidade e a mais bem votada de toda a história de Cubatão. Foi uma vitória espetacular! Vencemos, em aliança com o PSB, em São Vicente; em Praia Grande, derrotamos o PSDB, numa aliança com o PMDB. Então, na Baixada Santista também tivemos uma importante vitória política.

No Vale do Paraíba, uma região em que o PT tinha uma presença muito pequena, reelegemos o Prefeito Hamilton, indicado pelo ex-Prefeito Marco Aurélio do PT. É o terceiro mandato que temos. É a cidade onde meu avô foi Prefeito. Para mim, tem um sabor muito especial. É uma cidade importante na história da vida da minha família. Está certo que meu avô foi Prefeito lá em 1950, mas ele era o único médico da cidade, tinha uma longa história na cidade, era um médico muito envolvido na vida da comunidade e, até hoje, é uma referência na cidade. Lá, elegemos novamente o Prefeito Hamilton, com votação espetacular. Elegemos nosso candidato em Taubaté, derrotando o PSDB; vencemos em Cruzeiro, também em aliança, e em várias outras pequenas cidades do Vale.

No oeste paulista, uma área onde o PT nunca teve presença importante, vencemos em Araçatuba, com Cido Sério, Deputado Estadual; vencemos em Adamantina e vencemos, em aliança, em Presidente Prudente. Então, também houve, no oeste paulista, uma força inovadora como não tínhamos há muito tempo.

Na macrorregião de Campinas, tivemos as mais importantes vitórias: além da cidade de Campinas, em Sumaré, em Hortolândia e em Santa Bárbara d’Oeste, numa disputa com o PSDB, vencemos em aliança com o PDT. Tivemos uma vitória muito grande, além de Amparo, Artur Nogueira e Cosmópolis, em várias outras cidades. Ali, no entorno de Campinas, tivemos uma votação espetacular. Em São Carlos, cidade muito importante, cidade em que há o maior índice de doutores per capita do Brasil, tivemos importante vitória política.

Então, o balanço do Estado de São Paulo - não me vou estender - é de muito êxito. O PT emerge com força política muito importante. Se somarmos o voto do PT com o dos aliados da base do Governo, veremos que nosso potencial para 2010, tanto para o Estado quanto para sustentação de campanha presidencial, é muito favorável, muito mais favorável do que jamais o foi na história de São Paulo. Nunca houve, em eleições municipais, resultado tão promissor quanto esse de 2008.

Não podemos subestimar a força da Oposição ao Governo Federal: o PSDB e o DEM. Esses Partidos governam o Estado há muitos e muitos anos e têm ainda presença importante no interior. Mas o PT e os Partidos aliados, os Partidos de esquerda, avançaram como jamais fizeram nas disputas eleitorais de São Paulo. Houve mais de cinco milhões de votos para a legenda, para o PT, dos candidatos a Prefeito. E disputamos ali o primeiro lugar com o PSDB, muito longe de qualquer outro Partido do Estado de São Paulo. Então, é uma vitória muito expressiva, politicamente muito importante e marcada por grandes desafios.

A eleição transcorreu com bastante tranqüilidade, apesar de excessos em algumas cidades. Particularmente em Paulínia, houve certa truculência por parte de uma candidatura - totalmente desnecessária -, mas as eleições transcorreram como grande festa democrática, consolidando o pluralismo do Brasil com as opções dos eleitores, cada um com sua legenda, com seus candidatos.

Os debates programáticos foram importantes. O povo, hoje, quer soluções concretas para seus problemas de transporte, de trânsito, de educação. A saúde foi tema muito presente em todas as cidades. É um grande desafio que temos pela frente aprimorar as políticas de saúde pública no Brasil.

O País sai renovado dessas eleições, o País revigora esse sentimento de esperança, de satisfação do povo brasileiro, pronto para novos desafios.

Termino, dizendo que recebi, ao longo deste meu mandato, mais de 500 Prefeitos do Estado de São Paulo. Meu gabinete, terminada a eleição, continuará aberto a todos os Prefeitos, independentemente de legenda, independentemente de avaliação do Governo Federal. Minha obrigação é acolhê-los, é apoiar a sua relação com o Governo Federal, é buscar encaminhar as demandas junto ao Governo Federal, solucionar pendências. Fui eleito por todo o Estado, fui votado em todos os Municípios, e minha obrigação, como Senador por São Paulo, é buscar esse atendimento e esse acolhimento e estimular a parceria do Governo Federal com todas as prefeituras, de forma republicana e promissora, eu diria, porque foi muito importante para muitos Prefeitos o apoio do Governo Federal.

Por último, quero dizer que haverá o segundo turno em São Paulo, em Guarulhos, em São Bernardo, em Santo André, em Mauá, em Bauru, em São José do Rio Preto. Vou voltar às ruas; estarei presente, várias vezes, em cada uma dessas cidades; voltarei aos comícios, às carreatas, às caminhadas, às visitas aos comércios, às palestras, às reflexões, porque considero que o segundo turno vai ser muito importante para São Paulo e para o Brasil. Novamente, todos nós sairemos fortalecidos, com a democracia, com a participação, com a cidadania, com o direito de o eleitor escolher o melhor caminho para sua cidade.

Portanto, parabéns Brasil, parabéns ao povo brasileiro, que, definitivamente, consolida a democracia como caminho sem volta, um caminho de êxito e único para construirmos uma sociedade mais justa, mais solidária e mais generosa!

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 07/10/2008 - Página 38746