Fala da Presidência durante a 176ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Comemoração aos quarenta e três anos de criação da profissão de Administrador.

Autor
Marconi Perillo (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/GO)
Nome completo: Marconi Ferreira Perillo Júnior
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
HOMENAGEM. EXERCICIO PROFISSIONAL.:
  • Comemoração aos quarenta e três anos de criação da profissão de Administrador.
Publicação
Publicação no DSF de 19/09/2008 - Página 37998
Assunto
Outros > HOMENAGEM. EXERCICIO PROFISSIONAL.
Indexação
  • ABERTURA, SESSÃO ESPECIAL, HOMENAGEM, ANIVERSARIO, REGULAMENTAÇÃO, EXERCICIO PROFISSIONAL, ADMINISTRADOR, CONVITE, AUTORIDADE, COMPOSIÇÃO, MESA DIRETORA, SAUDAÇÃO, CIDADÃO, PRESENÇA, PLENARIO.
  • ANALISE, IMPORTANCIA, ATIVIDADE, ADMINISTRADOR, ATUAÇÃO, AMBITO, INICIATIVA PRIVADA, ADMINISTRAÇÃO PUBLICA, SUPERIORIDADE, RELEVANCIA, PERIODO, GLOBALIZAÇÃO, COMENTARIO, OCORRENCIA, CRISE, ECONOMIA, MERCADO INTERNACIONAL, ESPECIFICAÇÃO, PAIS ESTRANGEIRO, ESTADOS UNIDOS DA AMERICA (EUA), PREVISÃO, PREJUIZO, ECONOMIA NACIONAL, EXPECTATIVA, PROVIDENCIA, SETOR, REDUÇÃO.
  • COMENTARIO, NECESSIDADE, ADMINISTRADOR, ATENÇÃO, COMPETIÇÃO INDUSTRIAL, DESENVOLVIMENTO TECNOLOGICO, DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL, BENEFICIO, HOMEM, DEFESA, ORADOR, IMPORTANCIA, VALORIZAÇÃO, CATEGORIA PROFISSIONAL.

            O SR.PRESIDENTE (Marconi Perillo. PSDB - GO) - Declaro aberta a sessão.

            Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

            A presente Sessão Especial destina-se a comemorar os 43 anos de criação da profissão de Administrador, de acordo com o Requerimento nº 949, de 2008, de autoria do Exmº Sr. Senador Marconi Perillo e outros Srs. Senadores.

            Tenho a honra de convidar, para compor a Mesa, o Dr. Roberto Carvalho Cardoso, Presidente do Conselho Federal de Administração. (Palmas.).

            Convido a Drª Maria do Rosário de Moraes, Presidente do Conselho Regional de Administração do Distrito Federal, que aqui vem representar todos os demais Presidentes dos Conselhos Estaduais. (Palmas.)

            Tenho a honra de convidar o Dr. Samuel Albernaz, Presidente da Associação Goiana de Administração e dos Sindicatos dos Administradores de Goiânia, que vai representar também todos os congêneres. (Palmas.)

            Esta Presidência saúda todos os presidentes e demais membros das associações, sindicatos de administradores do Distrito Federal e do Brasil, alunos do curso de Administração, todas as senhoras e todos os senhores aqui presentes.

 

            O SR.PRESIDENTE (Marconi Perillo. PSDB - GO) - Composta a Mesa, passo a ler o meu pronunciamento de homenagem aos administradores.

            Honra-nos sermos o autor do requerimento desta sessão solene, em que nos reunimos para celebrar os 43 anos de regulamentação da profissão de Administrador, que ocorreu por meio da Lei nº 4.769, aprovada em 9 de setembro de 1965.

            O mês de setembro parece-nos especialmente significativo no ano de 2008 e, mais especificamente, nesta semana em que o mundo se estarrece diante da crise no mercado financeiro norte-americano.

            Só houve situação pior no mercado em 11 de setembro de 2001, por ocasião do atentado às torres gêmeas do World Trade Center em Nova York.

            Portanto, cremos que todos os administradores no Brasil e no mundo têm razões de sobra para fazer valer essa admirável profissão, marcada pelo espírito de superação, porque administrar no contexto de competitividade do mundo globalizado é suplantar barreiras e metas.

            Administrar é equilibrar qualidade e custos para que as empresas possam se colocar no mercado de consumo e oferecer produtos de qualidade, numa economia de extrema complexidade e dinamismo. E, na atividade pública, administrar é buscar a prestação de serviços de qualidade ao usuário do serviço público, ao cliente do serviço público, que é o cidadão e a cidadã em todos os Estados e Municípios e no País como um todo.

            Complexo porque a interligação das bolsas torna inevitável que as crises nas economias centrais não produzam efeitos nas economias emergentes, especialmente nas economias mais pobres. Complexo porque a reação dos consumidores nem sempre é previsível, sobretudo no contexto brasileiro, em que se luta pela confiabilidade e credibilidade do País e, principalmente, manutenção dos fundamentos da nossa economia.

            Quando houve a desarticulação do Leste Europeu e a derrocada da União Soviética, com a Perestroika, depois a Glasnost, chegou-se a pensar que o mundo viveria um longo ciclo de unipolarismo econômico e político da economia americana. Mas, passadas nem três décadas, o mundo já percebe um novo ordenamento econômico em que as economias emergentes representam nova força capaz de rivalizar com as economias da Comunidade Européia e da América do Norte.

            Na verdade, administradores e economistas sabem como seremos submetidos a um teste de fogo com a nova crise que bate à nossa porta, porque não se estimam, ainda, os efeitos do fechamento de um banco do porte do Lehman Brothers ou da compra do Merrill Lynch pelo Bank of America.

            Que implicação essa crise trará para as administrações das empresas e dos negócios, no Brasil, na América e no Mundo, permanece uma incógnita para a qual somente a capacidade de auto-superação dos nossos prezadíssimos homenageados terá uma resposta.

            Neste dia de festa, importa assinalar, também, que vemos como fundamental para o administrador moderno, contemporâneo, a questão da gerência dos recursos humanos, sobretudo porque o contexto de alta competitividade requer tato e muita habilidade para a preservação dos colaboradores.

            O crescimento da economia mundial e a permeabilidade entre os mercados consumidores não podem significar abrir mão dos direitos e garantias trabalhistas, tampouco da manutenção de condições de dignidade no exercício laboral.

            Se esses padrões não se transformarem em bandeiras de luta universais, estará em jogo o próprio sentido da competição e do desenvolvimento tecnológico, que não podem se colocar à frente nem da condição humana, nem da sustentabilidade planetária.

            A administração de empresas hoje, Sr. Presidente, Srs. Senadores, senhores homenageados, já não pode ser vista como um conjunto de gráficos, números e fluxogramas, nem como uma rotina de programação. Ao agir, o administrador precisa considerar todos os fatores materiais e humanos que interferem na organização empresarial e na imagem da empresa no mercado.

            A administração de empresas, hoje, revela-se como uma das mais importantes profissões no contexto globalizado. Exatamente por isso, nossos administradores clamam por maior reconhecimento da profissão. E é por isso que o Senado da República faz questão de prestar-lhes esta homenagem neste dia.

            Não é justa a concorrência predatória que sofrem os mais de um milhão e meio de bacharéis em Administração. Não é justa a inexistência de reserva de cargos para os administradores em concursos para carreiras na área da Administração Pública, especificamente falando.

            Os administradores cobram e exigem respeito pela profissão, tão bem representada pelos conselhos regionais e federal, que envidam esforços permanentes no aperfeiçoamento e nos avanços dessa extraordinária categoria.

            Parabéns, administradores!

            Hoje, vocês representam a esperança de incontáveis empresas; hoje, vocês significam a sobrevida permanente da Administração Pública.

            Muito obrigado a todos. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 19/09/2008 - Página 37998