O SR. VALDIR RAUPP (PSDB - RO. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, comemoramos a Semana Nacional do Idoso, o que deu ocasião para que, em todo o País, voltássemos nossa atenção, de forma especial, para nossos concidadãos da melhor idade.

            Meu Estado, Sr. Presidente, não fugiu à regra. Em Porto Velho foram promovidas diversas atividades voltadas para os idosos, entre apresentações de dança, bailes, cursos e palestras dirigidos especialmente aos mais velhos, além dos Jogos Abertos da Terceira Idade, organizados pelo Sesc, que incluíram competições em modalidades que iam do atletismo ao xadrez e o dominó, passando pela natação, pelo vôlei e pelo basquete. Foi a oportunidade não só de confirmar, mais uma vez, os benefícios do esporte, como também, para nossos atletas da terceira idade, de demonstrar sua saúde e sua vitalidade, que o tempo não consegue dobrar.

            Merece destaque, Srªs e Srs. Senadores, a realização, nos dias 25 e 26 passados, da II Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa, realizada pelo Governo do Estado por meio da Secretaria de Assistência Social, ocasião em que foram discutidas propostas trazidas por delegados dos Municípios rondonienses, a propósito da construção da Rede Nacional de Proteção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa. Também foram escolhidos os representantes do Estado para a próxima Conferência Nacional, que ocorrerá aqui em Brasília em outubro.

            A Semana terminou, no sábado, com um prazeroso momento de congraçamento - uma caminhada “intergeracional”, que saiu da Praça Aluísio Ferreira, no centro de Porto Velho, até o Sesc.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, há algum tempo já, a composição etária da população brasileira começou a mudar. De um país de jovens, estamos evoluindo, confirmando a trajetória pela qual outras sociedades já passaram, para nos tornar um país em que a parcela idosa da população é significativa. As taxas de fertilidade têm caído, ao mesmo tempo em que a expectativa de vida aumenta regularmente.

            Tudo isso tem impactos profundos em diversos aspectos importantes da vida social - afetando desde questões relativas à estrutura familiar até o problema da previdência social, sem mencionar as pressões que implica para os sistemas de saúde e de assistência social. É imperativo, portanto, que tenhamos desde já idéias precisas sobre como desenvolver políticas públicas adequadas para esse grupo de pessoas, cujas necessidades muitas vezes exigem uma atenção especial.

            O Brasil, infelizmente, embora esteja caminhando para se tornar um país de população mais velha, ainda não trata bem seus idosos. Ainda é penoso, é difícil envelhecer no Brasil, para a grande maioria de nossa população. Ainda precisamos deixar de ver a velhice como perda - perda da beleza, da juventude, da agilidade - e passar a vê-la como ganho - ganho de experiência, de sabedoria, de compreensão. Precisamos ainda nos esforçar para encontrar e reconhecer a beleza da melhor idade, sua vitalidade peculiar - vitalidade que necessariamente tem, por ser a velhice uma parte integrante não apenas do ciclo vital dos indivíduos, mas também da dinâmica da comunidade em que se inserem esses indivíduos.

            Quero encerrar, Sr. Presidente, deixando aqui meus sinceros agradecimentos a todos os idosos de Rondônia e do Brasil pelo muito que fizeram, tornando possível que cada um de nós esteja hoje aqui.

            Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

            Muito obrigado.