O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA (PMDB - MG. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senador Mão Santa, meu amigo e Presidente neste momento, demais Senadores, na verdade, V. Exª acaba de ler o meu pensamento e minhas idéias, porque eu vim à tribuna falar um pouco sobre o nosso Partido, o Partido do qual V. Exª é um dos alicerces.

            O Presidente tem toda essa grande aprovação neste momento, mas muito antes V. Exª já estava ao lado do povo no Piauí. Chegou a ter momentos maravilhosos e com certeza eles voltarão, porque V. Exª é um homem do povo. Começou operando e daí o seu apelido de Mão Santa, ajudando os mais sacrificados. É uma honra muito grande estar ao seu lado no Senado.

            Na verdade, Senador Mão Santa, recebemos um relatório com a posição do nosso Partido nessas eleições e eu gostaria de falar aqui para os telespectadores da TV Senado e também para os Senadores presentes. O PMDB é um partido que não tem dono, como V. Exª bem sabe. Muitos dizem que a todo momento há confusão no PMDB porque é um Partido em que tudo é decidido no voto, cada um dá o seu voto, e dali saem sempre as decisões com a maioria dos votos. Já tive oportunidade, na reunião dos Senadores na Liderança, de votar para decidir qual seria o nosso candidato à Presidência da Casa - no caso, o escolhido foi o Senador Garibaldi, quando também concorria o Senador Pedro Simon. No PMDB vale o voto, porque o partido não tem dono. V. Exª conhece bem o nosso Partido e sabe que sempre após uma grande discussão acaba saindo uma votação e quem perdeu ou ganhou aceita o resultado, e vamos para a luta.

            Então, eu gostaria, Senador Mão Santa, de passar alguns dados que chegaram às minhas mãos.

            O PMDB, como se sabe, foi o Partido que elegeu o maior número de vereadores, Senador Mão Santa: 7.903 vereadores e 1.200 prefeitos, até o momento.

            O exame quantitativo do número de prefeitos eleitos, cotejando-se com a eleição de 2004, demonstra que o número de eleitos do PMDB cresceu mais de 13%, pulando de 1.065, em 2004, para 1.200 prefeitos agora.

            O PT saiu de 422 para 548.

            O PSB oscilou positivamente de 178 para 309.

            E o PCdoB cresceu 300%, saindo de 10 prefeituras para 40.

            O PP também teve desempenho expressivo, com 547 prefeituras, contra 533 na última eleição.

            Então, veja bem, Senador. Mão Santa, os dois partidos mais identificados como oposição vêm verificando acentuada queda na representação popular, na esfera municipal e nacional. Vou citar aqui somente os números do PMDB - é o que interessa.

            Em 2004, tínhamos 1.065 prefeituras; agora temos 1.194 e vai aumentar ainda porque nas principais capitais do País nossos candidatos estão disputando o segundo turno: o Fogaça, em Porto Alegre; Dário Berger em Florianópolis; a grande sensação desse momento, que é o Quintão, em Belo Horizonte, garoto jovem, promissor. Ele já foi vereador e deputado estadual. Atualmente tem um mandato de deputado federal. Ele está demonstrando que Minas, como bem sabem, tem uma comida maravilhosa e lá não se come prato feito. Atualmente em Minas, quando a gente chegava ao restaurante e pedia um prato, não havia cardápio; só existia aquele prato que era imposto pelo Governador e pelo Prefeito. Agora há um prato novo, que se chama Quintão e está no segundo turno nessa eleição que vai se realizar no próximo domingo.

            Temos candidato também no Rio de Janeiro, Eduardo Paes disputando com Gabeira; temos em Belém nosso candidato Priante muito bem colocado. Acreditamos que vai ganhar.

            Nosso Partido não tem dono e vem conquistando a maioria das capitais do País.

            Outra análise que merece atenção, ainda não realizada por veículos da imprensa, se refere à quantidade de votos dados aos partidos, valioso patrimônio a ser observado, cultivado e multiplicado para os próximos anos.

            Agora, em 2008, novamente o PMDB recebeu a grande massa de votos, sendo seguido pelo PT, PSDB, Democratas, PP, PDT, PSB, PT do B. Na eleição para a Prefeitura, o PMDB superou o PT em quase dois milhões de votos. O dado referente a votos dados a mais para o PMDB comparado com o PT é relevante pelas circunstâncias do pleito: apesar de o Presidente Lula, nosso querido Presidente, estar com popularidade estratosférica, os programas sociais do Governo foram massificados pelo PT no horário gratuito e candidatos não petistas, embora aliados, foram proibidos de utilizar a imagem presidencial em vários Estados por decisão da Justiça Eleitoral. A eleição municipal em primeiro turno reelegeu dois Prefeitos do PMDB: em Goiânia, Iris Rezende, meu grande amigo, e em Campo Grande, Nelsinho Trad. Ocorre que o Partido disputa seis outras capitais em segundo turno, com reais chances de vitória em cinco delas - eu acredito que são seis, não são mais cinco. As disputas com chances concretas de vitória serão no Rio de Janeiro, com Eduardo Paes, aumentando o peso do Governador Sérgio Cabral no cenário nacional; em Porto Alegre, com José Fogaça; em Florianópolis, com Dário Berger; em Salvador, de João Henrique; e em Belo Horizonte, o ascendente Quintão, meu grande amigo. Dizem que tem menos chance em Belém com José Priante, o que não é verdade. Isso mostra que, ao contrário de surradas profecias, o PMDB reafirmou seu caráter de partido nacional e não está sendo expurgado para grotões e periferias, como vaticinavam alguns analistas políticos quando da adesão do partido à base de sustentação do Governo Lula. O retorno do partido à condição de expressão nacional manifestou-se também na eleição de 2006.

            A tal “pefelização” do PMDB não ocorreu. Os dois remanescentes herdeiros do bipartidarismo enfrentam agora trajetórias diversas: o PMDB, a cada eleição, expandindo-se e reafirmando seu traço nacional; o outro partido amargando consecutivas derrotas em níveis estressantes na queda de representação e perda de votos. Se o processo de emagrecimento eleitoral não for contido, é natural pensar, a médio prazo, na fusão dos partidos de oposição.

            O PMDB segue sendo nos últimos dois pleitos o maior patrimônio político-partidário do Brasil. É a sigla que mais elege pela segunda vez consecutiva e, por isso, é o maior patrimônio político-partidário do País.

            O PMDB é hoje o partido que contabiliza sete Governadores - Sérgio Cabral, Paulo Hartung, Eduardo Braga, Luiz Henrique, André Puccinelli, Marcelo Miranda e Roberto Requião -, a maioria sólida no Senado Federal e na Câmara dos Deputados, o maior número de Deputados Estaduais, 163 em todo o Brasil, e agora o maior número de Prefeitos e Vereadores, podendo superar o PT em capitais, durante o segundo turno.

            Os partidos identificados como governistas e que assumiram temas associados ao Governo Federal em suas campanhas somaram 66 milhões de votos em todo o País, superando os 5,3 milhões de votos nas eleições de 2006, ou seja, a cada três votos depositados nas urnas, dois foram para os governistas e um para a oposição, o que converge com as sondagens de satisfação da população em relação ao Governo, cujos índices registram dois terços de aprovação.

            Entre os governistas, o PMDB foi a legenda que mais cresceu em número de votos. Cotejando com as eleições de 2006, foram 4,6 milhões de votos a mais, ficando a segunda colocação para o PT, com 3,4 milhões de votos adicionais, entre 2006 e 2008.

            Isso, inquestionavelmente, se deve à reinserção do PMDB em grandes centros de concentração eleitoral, nos quais o PMDB tinha participação periférica ou de espectador. Destaca-se o Rio de Janeiro, onde Eduardo Paes superou 1 milhão de votos, e Belo Horizonte com o candidato Leonardo Quintão atingindo meio milhão de votos, e a repetição de boas votações: João Henrique em Salvador; José Fogaça em Porto Alegre; o bom desempenho de Dário Berger em Florianópolis; e José Priante em Belém.

            Veja bem, então, Senador Mão Santa, que o PMDB em 2006 teve 13,5 milhões de votos e agora, em 2008, 18,1 milhões de votos, ou seja, 4,6 milhões de votos a mais em todo o País.

            A todo momento, procuram fazer acordo com a gente, como aconteceu na eleição na Câmara e no Senado. Agora também têm de fazer acordo para eleger Deputados estaduais e Prefeitos porque nós não paramos de crescer nunca.

            Diante disso, quero também falar do PMDB em Minas Gerais. É claro que a lista não está atualizada porque temos alguns dados - aqui eu coloquei nossos candidatos a prefeitos que vão disputar o cargo no segundo turno como se fossem prefeitos nossos, eleitos. Há 119 Prefeitos do PMDB eleitos em Minas Gerais e 120 Vice-Prefeitos, num total de 239 Chefes de Executivo, ou seja, 28% dos Municípios do Estado de Minas Gerais.

            Eu quero citar aqui - se der para citar todos porque eu acho que é muito importante, neste momento, citar os Prefeitos que foram eleitos porque, para ser eleito, passa-se por uma batalha tremenda, com vereadores lutando para elegerem o chefe do Executivo.

            Vou tentar citar todos os nossos Prefeitos eleitos, se o Presidente me der tempo. Serão muitos. Não tenho culpa se o Partido elege tantos, não é, Senador Leomar Quintanilha? V. Exª, que também é do nosso Partido, sabe que o nosso Partido está em um momento maravilhoso, crescente.

            Vamos lá, por Municípios:

            Aimorés, foi eleito o nosso candidato Marcelo Marques; Além Paraíba, Wolney Freitas, reeleição; Alto Jequitibá, Daniel Quimarães; Araguari, meu querido amigo Marcos Coelho de Carvalho, de quem participei ativamente da eleição; Arapora, Valdir Inácio Ferreira, também reeleição; Barbacena, Danuza Bias Fortes. É claro que temos que ter um carinho especial por Barbacena porque é a cidade do nosso Ministro Hélio Costa, com quem eu compartilhei da eleição para Senador. Se alguém aqui deseja ser Governador do seu Estado tem que ganhar na sua cidade. E aqui foi de lavagem. O Ministro Hélio Costa, o Senador Hélio Costa fez um grande trabalho e elegemos, em Barbacena, Danuza Bias Fortes; Barra Longa, Fernando José Carneiro; Belo Horizonte. Em Belo Horizonte, nós temos um segundo turno maravilhoso com Leonardo Quintão, que muitos classificam de jovem, mas tem história: já foi vereador, deputado estadual, Deputado Federal com mandato. É uma pessoa a quem... no início dessa campanha, por ele ser um evangélico e ter como seu vice um católico, foram os dois jovens que sempre tiveram mais fé do que todo mundo. Sempre acreditaram nessa vitória, sempre acreditaram que Belo Horizonnte não ia aceitar a imposição de alguém... Fico realmente, neste momento, que estou aqui falando sobre Belo Horizonte, onde eu tenho o maior carinho, o maior respeito pelo Governador Aécio Neves, da minha geração, que transformou Minas em um Estado moderno... O choque de gestão é um sucesso, hoje, em todo o País, mas, talvez, ele tenha recebido um recado da população.

            E a política, Senador Jefferson Praia, é fascinante por isto: quando você pensa que está com tudo, acha que pode fazer o que quiser, o povo manda um recado: não, não é isso aqui, não. É desse jeito. E o Governador Aécio, já ouvi algumas declarações, disse que aconteça o que acontecer no domingo, ele vai fazer uma declaração na segunda.

            Tenho certeza de que o nosso candidato, Leonardo Quintão, ganhando a eleição, vai compor com o Governador, porque o Governador também é da geração do Leonardo Quintão. Não há por que tratar de confrontos por uma vitória maravilhosa como essa que o Quintão está tendo em Belo Horizonte. E tenho certeza que, após a eleição, o nosso candidato vai sentar e conversar com o Governador, porque, afinal de contas, os dois vão fazer grandes trabalhos, tanto por Belo Horizonte, como o Governador Aécio já vem continuando, como pelo Estado de Minas Gerais.

            Temos também: Belo Vale, Wanderlei de Castro; Bom Jardim de Minas, Joaquim Laércio Rodrigues; Bom Jesus da Penha, Adenio Siqueira; Bonfim, Dejair César Ribeiro Campos. Quero dizer que todas essas cidades são do PMDB, Senador. Todas essas daqui são Prefeitos eleitos do PMDB. Cachoeira da Prata, Domício de Campos; Cachoeira de Pajeu, Edmundo Correa; Caiana, Sebastião de Sales Rodrigues; Campanário, Cirilo José da Silva Costa; Capitólio, José Gonçalves Machado; Carmésia, Roberto Keller Carvalho Gonçalves; Carmo de Minas, Yuri Vaz de Oliveira; Carmo do Rio Claro, Antonio Vítor; Carneirinho, Dalva Maria de Queiroz Tiago; Carvalhos, Prefeito José Geraldo de Souza; Cedro do Abaeté, Hilário Darck dos Reis; Centralina, meu querido amigo Joélio. Parabéns pela reeleição. Claro dos Poções, Maria das Dores; Coluna, Jarbas Luiz de Oliveira; Conceição da Barra de Minas, Cornélio Galdino de Paiva; Conceição do Pará, José Cassimiro Rodrigues; Coromandel, Dione Maria Peres; Coronel Pacheco, Edelson Sebastião Meireles; Cristiano Otoni, temos aqui o xará do nosso querido amigo José Nery, foi reeleição; Curvelo, José Maria Penna Silva; Descoberto, Luiz Fernando de Oliveira; Desterro do Melo, Márcio Celso de Araújo Tafuri; Diamantina, Geraldo da Silva Macedo; Dionísio, Weber Americano; Dom Silverio, José Maria Repoles; Dores de Campos, Ilídio Antônio de Melo Neto; Dores de Guanhaes, João Eber; Engenheiro Caldas, Juarez Contin Jr.; Entre Folhas, Ailton da Silveira; Espera Feliz, Aloísio Barbosa; Estiva, João Gualberto; Eugenópolis, Rômulo Augusto; Fernandes Tourinho, Vicente de Paula Germano; Florestal, Derci Alves Ribeiro Filho; Goiana, Geraldo Coutinho de Oliveira; Guarda-Mor, Gilmar Ferreira dos Santos; Guidoval, Elio Lopes; Ilicinea, Aluísio Borges de Souza; Inhapim, Grimaldo de Oliveira Bicalho.

            Vou ter que tomar uma água, Sr. Presidente, porque, realmente, são muitos Prefeitos eleitos. É um total de 853 Municípios que temos em Minas Gerais. Quantos Municípios V. Exª tem no seu Estado?

O SR. PRESIDENTE (Jefferson Praia. PDT - AM) - Sessenta e dois Municípios, Senador Wellington Salgado. V. Exª tem o tempo que achar necessário para fazer a sua exposição.

O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA (PMDB - MG) - Ok! Muito obrigado, Sr. Presidente.

            Inhapim, Grimaldo de Oliveira Bicalho; Inhaúma, Murilo França de Lima; Itabirito, Manoel da Mota Neto; Itacarambi, Rudimar Barbosa; Ituiutaba, meu querido amigo Públio Chaves - parabéns pela vitória maravilhosa, lutou até fim e ganhou de um prefeito que também é um grande amigo, mas que não é do PMDB -; Jacinto, Carlos Dantes Ferraz de Melo; Jacutinga, Darci de Morais Cardoso; Jequeri, Maria das Dores; Joaquim Felício, Eliana Colen; Jordânia, Amaury Martins; Lagoa Dourada, Antônio Carlos; Lagoa Formosa, Edson Machado de Andrade; Lajinha, Sebastião Moreira; Leandro Ferreira, Edson Correia; Madre de Deus de Minas, José Eutásio; Mar de Espanha, Jair Teixeira; Marilac, Edmilson Valadão; Medeiros, Weber Leite; Miradouro, Wagner Figueiredo; Mirai, Sérgio Luiz Resende; Monsenhor Paulo, Pedro Paulo Pagoni; Montes Claros, Luís Tadeu Leite - este está no segundo turno, e nosso Ministro Hélio Costa está trabalhando, porque é importante para o Ministro eleger o Prefeito dessa cidade, que vai contar com um prefeito de um partido que tem seis Ministérios, como o PMDB, Partido com a maioria no Senado, a maioria na Câmara e, agora, a maioria de vereadores e também a maioria de prefeitos -, Nova Porteirinha, Wilmar Soares; Oliveira, Ronaldo Resende; Oliveira Fortes, Ilário Aparecido; Ouro Preto, Angelo Oswaldo - reeleição; Paracatu, Vasco Praça; Paraguaçu, Gantus Nasser; Passabem, José Lourenço; Passos, José Hernani Silveira; Piedade de Caratinga, José Lopes da Silva; Poço Fundo, Carlos Alberto; Pratinha, Antônio Lelles; Presidente Kubitschek, Lauro de Oliveira; Riachinho, José Vilmar Silva; Rio do Prado, Alvimar dos Anjos Silva; Rio Espera, Luiz Balbino Moreira; Rio Pomba, Fernando Antônio Dutra Macedo; Rio Vermelho, Wilson Ventura Batista; Rochedo de Minas, Ricardo César Cândido da Silva; Sabinópolis. Geraldo Santos Pires; Sacramento, Wesley de Santi Melo; Santa Luzia, Gilberto da Silva Doneles; Santa Rita do Itueto, Firmino Ton; Santo Antônio do Amparo, Evandro Paiva; Santo Antônio de Aventureiro, Paulo Roberto Pires; São Francisco de Sales, Ernani Barbosa; São Geraldo do Baixio, Wellerson Valério Moreira; São João da Mata, Luciano Moreira Franco; São João Del Rei, Nivaldo José de Andrade; São Joaquim de Bicas, Antônio Carlos Resende; São Pedro da União, Paulo Geraldo Honório Pereira; São Pedro do Suacuí, Prefeito Serafim Ciriaco de Oliveira; São Sebastião do Anta, João Batista Vinha; São Tomás de Aquino, Maria Helena Rodrigues; São Vicente de Minas, Maria Lindalva; Senhora dos Remédios, Sônia Maria; Sobrália, Wilson Ferreira Neto; Soledade de Minas, Geraldo Emiliano dos Santos; Tapira, Lavater Pontes Júnior; Tiradentes, Nízio Barbosa.

Tiradentes é uma cidade maravilhosa. V. Exª, se tiver oportunidade... Há restaurantes maravilhosos, é uma cidade que o Governador freqüenta bastante. Ele passava suas férias lá. É a cidade dele.

Três Pontas, Glimaldo Paiva; Turmalina, Zailson João Macedo; Uberaba, meu querido amigo Anderson Adauto, ex-Ministro. O Prefeito Anderson é um daqueles políticos que já foi tudo: Prefeito, Vereador, Deputado Estadual, Presidente da Assembléia, Deputado Federal, Ministro e, agora, Prefeito reeleito. Umburatiba, Clodoaldo José Vital; Uruana de Minas, Tânia Menezes Lopes; Vespasiano, Carlos Moura Murta; Virgínia, João Bosco Brito Negreira (reeleição); Virgolândia, Francisco de Souza Leite.

Há aqui também, Sr. Presidente, os Vice-Prefeitos eleitos. Mas realmente eu só queria deixar aqui bem clara a minha homenagem aos Prefeitos que eu acabei de ler que ganharam a eleição no nosso Partido em Minas Gerais. Sinto-me muito feliz porque, muitas vezes, esses dados...

O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB - PI) - Senador Wellington Salgado...

O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA (PMDB - MG) - Concedo um aparte ao Senador Mão Santa, um dos monstros sagrados do PMDB.

O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB - PI) - A história do PMDB se enriquece com a história de Minas. Aqui mesmo ninguém esquece Juscelino Kubitschek. Embora tenha sido eleito Senador por Goiás, foi fonte de inspiração para isso tudo, e Tancredo, até deste Parlamento, que chegou a ser Primeiro-Ministro num momento maior de crise e, sem dúvida nenhuma, se imolou pela redemocratização. Então, Minas está aí. Mas eu queria acrescentar dois itens: primeiro, São Paulo, que é a maior densidade. Não querendo reviver o café-com-leite que marcou a nossa república velha, lá vai o DEM, mas é porque tem uma mulher do PMDB: Alda, candidata a vice-prefeita.

Vemos aí que estão disparando - eu estive lá no fim da semana passada -, principalmente os nordestinos, porque os nordestinos que estão em São Paulo são crentes no trabalho, amantes do trabalho e agradecidos a ele. Como diz Rui Barbosa, o trabalho vem antes, o trabalho e o trabalhador fazem a riqueza. Então, os nordestinos estão lá com esta chapa: Kassab e o PMDB. Uma mulher, engenheira, que teve algumas tentativas políticas que não deram certo, mas isso faz parte. O Abraham Lincoln teve várias, assim como Rui Barbosa. Ela agora é vitoriosa, candidata que mostra a força do PMDB feminino em São Paulo. Eu queria advertir e convocar V. Exª, que traduz Minas, o histórico, e o Ministro que V. Exª representa, Hélio Costa, que é um dos líderes dessa campanha do Quintão e do povo de Minas. V. Exª citou esses números tão bem - e um quadro vale por dez mil palavras. O Brasil se conscientizou, e V. Exª disse que, quantitativamente, o povo do Brasil escolheu o PMDB. Agora, eu queria que ficasse claro aqui que nós somos qualitativamente bem melhores que os que estão aí no PT que conhecemos, lá fora, no País, no Piauí e aqui. Nós somos também quantitativamente. Então, leve a mensagem do Piauí para os dois Estados que fizeram essa democracia: ela nasceu lá com libertas quae sera tamen, com sacrifício de Tiradentes, e nós, na Batalha de Jenipapo, expulsando os portugueses do Brasil. Então, eu queria lhe lembrar que, além dessa grandeza, temos aqui, que é o ápice do Poder Legislativo, 21: Almeida Lima, ex-Prefeito; Casildo Maldaner, ex-governador; Garibaldi, ex-governador; Geraldo Mesquita Júnior; Gerson Camata, ex-governador; Gilvam Borges, ex-governador; Jarbas Vasconcelos, ex-governador; José Maranhão, ex-governador; José Sarney, ex-presidente da República; Leomar Quintanilha; Lobão Filho, que representa seu pai, que é ex-governador; Mão Santa, ex-governador do Piauí; Neuto de Conto; Paulo Duque - Paulo Duque é do tempo de Getúlio; foi líder do PMDB de Getúlio, naqueles tempos, antes do suicídio, grande líder; Pedro Simon, maior patrimônio da política deste País, ex-governador; Renan Calheiros, já foi ministro; Romero Jucá, ex-governador; Roseana Sarney, ex-governadora; Valdir Raupp, ex-governador; Valter Pereira e Wellington Salgado Filho. Aqui é como diz a Bíblia: os últimos serão os primeiros. Então, não vamos abdicar de escolher o Presidente desta Casa. Não pode. Não é um desrespeito a um, é a todos nós. Esse recado é claro. Não fiz negociata. Só tenho uma correção a fazer: V. Exª disse que o PMDB não tem dono. Tem dono: é o povo. “Ouça a voz rouca das ruas” - encantado do fundo do mar, Ulysses dizia. E quem está - ouça a voz rouca das ruas - é o povo. Esse é o dono do PMDB, o povo do Brasil!

O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA (PMDB - MG) - Senador Mão Santa, V. Exª se referiu ao Senado Federal. Tempos atrás, eu estava fazendo um estudo, aquele momento em que se começa a analisar alguns dados importantes. Nós temos hoje um Executivo muito forte, que é o Presidente Lula. Isso é inquestionável. Nós temos um Judiciário muito forte, com a presença do Presidente Gilmar Mendes, no Supremo, no Conselho Nacional de Justiça. Nós temos que ter também alguém forte no Congresso Nacional. Nós temos que saber escolher o nosso Presidente.

Eu estive fazendo uma análise matemática e um pouco grotesca, Senador Mão Santa, Sr. Presidente, em que somei quantos votos existem na Câmara dos Deputados. Peguei cada Deputado - estava sem sono - para ver quantos votos teve e saí somando os votos dos 503...

O Sr. Leomar Quintanilha (PMDB - TO) - Quinhentos e treze.

O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA (PMDB - MG) - Quinhentos e treze Deputados. Eu confundo com Minas que tem 853 Municípios. Os 513 deram algo em torno de 50 milhões de votos. Aí eu fui ver quantos votos o Presidente Lula teve. Na primeira eleição, foi algo perto de 52 milhões, na segunda 56 milhões de votos. Aí eu falei: bom, o Presidente Lula ganha da Câmara em votos. Aí eu comecei aqui no Senado a fazer uma análise. Quantos ex-governadores? Pode ser que tenha mudado e que tenham assumido outros Senadores, mas temos nesta Casa, Senador Mão Santa, 25 ex-governadores. Eu fui somar os votos dos Senadores que estão aqui, dos 81 Senadores: 120 milhões de votos! Não importa se é 1/3, 2/3 ou se é um candidato. Mas 120 milhões de pessoas optaram, escolheram, vai ser este aqui com seus suplentes. Então a força do Senado é algo... Esta é realmente a Casa da democracia. Por aqui passam governadores, ex-prefeitos - Ministros, eu ainda não fiz essa conta, Senador Quintanilha, mas com certeza ainda farei.

Ou seja, o Senado Federal é realmente uma Casa que tem que ser respeitada. E ultimamente temos visto algumas agressões a esta Casa. Fruto de quê? Do processo democrático, do fortalecimento do Executivo, do fortalecimento do Judiciário. Agora, temos que fortalecer a nossa Casa. Tem que ser eleito, em janeiro, um Presidente que possa equilibrar em prestígio, em respeitabilidade. Não quero dizer que o nosso Presidente não esteja neste momento gozando desses adjetivos de que estou falando. Mas foi um Presidente eleito para um mandato tampão, um Presidente que já foi, inclusive, Governador, Prefeito, tem tudo para exercer corretamente a Presidência, mas veio devido a alguns problemas que aconteceram nesta Casa.

Então, no ano que vem, vamos ter a calma, a tranqüilidade de eleger um Presidente que possa equilibrar os três Poderes, que possa dar a esta Casa o mesmo prestígio que hoje o Presidente Lula dá ao Executivo e o Presidente Gilmar Mendes dá ao Judiciário.

Acho que aí, sim, os três Poderes estarão equilibrados; aí, sim, vamos ter que tomar atitudes firmes nesta Casa, para que o Senado volte a ter o prestígio que sempre teve. Temos de acabar com essa conversa que aqui alguns Senadores falam: “não, porque o Senado é isso...” Não existe um Senador mais forte do que os 81 Senadores desta Casa. Não existe nenhum Senador que tenha 120 milhões de votos. E aqui - esqueci de falar - ainda temos ex-Presidentes: temos aqui o ex-Presidente Collor, que está de licença; o ex-Presidente Sarney e o Presidente Marco Maciel - por que não? -, que já foi Presidente várias vezes e conheceu muito bem o que é exercer o Poder Executivo.

Então, Sr. Presidente Senador Jefferson Praia, obrigado pela paciência de V. Exª, que espero retribuir algum dia.

O Sr. Leomar Quintanilha (PMDB - TO) - Senador Wellington Salgado, V. Exª me permite um aparte?

O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA (PMDB - MG) - Concedo um aparte ao Senador Leomar Quintanilha.

O Sr. Leomar Quintanilha (PMDB - TO) - Senador Wellington, antes de V. Exª encerrar, atento que estive durante todo o seu pronunciamento, em que V. Exª comemora - e com propriedade - o bom desempenho do PMDB...

O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA (PMDB - MG) - Do nosso partido.

O Sr. Leomar Quintanilha (PMDB - TO) - ... nosso partido, na disputa das eleições municipais em todo Brasil, eu gostaria só de lembrar a V. Exª - nós ainda não tínhamos tido tempo de comentar a respeito - que, também no Tocantins, Estado que tenho a honra de representar nesta Casa, o desempenho do PMDB foi o melhor. Fizemos o maior número de Prefeitos e fizemos um número expressivo de Vice-Prefeitos e de Vereadores, demonstrando uma interação perfeita entre o partido, seus representantes, seus líderes, suas propostas e o que pensa e sente o povo tocantinense e, de resto, o que sente o povo no Brasil, ao confiar, ao acreditar nas propostas defendidas pelos líderes que escolheram nessa legenda, no PMDB. Meus cumprimentos a V. Exª pelas informações que traz à Casa nesta tarde.

O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA (PMDB - MG) - Muito obrigado, Senador Leomar Quintanilha, V. Exª, que chegou a esta Casa também no nosso partido, eleito pelo povo de Tocantins. Já estive presente em grandes lutas de V. Exª pelo seu Estado, que está muito bem representado aqui. Quer dizer, é fruto também dessa base eleitoral, porque, para se chegar ao Senado Federal, tem que ter essa base que V. Exª e o nosso partido acabam de eleger em Tocantins, para que possa, daqui a dois anos, o partido trazê-lo, para que possam elegê-lo outra vez Senador da República, porque realmente V. Exª tem contribuído demais para o Estado de Tocantins.

O Estado de Tocantins, inclusive, é um Estado recente, jovem, que precisa ter um representante à altura e que possa também estar num partido como o nosso, que tem seis Ministérios e tudo isso que eu acabei de falar. Quer dizer, isso mostra a força de alguém que seja eleito no nosso partido, porque aí se tem todo o trânsito. V. Exª goza de um trânsito estupendo junto aos Ministérios, junto ao nosso partido, junto aos Ministros, junto ao Presidente, o que é importante. Não se pode errar. Se errar, você acaba prejudicando o seu Estado. Então, o PMDB vive um momento maravilhoso. Acho que podemos, depois do dia 26, apresentar novos relatórios - tenho certeza. Não sei se nosso partido em Tocantins tem alguns também no segundo turno. Já fechou tudo? Já é o maior partido em Tocantins. O Senador Mão Santa trabalhou muito também no Piauí. Então, me dá um prazer muito grande pertencer a esse partido.

Era isso que eu tinha a colocar esta tarde aqui, Senador Jefferson Praia.

Obrigado mais uma vez.