O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu acho que V. Exª está com muita sensibilidade e muita sabedoria, dirigindo o Poder Legislativo. Eu entendo o Demóstenes, que está ali ao telefone, esse amor que ele tem ao Poder Judiciário, da mesma maneira que eu tenho amor pela ciência médica, à qual dediquei os melhores anos de minha vida.

            Mas eu queria dizer aqui que tem de haver esse equilíbrio, harmonia e respeito. Entendo que V. Exª aproximou-se desse equilíbrio e engrandeceu esta Casa, ô Garibaldi. E eu sei que a justiça é divina. Quando Deus entregou as leis a Moisés, é negócio de Deus. Quando o Filho de Deus subiu a montanha: “bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça”. Mas atentai bem, aquele que fez essa democracia, o Montesquieu, depois foi refletir sobre as dificuldades e passou 20 anos e escreveu 21 volumes: Do Espírito das Leis. Olha, isso aí caiu, eu sei e Deus não ia abandonar aqui essa democracia, que é obra do povo. Então, Ele colocou e acho que ninguém melhor do V. Exª neste momento, que tem tido muita tranqüilidade e muita sensibilidade. Mas, atentai bem, em Do Espírito das Leis deveria ter havido o debate, o diálogo. Eu já fui governador do Estado, também tinha Poder Judiciário e tinha Poder Legislativo. Então, acho que devia ter o encontro - está vendo, ô Garibaldi? -, eu entendo que devia ter tido o encontro, naquelas, dos eminentes líderes do tripé democrático: V. Exª, o Poder Judiciário e o Poder Executivo.

            Enfrentei problemas, quando Governador do Estado, porque o Ministério Público todos os dias dizia que iria prender um Secretário meu. (Pausa.)