Discurso durante a 201ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Sugestão à Mesa, no sentido de que se faça a experiência de manter a temperatura dos aparelhos de ar-condicionado da Casa em 22 graus e que seja permitido aos servidores e parlamentares do sexo masculino o uso de calça e camisa, ao invés de terno, em razão do clima de Brasília nesta época do ano.

Autor
Gerson Camata (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/ES)
Nome completo: Gerson Camata
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
REGIMENTO INTERNO.:
  • Sugestão à Mesa, no sentido de que se faça a experiência de manter a temperatura dos aparelhos de ar-condicionado da Casa em 22 graus e que seja permitido aos servidores e parlamentares do sexo masculino o uso de calça e camisa, ao invés de terno, em razão do clima de Brasília nesta época do ano.
Publicação
Publicação no DSF de 30/10/2008 - Página 42042
Assunto
Outros > REGIMENTO INTERNO.
Indexação
  • REGISTRO, SUPERIORIDADE, PERIODO, SECA, CAPITAL FEDERAL, COMENTARIO, EXPERIENCIA, ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU), AUMENTO, TEMPERATURA, AR CONDICIONADO, SUPRESSÃO, OBRIGAÇÃO, FORMALIDADES, VESTUARIO, REPARTIÇÃO PUBLICA, REDUÇÃO, DESPESA, EMISSÃO, GAS CARBONICO.
  • QUESTIONAMENTO, OBRIGAÇÃO, VESTUARIO, CLIMA, BRASIL, SUGESTÃO, EXPERIENCIA, CONGRESSO NACIONAL.

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


O SR. GERSON CAMATA (PMDB - ES. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Muito obrigado a V. Exª, Sr. Presidente.

Nós estamos enfrentando, ultimamente, em Brasília, dias de calor excessivo, de umidade baixa e, em grande parte do Brasil, secas. Mas vou trazer aqui, em uma breve comunicação - não fazendo com que se perca o tempo dos Srs. Senadores -, uma observação muito interessante sobre o que acabou de acontecer na Organização das Nações Unidas neste mês.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-Moon, determinou - olhem que coisa interessante! -, primeiro, o aumento da temperatura dos ares-condicionados da ONU de 22 para 25 graus e acabou com o negócio de paletó e gravata dentro da ONU. A pessoa tem de trabalhar com camisa de manga comprida e calça decente. Pronto. Com isso, sem paletós, a temperatura pode subir um pouco. E, no inverno, ele mandou, também, aumentar a temperatura. Com isso - vejam que coisa interessante! -, houve a poupança de 300 toneladas de dióxido de carbono, equivalendo a US$100 mil por dia. E, no inverno, calcula-se uma economia total em torno de US$1 milhão de dólares.

Ora, nós, aqui em Brasília, que é uma cidade quente e tem um inverno não muito rigoroso, poderíamos fazer a mesma coisa. Os ares-condicionados do Senado, da Câmara e das repartições públicas, em vez de ficarem ajustados nos 19 graus, ficariam entre os 22 a 25 graus.

Em um País tropical como o Brasil, por que temos de nos vestir com traje europeu, como o paletó e a gravata? Aliás, o uso da gravata acabou no mundo todo; só existe ainda no Brasil, único País que está usando gravata ultimamente. Então, tínhamos de pensar na grande economia que essa atitude representaria para os cofres públicos, para a economia brasileira, evitando-se também a enorme emissão de dióxido de carbono. Certamente se Brasília fizesse isso, Senador Mão Santa e Presidente Alvaro Dias, outras repartições públicas do País fariam a mesma coisa, além de adaptarmos o vestir dos brasileiros à indumentária normal usada em um país tropical, e não à indumentária européia. Aliás, Sr. Presidente, isso já acontece aqui. Vejo que nossas Colegas - as Senadoras Kátia, Rosalba e as demais - , todas as Senadoras, não vêm de paletó nem de gravata, não. Elas usam roupas leves, agradáveis e fáceis de vestir, enquanto que nós, homens, somos obrigados a vir com essa gravata amarrada no pescoço, com esses pesados paletós, produzindo toneladas de dióxido de carbono e gastando energia paga pelo contribuinte brasileiro.

Assim, sugiro à Mesa - e vou levar a sugestão na próxima reunião - que se faça um mês de experiência: elevaríamos a temperatura dos aparelhos de ares-condicionados e exigiríamos apenas uma calça e camisa decentes para se freqüentar as sessões, freqüentar o plenário e freqüentar o Senado Federal, como fazem as nossas colegas Senadoras, que assim se vestem. Lembro-me de que a Senadora Heloísa Helena, nossa Colega, vestia-se elegantemente, usando calça jeans e camisa branca - aliás, era o seu uniforme. E nunca houve nenhum problema com a Heloísa Helena. Mas, se chegarem aqui os Senadores Geraldo Mesquita ou Gerson Camata usando calça jeans e uma camisa branca, tenho certeza de que o Presidente suspenderá a sessão e determinará que usemos trajes decentes.

Penso que temos de criar, aqui, uma liga que lute pelos direitos dos Senadores, para que tenhamos o direito de usar roupas dignas, leves e elegantes no vestir como as nossas Colegas Senadoras as usam.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

Muito obrigado, Srªs e Srs. Senadores.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 30/10/2008 - Página 42042