O SR. MÁRIO COUTO (PSDB - PA. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, em primeiro lugar, parabenizo o Líder Arthur Virgílio por, nesta tarde, trazer um assunto de fundamental importância para a Nação. Oportuna a fala do nosso Líder do PSDB.

Sr. Presidente, não acredito que o Governo do Presidente Lula não saiba da necessidade de cortar gastos neste momento. Sinceramente, não acredito. Não acredito, meu caro Líder do Governo, Romero Jucá, que o Governo, Líder José Agripino, tenha controle desses gastos. Não acredito, sinceramente. Ninguém coloca isso na minha cabeça.

Cartões corporativos. Aumentaram os gastos com cartões corporativos. Fez-se uma CPI aqui, o Governo abafou a CPI, o Governo não deixou mostrar à Nação a realidade dos gastos dos cartões corporativos. O Governo sabe que houve irregularidade com os cartões corporativos. O Governo nem sequer demitiu alguém, quanto mais puniu. E a farra dos cartões corporativos continua, Presidente.

Quer mais um exemplo, Presidente? No Brasil, são 40 mil DAS. Como o Governo quer que aqui se possa conter gastos, que aqui não se vote mais projetos para conter gastos, se o Governo sequer dá um sinal para se cortar pelo menos cinco mil, seis mil, sete mil, dez mil DAS? Sabe quanto ganha um DAS neste País, Presidente? Ganha R$10.448,00. É porque lá estão os companheiros, Presidente. Não podem mexer nos companheiros, Presidente. E aí o Governo quer pousar de anjinho para a sociedade. Aí não.

Parabenizo nosso Líder Arthur Virgílio, que, num bom momento, trouxe para esta Casa o que é real de fato. O Governo pousa de anjinho, repito, e não é nada desse anjinho que está aí, de asas branquinhas. Só vêem o que é bom para o vosso reino; para a outra, nada, absolutamente nada. O que lhe convém, minha querida Senadora, o Governo faz; o que não lhe convém, ele não faz.

Quero alertar V. Exª para a reunião de terça-feira com o Ministro da Previdência Social.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

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