O SR. VALDIR RAUPP (PMDB - RO. Sem Apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, no dia 18 passado transcorreu a data comemorativa da classe médica brasileira.

Esse dia não poderia passar sem registro por parte desta Liderança, tendo em vista a importância dos nossos médicos para o povo brasileiro.

Se há uma profissão que os avanços no conhecimento e a disponibilização de novos recursos tecnológicos puderam aperfeiçoar de modo espantoso, essa profissão é a medicina.

As descobertas vêm se acumulando desde o século XIX e em velocidade cada vez mais avassaladora.

Hoje quase se pode dizer que não há limites ou barreiras que as pesquisas e terapias médicas não possam ultrapassar. Todavia, infelizmente, a natureza não cessa de colocar novos desafios para a saúde humana que nossos profissionais da medicina devem vencer.

Depois da descoberta dos antibióticos, talvez o primeiro grande passo para que os médicos pudessem, finalmente, combater as infecções, até então letais, a pesquisa médica iniciou um ciclo de descobertas que revolucionou todo o processo de tratamento dos pacientes. E, mais importante ainda, a medicina profilática ganhou enorme impulso, pois, até então, era praticamente inexistente.

Sr. Presidente, a importância da medicina para a consecução do bem-estar das pessoas neste início de século XXI é fundamental.

Mesmo com todo o atraso do Brasil na assistência médica pública, não há como negar que nossos médicos se alinham entre os melhores do mundo.

Inúmeras são as personalidades médicas de renome nacional e internacional com contribuição relevante para o exercício da medicina e para seu avanço.

Da cirurgia estética e reparadora, na qual o nome de Doutor Ivo Pitanguy brilha no mundo todo, à ortopedia, em que o Doutor Campos da Paz elevou o nome do Brasil ao topo do prestígio internacional, com a Rede Sarah Kubitschek, a medicina brasileira é, sem qualquer dúvida, um expoente mundial.

Eu não poderia deixar de mencionar, neste rol de autoridades médicas, a Drª Inês Motta de Morais, Presidente do Conselho Regional de Medicina de Rondônia, por seu incansável trabalho em prol da melhoria das condições de trabalho dos médicos, como demonstra a declaração dada por ocasião dos festejos do dia 18.

Disse ela:

Da parte dos Conselhos Regionais e do Conselho Federal de Medicina, garanto que estamos envidando esforços para assegurar aos médicos brasileiros melhores condições de trabalho e uma política salarial condigna, porque entendemos que esses são fatores primordiais para melhoria do atendimento que se presta à população.

O primeiro beneficiário, o povo brasileiro, pode, pois, contar com competente amparo à sua saúde.

Falta-nos, ainda, e apenas, galgar o degrau da organização e da eficiência no sistema público de saúde, principalmente na ação preventiva.

Para isso, temos, ainda, a atuação firme e decidida do Dr. Hiran Gallo, médico rondoniense e tesoureiro do Conselho Federal de Medicina. Dr. Gallo é um incansável batalhador da defesa da saúde em Rondônia. Apesar de ter uma agenda cheia de compromissos, realiza constantes visitas às unidades de saúde do Estado para assegurar seu bom funcionamento, atitude que tem resultado em sensíveis melhorias no atendimento da população.

Srªs e Srs. Senadores, o dia 18 de outubro é considerado o Dia do Médico em muitos países, como Brasil, Portugal, França, Espanha, Itália, Bélgica, Polônia, Inglaterra, Argentina, Canadá e Estados Unidos.

Essa data foi escolhida por ser o dia consagrado ao Evangelista Lucas, o "amado médico", segundo o apóstolo Paulo.

Lucas teria estudado medicina em Antioquia, além de ser pintor, músico e historiador, um dos mais intelectuais discípulos de Cristo. A tradição de ter Lucas como o patrono dos médicos se iniciou por volta do século XV.

Interesse é ressaltar que a Medicina, até o século XV ou XVI, era muito mais desenvolvida nos países árabes do que no Ocidente, ou melhor, na Europa.

De fato, a Velha Europa era muito atrasada no campo médico e suas populações sofriam mais do que as demais com as epidemias e infecções.

A arte da alquimia, que era a preparação de medicamentos a partir de poções e infusões, era nitidamente mais desenvolvida no Oriente do que no Ocidente, muito mais impregnado dos aspectos mágicos do que dos terapêuticos no trato dos doentes.

Sr, Presidente, desde esses tempos obscuros, em que praticar a Medicina e salvar pessoas podia até render acusações de bruxaria, até os brilhantes tempos de hoje, em que a cada dia somos brindados com um novo avanço das pesquisas e práticas médicas, percorremos um longo caminho.

Tem sido uma grande epopéia, como diversas outras que a humanidade tem vivido ao longo de sua história.

Mas essa é uma epopéia de grandes feitos e memoráveis sucessos, apesar de não termos, ainda, vencido a luta contra as falhas da natureza que nos abatem.

Mas o gênio do ser humano e sua capacidade de empreender nos manterão na trilha da busca do bem-estar pleno para todos. Isso os médicos sabem fazer e continuarão a fazer para o bem de todos nós.

Sendo o Senado a Casa da República, eu não poderia deixar de ter entre seus Pares os médicos, dignamente representados pelos Senadores Augusto Botelho, Mão Santa, Mozarildo Cavalcanti, Papaléo Paes, Tião Viana e Senadora Rosalba Ciarlini aos quais felicito pelo transcurso da data comemorativo profissional.

Essa era a saudação que desejava fazer para a classe médica brasileira.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

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