Discurso durante a 209ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Comentários a matérias publicadas na imprensa.

Autor
Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS), GOVERNO ESTADUAL. POLITICA SOCIAL. ESTADO DE SÃO PAULO (SP), GOVERNO ESTADUAL.:
  • Comentários a matérias publicadas na imprensa.
Publicação
Publicação no DSF de 11/11/2008 - Página 44709
Assunto
Outros > ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS), GOVERNO ESTADUAL. POLITICA SOCIAL. ESTADO DE SÃO PAULO (SP), GOVERNO ESTADUAL.
Indexação
  • SOLICITAÇÃO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, LEITURA, TRECHO, ARTIGO DE IMPRENSA, PERIODICO, EPOCA, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), ELOGIO, GOVERNADOR, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS), PARTIDO POLITICO, PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (PSDB), PREVISÃO, EXTINÇÃO, DEFICIT, ADMINISTRAÇÃO ESTADUAL, VITORIA, GRAVIDADE, SITUAÇÃO, DETALHAMENTO, IMPORTANCIA, CORTE, CONTROLE, GASTOS PUBLICOS, ABERTURA, CAPITAL SOCIAL, BANCO ESTADUAL.
  • SOLICITAÇÃO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, PERIODICO, VEJA, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), DIFICULDADE, SITUAÇÃO, MENOR, ESTADO DE GOIAS (GO), VITIMA, TORTURA, DOMICILIO.
  • COMENTARIO, NOTICIARIO, LANÇAMENTO, LIVRO, FOTOGRAFIA, DIVULGAÇÃO, TRABALHO, REGIÃO AMAZONICA.
  • ELOGIO, JOSE SERRA, GOVERNADOR, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), REDUÇÃO, CUSTO, BUROCRACIA, SUPERIORIDADE, INVESTIMENTO, COMPARAÇÃO, PROGRAMA, ACELERAÇÃO, CRESCIMENTO, GOVERNO FEDERAL, EXCESSO, MANIPULAÇÃO, OPINIÃO PUBLICA.

  SENADO FEDERAL SF -

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O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - V. Exª era, de fato, o melhor dos Vice-Líderes que um Líder de Oposição poderia ter, com todas as qualidades para liderar essa mesma Oposição, com sua coragem, com seu espírito público. V. Exª se faz credor da admiração de todos por sua coerência, por sua coragem, por seu amor ao Piauí. Suponho que o Piauí saberá devolver esse amor de V. Exª por seu Estado, que é visível a olho nu. Todos nós percebemos essa sua relação que é mesmo telúrica, é poética, é uma relação humana. Admiro muito essa relação entre V. Exª e o povo que teve a honra de ser governado por V. Exª.

Mas, Sr. Presidente, peço a V. Exª que mande inserir nos Anais da Casa matéria da revista Época desta semana, edição do dia 8/11, intitulada: “A dama saiu do vermelho”. Vou ler alguns trechos:

“Quando muitos achavam que o governo Yeda [Crucius] estivesse comprometido, que só restava esperar pelo fim do melancólico mandato, a governadora finalmente deverá virar protagonista de uma história positiva”.

E aí conta a história de um déficit de R$1 bilhão que há anos e anos persistia no Rio Grande do Sul, ou seja, uma situação pré-falimentar. Este ano, o déficit será de RS$ 200 milhões e, em 2009, déficit zero.

O Rio Grande do Sul tinha a pior situação de todas as 27 Unidades Federativas: devia 2,4 vezes a sua arrecadação anual. Agora está com tudo em dia, o décimo-terceiro em dia, fornecedores em dia.

A Governadora do Rio Grande do Sul tem hoje uma situação bem diferente pela frente, mas ela tomou remédios amargos: segurou bastante os gastos de custeio, teve que fazer isso.

Agora, alguns exemplos prosaicos que mostram que uma boa gestão resolve problemas econômicos também: instalou torneiras antidesperdício nas escolas e poupou mais de R$ 3,4 milhões na conta de água; a Polícia gaúcha deixou de usar munição nova nos treinamentos, passou a usar cartuchos recarregados - isso fez com que o custo da Polícia no treinamento caísse à metade -; outro exemplo é a mudança de procedimento na manutenção de carros oficiais: deixou-se de gastar R$4 milhões com a manutenção da frota de carros oficiais.

O Rio Grande do Sul era mau pagador, e isso custava caro: só queriam vender caro para ele, e ainda havia multas e juros por atraso. Ela, colocando em dia e recuperando a credibilidade do Estado, passou a ter crédito na praça e saldou recentemente uma dívida de R$70 milhões que tinha com os laboratórios farmacêuticos. Com isso, o preço dos remédios caiu 23%.

Outra coisa importante foi a abertura do capital do Banrisul, um banco estadual. Essa iniciativa, que contou com o aval do Governo Federal, rendeu R$1,2 bilhão para os cofres públicos. Não incorro nesses defeitos que o nosso Presidente infelizmente tem: aqui quero dizer que foi muito importante a ação do Presidente Lula e do Ministro Mantega no sentido de agilizar os procedimentos para que a Governadora pudesse ter acesso a esse empréstimo de R$2 bilhões do Banco Mundial. Tanto é assim que participei com ela e com o Ministro Mantega de uma solenidade quando esse contrato era assinado. Faço questão de registrar que, nesse episódio, foi importante, foi nobre, foi generosa a participação do Governo do Estado. Que bom se eles fizessem a mesma coisa de lá para cá. Mas a gente dá o que tem no coração, não adianta inventar sentimento. O meu sentimento é o de reconhecer a César o que é de César. Se há pessoas que acham que é para negar o valor de seus adversários, que continuem assim e deixem Deus ficar olhando.

Muito bem, Sr. Presidente. Peço ainda a V. Exª que insira nos Anais da Casa matéria da revista Veja desta semana intitulada “Dor sem hora para acabar”, que trata de Lucélia Rodrigues da Silva, aquela menina goiana de 13 anos de idade que era barbaramente torturada pela empresária Sílvia, que hoje cumpre, com muita justeza e justiça, pena de prisão.

Peço ainda que V. Exª insira, na totalidade também, matéria que trata da minha região, não tanto do meu Estado do Amazonas, mas que trata da minha região, da Amazônia. Eu me refiro, sobretudo, à admiração que merece de todos os brasileiros o fotógrafo Pedro Martinelli. Seu quarto livro se intitula Gente x Mato.

Ele freqüenta a Amazônia há trinta anos, desde que participou de uma expedição dos irmãos Villas Boas. Ele fala do Mercado Ver-o-Peso em Belém, que é uma maravilha - V. Exª, com certeza, conhece. E ele se refere ainda a uma certa economia de escambo, que remanesce, coexistindo com uma produção industrial significativa em Belém e em Manaus, com a pujança do Pólo Industrial de Manaus, é algo que contrasta com isso. Ele se refere, por exemplo, a uma tartaruga trocada por cinco reais, um litro de óleo diesel, ou seja, um certo escambo. Mas o importante é a beleza da poesia fotográfica do Pedro Martinelli. Ele é um amazonólogo, pela visão prática que ele construiu sobre a minha região.

Ele diz algumas coisas com as quais não concordo. Ele diz que a tecnologia facilita o desmatamento - ele se refere ao GPS. Também digo que o GPS salva vidas, facilita a navegação aérea, é uma boa proteção para nós, que viajamos por aquela região. Mas isso não invalida o valor, o valor imenso desse grande fotógrafo.

Então, Sr. Presidente, peço a V. Exª que, com a generosidade de sempre, determine a inserção dessas matérias nos Anais da Casa.

Estou aqui muito feliz, como tucano e como Líder do PSDB no Senado, por ver a Governadora Yeda Crusius dar essa volta por cima tão significativa, com austeridade, com honradez.

Até mesmo falsas críticas quanto à ética tentaram impingir nas costas de uma mulher de bem. Aqui está a resposta: déficit zero, porque austeridade e boa gestão não convivem com situação de déficit fiscal.

Eu a parabenizo, portanto, com regozijo, por ser do meu Partido. Mas ficaria feliz se pertencesse ela a qualquer partido, pelo respeito histórico que merece de todos nós o Rio Grande do Sul, terra de Flores da Cunha, de Getúlio Vargas, de Paulo Brossard. Fico mais feliz ainda por se tratar de uma Governadora que chegou comigo - quando voltei para a Câmara - à Câmara dos Deputados. Foi uma brilhante Deputada e agora é uma eficaz Governadora do Rio Grande do Sul.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

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DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inseridos nos termos do art. 210, inciso I e o § 2º, do Regimento Interno.)

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Matérias referidas:

“Dor sem hora para acabar”, da Revista Veja;

“Gente x Mato”, do Fotógrafo Pedro Martinelli, da Revista Veja.

“A dama saiu do vermelho”, da Revista Época;


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/11/2008 - Página 44709