Discurso durante a 212ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

A falta de segurança no Estado do Pará. Cumprimentos ao Senador Paulo Paim pela luta em favor dos aposentados e pensionistas, inclusive, com a aprovação do PL 58. (como Líder)

Autor
Mário Couto (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PA)
Nome completo: Mário Couto Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SENADO. SEGURANÇA PUBLICA.:
  • A falta de segurança no Estado do Pará. Cumprimentos ao Senador Paulo Paim pela luta em favor dos aposentados e pensionistas, inclusive, com a aprovação do PL 58. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 13/11/2008 - Página 45021
Assunto
Outros > SENADO. SEGURANÇA PUBLICA.
Indexação
  • SAUDAÇÃO, PRESENÇA, SENADO, FILHO, ORADOR, VEREADOR, CAPITAL DE ESTADO, ESTADO DO PARA (PA), COMPANHEIRO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (PSDB), ESTADO DE SÃO PAULO (SP).
  • REITERAÇÃO, COBRANÇA, MELHORIA, SEGURANÇA PUBLICA, ESTADO DO PARA (PA), GRAVIDADE, ESTATISTICA, HOMICIDIO, VIOLENCIA, CONTINUAÇÃO, LUTA, DEFESA, APOSENTADO.
  • ANUNCIO, VISITA, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA DEFESA, RECLAMAÇÃO, OMISSÃO, GOVERNADOR, ESTADO DO PARA (PA), SEGURANÇA PUBLICA, ESPECIFICAÇÃO, INFERIORIDADE, SALARIO, POLICIAL.
  • CUMPRIMENTO, PAULO PAIM, SENADOR, AUTORIA, PROJETO, COORDENAÇÃO, MOBILIZAÇÃO, APROVAÇÃO, SENADO, BENEFICIO, APOSENTADO, PENSIONISTA, AUSENCIA, CRITERIOS, POLITICA PARTIDARIA, COBRANÇA, ORADOR, PROVIDENCIA, GOVERNO FEDERAL, SEMELHANÇA, AUXILIO FINANCEIRO, BANCOS, DEFINIÇÃO, PRAZO, EXPECTATIVA, NEGOCIAÇÃO, GRUPO PARLAMENTAR, MINISTERIO DA PREVIDENCIA SOCIAL (MPS), QUESTIONAMENTO, DECLARAÇÃO, MINISTRO DE ESTADO, SUPERIORIDADE, ONUS, PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB).

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


O SR. MÁRIO COUTO (PSDB - PA. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, inicialmente, quero dizer da minha alegria de hoje receber aqui, na galeria de honra deste Senado, meu filho, que é Vereador da cidade de Belém, e minha amiga Rita, companheira tucana, da cidade de São Paulo. É um prazer tê-los aqui!

Sr. Presidente, Senador Paulo Paim, dizem que nós, ultimamente, só falamos dos aposentados. É verdade. Faço isso com uma alegria muito grande, é muito bom trabalhar para tentar minimizar o sofrimento dos aposentados juntamente com V. Exª neste País.

Dediquei-me, nos últimos dias, Senador, a falar de um assunto importante também, que é a falta de segurança no meu Estado, no meu querido Estado do Pará. Eu poderia, Senador Mão Santa, falar da saúde, que vai mal no meu Estado, ou poderia falar da educação, que também vai mal no meu Estado, mas não posso deixar de me manifestar ao ver os paraenses caindo mortos nas ruas da cidade de Belém e, principalmente, no interior do meu Estado. Quero confirmar o que tenho dito aqui. As estatísticas, os números não mentem. Hoje, o Estado do Pará, meu querido Estado do Pará, é um dos mais violentos ou o mais violento do Brasil. Tudo o que podia acontecer de crimes violentos no Estado do Pará, Senador Jarbas Vasconcelos, já aconteceu. Tenho me dedicado a essa luta e nela vou prosseguir.

Essas duas lutas são minhas bandeiras, até que obtenha sucesso. Pretendo, inclusive, nas próximas semanas, ir à presença do Ministro da Defesa. Não posso mais assistir às cenas de violência do meu Estado do Pará! Senador Jarbas, V. Exª foi um brilhante Governador do Estado de Pernambuco e me entenderá: não posso assistir a essas cenas e ver que as autoridades competentes do meu Estado não dão a mínima bola para essa questão. Não posso mais assistir às cenas de violência que os jornais, a toda hora, publicam no Estado do Pará!

E a Governadora, num momento deste de crise econômica mundial, viaja para a China, virando as costas para os acontecimentos terríveis que mancham de sangue o Estado do Pará. É uma verdadeira guerra, Senador Mão Santa, o que acontece no Estado do Pará.

Voltarei aqui amanhã. Amanhã, estarei nesta tribuna, Senador Papaléo, falando sobre a violência mais uma vez, chamando a atenção das autoridades do meu Estado. Estou cansado de fazer isso! E, como não dão a mínima bola, vou resolver, então, tomar a frente.

Senador, seu Estado não precisa disso, seu Estado paga bem. A Polícia do seu Estado é a terceira do Brasil que melhor paga. A minha é uma das últimas. A Polícia do meu Estado ganha, em média, R$1 mil por mês para colocar seu peito nas ruas para os bandidos.

Amanhã, voltarei ao tema. Mas, hoje, vim a esta tribuna, Senador Paim, exatamente para parabenizá-lo - e coincidiu que V. Exª está aqui - pelo último projeto de V. Exª que tramitava nesta Casa e que foi aprovado hoje na Comissão de Assuntos Sociais. V. Exª está de parabéns! Há seis meses, todos os projetos de V. Exª estavam parados neste Senado. Formamos uma comissão de Senadores, encabeçada e coordenada por V. Exª, e, hoje, pela manhã, aprovamos o último projeto, o de nº 58, de V. Exª, que tramitava nesta Casa. Eu o parabenizo pela sua coordenação, pela sua postura, pelo pensamento de V. Exª, quando mostra à Nação que a questão dos aposentados ultrapassa o fator partidário, está muito distante do fator partidário. Hoje, nesta Casa, os Senadores demonstram sensibilidade ao ver os aposentados e pensionistas do País vivendo na miséria, com muita dificuldade. V. Exª tem demonstrado isso. Não apenas V. Exª do Partido dos Trabalhadores, mas também o Senador Flávio Arns tem se dedicado e mostrado que aí não está a cor partidária, que aí está a sensibilidade com o sofrimento de 26 milhões de aposentados que vivem na angústia neste País.

Senador Jarbas Vasconcelos, eu queria que o Governo - vamos incentivar o Governo a fazer isto! -, para tirar qualquer dúvida, mandasse fazer uma pesquisa nas pequenas e grandes cidades deste País, a fim de que pudesse sentir como é que vivem os aposentados. Senador, sinceramente, não acredito que o Governo ainda fique emperrado, dizendo que não há orçamento para os aposentados. Há orçamento para tudo neste País. Para tudo, há orçamento! Resolvem tudo! Dão dinheiro para banco a rodo! E como é que não há dinheiro para salvar vidas?

Brasil, os aposentados desta Nação estão morrendo! Isso é fato comprovado! Estão morrendo à míngua, sem remédio, sem hospital, sem nada, sem o socorro por parte do Governo Federal!

O Ministro da Previdência veio aqui e vai voltar na terça-feira. Oxalá, tomara que o Ministro possa reafirmar suas palavras de terça-feira passada!

Hoje, seguimos dois caminhos: os projetos do Senador Paulo Paim, em duas frentes de ação; a tentativa de um acordo com o Governo, que já deveria, há muito tempo, ter sentado à mesa com os Senadores. Depois de cinco anos - cinco anos é exatamente a idade dos projetos do Senador Paulo Paim -, desde 2003, quando deram entrada aos projetos nesta Casa, o Governo resolveu, pela primeira vez, sentar-se à mesa para negociar.

Senador Paulo Paim, sinceramente, existe no meu sentimento uma baita interrogação. O que não poderíamos ter feito ontem, Senador, era fechar as portas e dizer que não nos sentaríamos mais com o Governo, que, naquele momento, viríamos para cá para fazer uma vigília. Isso não seria prudente. Já esperamos muito tempo e vamos esperar um pouco mais. Quero vir a esta tribuna, definitivamente, se isso acontecer e dizer que o Governo do Brasil não é um governo que tem sensibilidade, que todas as políticas sociais feitas neste País têm o interesse de fazer política, são politiqueiras, não são políticas que buscam o sentimento, a sensibilidade do ser humano. Basta olhar, hoje, para a situação de cada aposentado deste País!

Senador Papaléo, V. Exª, o Senador Mão Santa e muitos outros Senadores estão engajados nessa luta. Temos de vir aqui, sim, sistematicamente, todos os dias, falar sobre a situação dos aposentados deste País! Não adianta mandar e-mail, não adianta tentar ofender, não adianta desestimular! Nada disso adianta. Comigo isso não acontece. Minha luta é incansável. Até os últimos minutos, até as últimas conseqüências, darei meu suor integral à luta dos aposentados, porque sei que os velhinhos brasileiros estão passando necessidade e miséria.

Não acredito que o Senador Delcídio Amaral, Relator do Orçamento da União, possa criar dificuldades e não colocar verbas para os projetos do Senador Paulo Paim, vendo a situação de cada aposentado e pensionista.

Senador Mão Santa, o Ministro foi à reunião e propalou a toda a Nação que eu e o Senador Paim estávamos pretendendo tirar 26% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional para dar aos aposentados, que era a soma de 105 projetos. Isso não é verdade. Nação brasileira, isso não é verdade! Não estamos querendo tirar 26% do PIB para os aposentados. Isso não é verdade. São apenas três projetos do Senador Paulo Paim. Isso é feito para criar confusão, para conturbar. Isso é feito para que a imprensa critique os Senadores, dizendo que os Senadores, numa fase de crise, querem complicar mais. Trata-se de 0,000004% do PIB. É isso que queremos dar para os aposentados, meu Presidente Papaléo!

Os aposentados deste País podem ficar tranqüilos. Não é perda de tempo mais uma semana. Não é nenhuma protelação. Entendemos tudo, estamos cientes de tudo, ninguém nos está enganando. Nem nos vão enganar! Terça-feira é o ponto final, nem mais um dia, nem mais um dia, Sr. Presidente! Terça-feira é o ponto final. Se a situação dos pensionistas e aposentados deste País continuar a mesma, se eles continuarem em situação de miséria, em situação de abandono, este Senado, na terça-feira, vai parar.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 13/11/2008 - Página 45021