Fala da Presidência durante a 206ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Solidariedade ao discurso do Senador Jayme Campos quanto à desvalorização dos policiais civis em Mato Grosso. Comparação com a situação da segurança pública em São Paulo.

Autor
Romeu Tuma (PTB - Partido Trabalhista Brasileiro/SP)
Nome completo: Romeu Tuma
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
SEGURANÇA PUBLICA.:
  • Solidariedade ao discurso do Senador Jayme Campos quanto à desvalorização dos policiais civis em Mato Grosso. Comparação com a situação da segurança pública em São Paulo.
Publicação
Publicação no DSF de 06/11/2008 - Página 44229
Assunto
Outros > SEGURANÇA PUBLICA.
Indexação
  • SOLIDARIEDADE, JAYME CAMPOS, SENADOR, GRAVIDADE, SITUAÇÃO, VIOLENCIA, DESVALORIZAÇÃO, CATEGORIA PROFISSIONAL, POLICIA CIVIL, ADVERTENCIA, SIMILARIDADE, CIRCUNSTANCIAS, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), OCORRENCIA, CONFLITO, POLICIAL CIVIL, POLICIAL MILITAR, SOLICITAÇÃO, GOVERNADOR, AMPLIAÇÃO, INVESTIMENTO, SEGURANÇA PUBLICA.
  • DEFESA, IMPORTANCIA, CRIAÇÃO, PISO SALARIAL, POLICIA CIVIL, AMBITO NACIONAL.

            O SR. PRESIDENTE (Romeu Tuma. PTB - SP) - Senador Jayme Campos, permita-me. Eu não poderia discutir com V. Exª, teria que pedir um aparte, mas eu não poderia deixar de me manifestar, porque estou sentindo, no fundo da alma, as palavras do discurso de V. Exª em relação ao desrespeito à área de segurança pública. Ela não atinge só o seu Estado. Se analisarmos por inteiro todos os Estados brasileiros, principalmente os policiais estão sendo tratados como algo para que o Governo está de costas. Então, não há interesse em levantar a dignidade profissional dos policiais.

            Eu faria um apelo até ao meu Governador de São Paulo, que é um homem ilustre. Tivemos confronto entre as polícias, que abriu cicatrizes que não podem infeccionar, sob pena de não serem mais curadas.

            Isso vem evoluindo com aquela angústia, aquele desânimo dos policiais. E há um grande risco - e peço perdão, por ser delegado de polícia -, que leva, às vezes, à corrupção pela falta de ânimo, pela falta de atenção, pela falta de investimentos na segurança pública, principalmente no homem de segurança pública, que merece o respeito da sociedade. Sem dúvida alguma, há dignidade nessa função, que é por vocação. Quem não for policial por vocação tem que se demitir, porque não conseguirá sobreviver, nem prestar o serviço, nem honrar o juramento que faz de servir ao próximo.

            Cumprimento V. Exª e peço licença para que seu discurso não sirva só para Mato Grosso, e, sim, para todo o País, onde a situação da segurança vem se agravando. Vejo às vezes os Senadores do Pará, Flexa Ribeiro e outros, trazendo problemas sérios na área de segurança. Trago aqui, com muita angústia, os problemas de São Paulo.

            V. Exª levantou um problema do piso salarial, sem afastar a isonomia. A isonomia e o piso são coisas distintas. Ela tem de ser colocada dentro das profissões liberais que exigem a mesma formação profissional. V. Exª realmente tocou no âmago da questão. Obrigado e desculpa por estar aproveitando do seu tempo.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 06/11/2008 - Página 44229