O SR. MARCONI PERILLO (PSDB - GO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Exmo. Sr. Presidente em exercício desta Casa, Senador Epitácio Cafeteira, Exmo. Sr. Senador que secretaria esta sessão, Senador Mão Santa, Ilmo. Sr. Marcelo Azevedo dos Santos, Presidente da Confederação Nacional dos Jovens Empresários (Conaje), que nos honra com sua presença, Exmo. Sr. Senador Adelmir Santana, Presidente do Sebrae nacional e da Federação do Comércio do Distrito Federal, Exmo. Sr. Olier Alves, Chefe de Gabinete do Governo do Estado de Goiás, Srs. Senadores, senhoras e senhores, jovens empreendedores aqui presentes, é com muita honra, satisfação e orgulho que a Casa de Rui Barbosa recebe a todos nesta data de hoje. Minha saudação também extensiva ao Vereador Virmondes Cruvinel.

Srªs e Srs. Senadores, é grata a satisfação de ser o signatário do requerimento desta sessão solene. Hoje, reunimo-nos para prestar homenagem aos nossos queridos e aguerridos jovens empreendedores, jovens empresários deste País, aqui representados tão dignamente pela Conaje, instituição de extrema clarividência pela determinação no plantio das sementes do empreendedorismo, pilar do Brasil do futuro.

O Conselho Nacional dos Jovens Empresários é uma dessas instituições que atua de forma decisiva e incisiva na construção do Brasil moderno, do Brasil futuro que tanto sonhamos, almejamos e pelo qual lutamos. O Conselho Nacional dos Jovens Empresários assume, portanto, essa colaboração, essa verdadeira contribuição na construção do Brasil do século XXI, cujas sementes estão sendo plantadas já há algum tempo.

O Conselho Nacional dos Jovens Empresários, ciente da importância de colaborar na identificação desse País moderno e contemporâneo, é uma dessas instituições que atua de forma decisiva para incentivar, assumindo a sua responsabilidade crucial, ensinando e promovendo o empreendedorismo como paradigma da geração de renda no contexto globalizado. Especialmente agora, nestes tempos de crise mundial, a participação desses jovens empreendedores e dessas jovens empreendedoras é de grande significado para o País.

Volta-se, assim, para horizontes amplos, para um novo tempo em que a palavra de ordem para parte significativa dos cidadãos não será o emprego tão-somente, mas a capacidade de empreender, porque, nas décadas vindouras, a visão clássica de geração de emprego e renda deverá ceder lugar à de empresa e renda.

Ao olhar para o futuro, o Conaje tem procurado diversificar sua atuação. De um lado, fortalece as Comissões Temáticas que analisam os mais diversos assuntos, como o crédito e a responsabilidade socioambiental - e esta é uma agenda importantíssima se quisermos assegurar a gerações próximas, a gerações futuras qualidade de vida, sustentabilidade, renda, emprego. Se não tomarmos os cuidados necessários em relação ao aquecimento global, se não tomarmos todos os cuidados relativos à questão ambiental, à sustentabilidade ambiental, por certo legaremos às gerações próximas um cenário avassalador, um cenário de destruição, um cenário onde dificilmente teremos como garantir aos empreendedores, aos trabalhadores, um futuro de sustentabilidade.

Além do compromisso com a responsabilidade socioambiental, o Conaje também tem atuado nas discussões, fortemente, das questões de inovação e tecnologia. Ciência, desenvolvimento, pesquisa, inovação e novas tecnologias têm sido, também, uma tônica permanente a permear os debates e as discussões que têm sido realizadas pelo Conaje em nível nacional, em cada canto deste País, por intermédio de suas seccionais estaduais.

De outro lado, incentiva a comunicação entre os jovens empresários de todo o País. Esse ambiente de inter-relação, esse ambiente de comunicação, de troca de experiências tem sido notado por todos nós, porque rica é essa experiência no aprimoramento do Conaje e, principalmente, no amadurecimento desses jovens empreendedores de hoje, que, com certeza, serão sustentáculos do empreendedorismo amanhã. Cria, portanto, uma força propulsora de novas idéias, que constrói o sucesso com base nos êxitos e nas experiências malsucedidas do passado.

Nossos jovens empreendedores são incentivados, de forma permanente, à busca pela representatividade, qualificação e relacionamento nas diversas esferas da vida nacional. O Brasil delineado pelo Conaje vislumbra a inclusão nas políticas públicas dos governos municipais, estaduais e federal dos jovens empreendedores, em particular dos de pequeno porte.

Cremos, Sr. Presidente, que, ao nos aliarmos a essa nobre causa do Conselho Nacional dos Jovens Empresários, poderemos ajudá-los a empreender uma verdadeira revolução no Brasil, capaz de resolver problemas estruturais e estruturantes que nos tiram o sono, como a violência e, principalmente, a exclusão social.

Por que isso será possível? Porque, no contexto pós-moderno, o segredo para a produtividade, especialmente no nosso País, está no incentivo a novas idéias, a idéias criativas e empreendedoras, a empreendimentos, ao aproveitamento criativo e empreendedor de milhares de brasileiros, desejosos de abrir um negócio de sucesso, um negócio capaz de gerar renda e de lhes proporcionar qualidade de vida e, sobretudo, possibilidade de alcançar o sucesso.

Aqui, eu não poderia deixar de observar que o crescimento do PIB, do Produto Interno Brasileiro, sobretudo após a crise mundial, deverá voltar-se, em grande medida, para o mercado interno, para a promoção do espírito empreendedor que faz surgir a pequena empresa nos mais distantes rincões deste País, num processo de interiorização, de capilarização efetiva do progresso, do crescimento sustentável, enfim, do desenvolvimento.

Se quisermos edificar no Brasil um círculo virtuoso de prosperidade, mesmo diante dos efeitos da crise mundial da economia, precisaremos aproveitar melhor o potencial empreendedor dos brasileiros. Essa percepção tem sido compartilhada tanto no âmbito comercial, quanto no acadêmico. Proliferam-se os cursos de graduação e pós-graduação voltados ao empreendedorismo, que vão ao encontro dos esforços de entidades como o Conaje, o Sebrae, as associações comerciais e as federações estaduais para consolidar a idéia de incentivo à criação de empresas e negócios.

Se um jovem refletir um pouco sobre as possibilidades que se colocam como alternativas para o sucesso, certamente pensará numa carreira como executivo de uma multinacional de primeira linha ou como servidor público.

Entretanto, para milhões de brasileiros, sobretudo jovens, o futuro promissor será construído pela ousadia e perseverança de criar o próprio negócio, mas a ousadia e a perseverança se transformarão em sucesso se o jovem empreendedor estiver qualificado e capacitado para inserir a empresa no competitivo mundo de negócios - e ser competitivo dependerá, sobretudo, da percepção das tendências do mercado e da capacidade de antever cenários, especialmente agora, nesses tempos de crise.

Por isso, Srªs e Srs. Senadores, a importância do Conselho Nacional dos Jovens Empresários, que estimula a cooperação e a troca de experiências sem se descuidar da responsabilidade socioambiental dos jovens empreendedores. Aliás, as empresas de sucesso, as empresas que, efetivamente, estão conseguindo maior lucratividade e competitividade no mercado interno e externo são exatamente aquelas que estão focando o futuro sem se esquecer de colaborar intensamente com políticas de responsabilidade social.

Com essa fórmula de sucesso, cremos que, malgrado a crise internacional da economia, o percentual de sobrevivência das empresas, por pelo menos dois anos, continuará a crescer no mesmo ritmo do que ocorreu entre 2002 e 2005, quando saltou de 51 para 78%.

A construção do Brasil que desejamos passa, necessariamente, pelo incentivo ao empreendedorismo dos jovens e das próximas gerações. Sem dúvida, essa foi a ótica que buscamos utilizar quando estivemos à frente do Governo do Estado de Goiás e criamos, entre outros projetos voltados para a juventude - como a Universidade Estadual e a Bolsa Universitária -, o microcrédito, o Banco do Povo, que viabilizou mais de 80 mil pequenos e microempreendimentos em todo o nosso Estado, como forma de estimular os empreendedores a resgatarem a cidadania por meio do acesso ao microcrédito.

Não poderíamos deixar de dizer, nesse momento tão apropriado, que o Brasil carece de atitudes de governo mais ousadas, para garantir condições objetivas ao pleno desenvolvimento dos meios de produção de novas empresas e negócios.

Queremos saudar 15 mil jovens empresários, hoje reunidos no Conaje, e dizer-lhes da importância e significado ímpar para a construção de um Brasil forte e pujante, cidadão e sustentável.

Que todos vocês continuem unidos pela vontade de criar e desenvolver novas idéias e negócios, pilares da sociedade que desejamos para os nossos filhos.

Para encerrar, Sr. Presidente, gostaria de agradecer aos meus Pares, aos meus Colegas, Senadoras e Senadores, por acolherem o requerimento, por o terem subscrito, sobretudo pela sua aprovação unânime, como forma de prestarmos essa homenagem, aqui na Casa de Rui Barbosa, a esses homens e mulheres, a esses jovens, que, certamente, serão os principais sustentáculos da construção de um Brasil mais próspero, de um Brasil promissor, de um Brasil do futuro.

Antes de encerrar, gostaria de convidar S. Exªs - e aqui os informo - para, a partir de amanhã, em Goiânia, participarem de seminário nacional, realizado pela Conaje, em que será abordado temas que interessam ao Brasil contemporâneo, tais como, questões relativas à crise, questões relativas à infra-estrutura, às de prospecção em relação a novos negócios, informações, em relação a novas tecnologias, serão apresentadas, debatidas e discutidas.

Esse evento, da mais alta e significativa importância, deverá reunir, em Goiânia, de 1.500 a 2.000 jovens empreendedores de todo o País.

Agradeço pela atenção de todos e, mais uma vez, parabenizo o Conaje, oportunidade em que me coloco ao lado dos nossos Colegas Senadores à inteira disposição, para ajudarmos na consolidação, cada vez mais significativa, desse espaço de debate, desse espaço de opinião, desse espaço de construção de novos cenários que é a Conaje.

Muito obrigado a todos.(Palmas.)

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