Discurso durante a 223ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comemoração dos dez anos de atuação da Confederação Nacional dos Jovens Empresários - CONAJE.

Autor
Neuto de Conto (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/SC)
Nome completo: Neuto Fausto de Conto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Comemoração dos dez anos de atuação da Confederação Nacional dos Jovens Empresários - CONAJE.
Publicação
Publicação no DSF de 26/11/2008 - Página 47655
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, JUVENTUDE, EMPENHO, TRABALHO, EMPRESARIO, REGISTRO, HISTORIA, CIENCIA E TECNOLOGIA, PROMOÇÃO, DESENVOLVIMENTO.
  • ANALISE, CRISE, ECONOMIA INTERNACIONAL, ORIGEM, CAPITAL ESPECULATIVO, DEFESA, REFORÇO, CLASSE PRODUTORA, OPORTUNIDADE, SOLUÇÃO, EFEITO, BRASIL.
  • COMENTARIO, DEMANDA, BRASIL, REFORMULAÇÃO, ORDEM JURIDICA, ADMINISTRAÇÃO PUBLICA, DEFESA, PRIORIDADE, EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO PROFISSIONAL.

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O SR. NEUTO DE CONTO (PMDB - SC. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente Senador Epitácio Cafeteira; Senador Marconi Perillo; caro Presidente da Conaje, Dr. Marcelo Azevedo dos Santos; Srªs e Srs. Senadores, eu não poderia faltar neste momento, não poderia deixar de assomar à tribuna aquele que também foi jovem, empreendedor e empresário, para lhes dizer que a primeira grande revolução industrial, no século XVIII, nasceu com a juventude nas escolas, na pesquisa, quando se debateu, praticamente durante um século, o carvão, o vapor e a ferrovia. Se buscarmos a segunda grande revolução industrial, no século XIX, vamos ver que, novamente, a juventude, na pesquisa e na escola, buscou a Química, a energia e o petróleo. Se pularmos mais um século, Sr. Presidente, vamos chegar, já no final do século XX e inicio deste século, nos nossos dias, à era da ciência e da tecnologia, da inteligência e da competência; a era, como chamo, da rapidez: tudo é rápido, tudo é instantâneo. Podemos justificar essa rapidez com a própria comunicação. O que acontece em qualquer parte do mundo adentra os nossos lares num lampejo. Estão aí a eleição americana e o que aconteceu, anteontem e ontem, em Santa Catarina: no mesmo momento, aquela catástrofe não só foi conhecida pelo Brasil, mas pelo mundo.

A inteligência é um cofre extraordinário que armazena conhecimentos e que, nessa juventude, é permanente. Para se produzir um utensílio doméstico, gastam-se 98% de material e somente 2% de inteligência, mas, para se produzir o chip de um teleguiado ou de uma televisão que nos transmite instantaneamente as imagens, gastam-se 99,5% de inteligência e somente 0,5% de material. Ora, o desenvolvimento desse armazém fantástico que é a inteligência humana, que progride permanentemente, proporciona-nos, nesta era e neste momento, um avanço fantástico sobre todos os tempos e toda a história, na economia, na área social, na área cultural; enfim, em todos os segmentos.

Dito isso, eu queria, nesta pequena mensagem, citar a crise.

Essa crise foi criada para quem não trabalhava; ela foi criada para o especulador; ela foi criada para aqueles que queriam ter muito rendimento sem trabalhar. A mentalidade brasileira, em particular, busca isso pelo trabalho, o único meio de se promover a circulação de riquezas, de onde nascem os tributos. Não há outra forma de se obter a prosperidade e o crescimento.

A crise, no nosso entendimento, é oportunidade para encontrarmos as soluções.

Eu vejo, ainda, que ninguém administra o País ou os negócios empresariais se não consegue administrar os efeitos da globalização. É na globalização que nós temos a oportunidade de conhecer o mundo e, conhecendo o mundo, de melhor administrar os nossos negócios.

         Por isso, aproveito esta oportunidade para também fazer uma pequena menção às reformas. Todos querem ganhar, ninguém quer perder, sejam os governos dos Municípios, dos Estado ou da União, a própria sociedade ou suas empresas. Só com um movimento muito forte da sociedade, liderado, talvez, por essa juventude que aqui se apresenta, com um movimento de base, é que se pode pensar numa reforma profunda. Não se faz uma reforma durante um governo para implantá-la no mesmo governo. A reforma tem de ser feita, sim, agora e já, para o futuro Presidente e os futuros governadores terem uma nova ordem jurídica para administrar seus Municípios, seus Estados e a nossa Pátria.

            Encerro citando um filósofo chinês que nasceu sete séculos antes de Cristo e cuja filosofia se faz presente em nossos dias. Kuan Ching Tzu dizia: “Se quiseres planejar para um ano, lance sementes. Se quiseres planejar para dez anos, plante árvores. Se quiseres planejar para a vida, desenvolva e aperfeiçoe pessoas”.

No treinamento e na educação, certamente, não só a juventude, mas todos os empresários e o próprio Brasil terão dias melhores.

Quero aplaudir, homenagear e cumprimentar cada um que aqui está por tudo que faz e fará por nossa Pátria.

Muito obrigado.

(Palmas.)


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 26/11/2008 - Página 47655