Discurso durante a 223ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comemoração dos dez anos de atuação da Confederação Nacional dos Jovens Empresários - CONAJE.

Autor
Tasso Jereissati (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/CE)
Nome completo: Tasso Ribeiro Jereissati
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Comemoração dos dez anos de atuação da Confederação Nacional dos Jovens Empresários - CONAJE.
Publicação
Publicação no DSF de 26/11/2008 - Página 47659
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, JUVENTUDE, EMPENHO, TRABALHO, EMPRESARIO, ANIVERSARIO, CONFEDERAÇÃO, SETOR, SAUDAÇÃO, LIDERANÇA, ESPECIFICAÇÃO, ESTADO DO CEARA (CE), COMENTARIO, BIOGRAFIA, ORADOR, PARTICIPAÇÃO, INICIO, MOBILIZAÇÃO, DESENVOLVIMENTO, INICIATIVA PRIVADA, DEMOCRACIA, DIRETRIZ, GOVERNO ESTADUAL, PIONEIRO, AJUSTE FISCAL, ELOGIO, EXTENSÃO, BRASIL, EVOLUÇÃO, CULTURA, EMPRESA.

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


O SR. TASSO JEREISSATI (PSDB - CE. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Epitácio Cafeteira, muito obrigado pela justiça feita ao meu perfil; vice-Governador do Estado do Ceará, Prof. Pinheiro; Marcelo, Presidente da Conaje; Srs. Senadores; jovens empresários, quero aqui saudar especialmente o Leonardo, que já foi Presidente da Aje no Estado do Ceará, e também a Carol, que é a Presidente da Aje no Estado do Ceará.

Desculpem-me Goiás e Maranhão, desculpe-me, Senador Virgílio, o Amazonas, mas o Ceará hoje está dando um show por ser o Estado melhor representado, com a nossa Presidente que está ali presente e que orgulha a todos nós, especificamente quanto ao senso estético do empresariado cearense. Mas, afora isso, é uma empresária muito bem-sucedida, extraordinária. Moça do jeito que é, tem uma empresa de processamentos já consolidada no Estado do Ceará, o que vem comprovar o valor e a importância desse movimento, ao qual, de certa maneira, eu me sinto atavicamente envolvido.

Senador Marconi Perillo, minha carreira política no Estado do Ceará começou em um movimento bastante semelhante a esse, apesar de ainda não ser Aje, não tinha o nome de Aje. Naquela época, não existia a Aje (Associação dos Jovens Empresários). Existia o Centro Industrial do Ceará - o Senador Cafeteira deve lembrar -, que era um centro de grande tradição, mas que estava praticamente abandonado.

E, empresários jovens como os que estão aqui hoje, recém-saídos da universidade, resolvemos ocupar aquele centro para dar ao movimento empresarial do Estado do Ceará nova visão, nova voz, novas perspectivas. Naquela época, vivíamos ainda o período do autoritarismo militar, e resolvermos discutir a questão da democracia, a democracia e o empresariado, as vantagens ou desvantagens que trariam para a livre iniciativa, para o empreendedorismo brasileiro a democracia, por que era importante para o crescimento e o desenvolvimento do Brasil, e o crescimento e o desenvolvimento da própria iniciativa privada e da capacidade de criar e de empreender do jovem brasileiro a redemocratização do País.

           Nessa discussão, nesse movimento, esse grupo veio a ocupar o Governo do Estado do Ceará naquela época. Levando a mentalidade empresarial para o Governo do Estado do Ceará, conseguimos fazer uma grande revolução administrativa e financeira. Talvez tenhamos sido o primeiro governo do Brasil a fazer uma grande reforma fiscal, ainda na década de 80, e que, depois, serviu de referência para todos os Estados brasileiros. Um Estado pobre, de uma região pobre, fez uma reforma fiscal, o que fez com que fôssemos o primeiro Estado a ter recursos, a ter a possibilidade de começar a renegociar, já que vivíamos um tempo de moratória, com o Banco Mundial e entidades multilaterais e internacionais. Isso porque levamos aquela mentalidade empresarial para dentro do Governo, para dentro das instituições públicas.

É muito importante vermos hoje entidades como a Aje e a Conaje distribuídas e capilarizadas em todo o Brasil, fazendo com que se consolide um movimento constante de mudanças e de evolução, com a juventude, o empreendedorismo, a mentalidade empresarial de empreender, de iniciativa e de mudanças. A juventude traz sempre consigo não só o empreendedorismo, mas a mentalidade de mudanças: novas técnicas, novos relacionamentos, novos modelos, novo relacionamento entre empresa e sociedade, novo tipo de integração entre empregados e empregadores, fazendo com que a sociedade evolua.

Portanto, é com muita alegria que vemos esses jovens aqui hoje. São associações de jovens empresários do Brasil inteiro, aqui reunidos, participando desse movimento, no momento em que o mundo passa por uma transformação profunda - transformação não só por causa da crise econômica e financeira que o mundo vive, mas porque, no início deste novo século, ocorrem todas as mudanças, no sentido social e no sentido demográfico.

Uma nova visão bem como novas preocupações que não foram base de preocupações empresariais nos séculos passados, como o meio ambiente, o conceito de sustentabilidade, passam a ser um conceito fundamental, o conceito de transparência, que muda completamente a visão dos negócios. Há alguns anos, dizia-se, Senador Cafeteira, que o segredo é a alma do negócio. Não é isso? Hoje, a transparência é a alma do negócio. Não se admite mais empresas que não sejam inteiramente transparentes, e isso passa a ser a grande tônica.

Portanto, existe uma mudança na mentalidade e no comportamento social do mundo inteiro. É necessário que essa juventude empreendedora que vem aí traga, dentro do espírito empresarial, essa mentalidade, esse pensamento, fazendo com que as coisas evoluam no Brasil da maneira correta e que possamos estar totalmente integrados no desenvolvimento mundial.

Saúdo a todos, dizendo que o papel de vocês ainda não mudou. O papel fundamental do empreendedorismo e da livre iniciativa ainda não mudou. Várias tentativas foram feitas ao longo de todos esses séculos de substituir a liberdade de empreender, a iniciativa, a motivação, a vontade de criar, a vontade de trabalhar, a vontade de vencer pelo planejamento do Estado, e nunca se chegou a algo que chegasse perto de ser tão bem-sucedido quanto o modelo baseado especificamente nestas palavras: iniciativa do homem, iniciativa da humanidade, para empreender, vontade de vencer e de mudar.

Esse, hoje, de qualquer maneira, é papel fundamental. De alguma maneira, ainda existem alguns que querem colocar, em função da crise financeira que estamos vivendo, em cheque esse modelo e procuram limitar e, até de alguma forma, asfixiar esse movimento, por meio de uma presença asfixiante, avassaladora, do Estado, que, com sua burocracia, vai abafando e impedindo que essa criatividade e essa iniciativa venham a ter o seu papel na evolução e no desenvolvimento do Brasil e do mundo.

Acredito que essa crise que vivemos, ao contrário de ser uma condenação a essa perspectiva, a essa maneira de ver a vida, é um momento de grandes oportunidades, para rever, com maior consciência, com maior abrangência, com maior atualização, nos dias de hoje, a iniciativa, colocando-se sempre ela como grande motora das grandes inovações e das grandes mudanças.

É esse papel que cabe a vocês hoje. É esse papel que hoje está sendo homenageado nesta Casa, na Presidência do Senador Cafeteira, desses brasileiros de quem estamos tanto esperando nos dias de hoje.

Parabéns a vocês todos.(Palmas.)


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 26/11/2008 - Página 47659