O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, é muito natural que a popularidade de um governante caia, à medida que seu mandato avança no tempo, tendendo a queda, de modo geral, ser maior quanto maior for o período da permanência no poder.

Essa naturalidade é explicável, dentre outras razões, pelo natural desgaste trazido pelo exercício contínuo desta dura atividade: a decisão; pela freqüente necessidade de arbitrar entre proposições opostas, até mesmo antagônicas, apaixonadamente defendidas por grupos adversários; e, não menos importante, pelo acúmulo dos erros que, mesmo pequenos, acabam refletindo negativamente na imagem pública da liderança governamental.

            Assim, é ainda mais surpreendente e digna de nota a grande estabilidade alcançada pelos índices de aprovação da figura pública do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva - estabilidade essa que, na verdade, seria melhor descrita como uma contínua e suave trajetória de melhoria, com ocasionais e raros períodos de retrocesso.

            De fato, o Presidente Lula foi apontado como o mais popular líder ibero-americano no ano de 2008, de acordo com pesquisa realizada em diversos países da região pelo Barômetro Ibero-Americano de Governabilidade 2008, publicada pelo jornal colombiano El Tiempo, em meados do mês de outubro último.

            A categoria pesquisada inclui, portanto, quase todas as lideranças dos países da América do Sul e bem mais de metade dos situados na América Central, além do México, único país latino que se localiza na parte Norte de nosso Continente.

            O índice de simpatia anotado pelo Presidente do Brasil, segundo a publicação colombiana, é de 53,8%, valor bem à frente daquele apresentado pela Presidente do Chile, Michelle Bachelet, avaliada em 45,9%, e pelo Presidente do México, Felipe Calderón, em 45,6%. Esse indicador leva em consideração as opiniões levantadas em todo o universo dos 22 países abrangidos pelo estudo.

            Há um ano, em 2007, Lula estava em segundo lugar, logo após o líder colombiano, Presidente Álvaro Uribe.

            Foi também medida, na mesma oportunidade, a aceitação dos líderes em seus próprios países, critério no qual nosso Presidente obteve posição igualmente invejável, com índice de aprovação de 67%, marca igual à registrada pelo chefe do Executivo uruguaio, Tabaré Vásquez, e superada somente pela do Presidente da Colômbia, de 85%.

            Esses números, em seu conjunto, colocam o Presidente brasileiro como o melhor avaliado global, entre todos os governantes latino-americanos, num desempenho de destaque, que alia a aprovação interna à boa visibilidade e à avaliação externa positiva.

            Os resultados se vinculam, é claro, à figura pública do Presidente Lula, que tem sabido combinar a simplicidade e o despojamento característicos de seu modo de ser ao excelente desempenho de seu Governo, cada vez mais atento à necessidade de representar todo o conjunto dos brasileiros, sem, contudo, deixar de priorizar os segmentos menos privilegiados de nossa população: os que menos têm.

            Embora seja uma conquista pessoal, a performance do nosso Presidente é importante também para o Brasil, cuja própria imagem é certamente impactada - positivamente impactada! - pela boa avaliação de sua liderança.

            É por esses motivos, Senhor Presidente, que faço o registro desse resultado memorável, na condição de Líder do Governo no Senado Federal. É, para mim, motivo de orgulho participar de uma Administração tão bem sucedida, interna ou externamente, e - mesmo decorridos quase seis anos de exercício da governança - tão bem avaliada, na figura de sua liderança maior, o Presidente da República.

            Meus parabéns, portanto, ao Presidente Lula! São congratulações que, por força, devo estender a todos os brasileiros, que com ele certamente compartilham o mérito, a justiça e a alegria dessa notícia.

            Muito obrigado pela atenção, Sr. Presidente!

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