O SR. FLÁVIO ARNS (Bloco/PT - PR. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Senador Mão Santa. Eu sei que este Período do Expediente destinado a homenagear os 50 anos, primeiro, da Universidade e, depois, da PUC de Minas Gerais já está se encerrando, mas eu não poderia também deixar de externar publicamente os cumprimentos, os parabéns pela caminhada empreendida.

Cinqüenta anos é uma trajetória extensa, bonita, de muito serviço, sem dúvida alguma, de uma instituição que pretende sempre ser, e cada vez melhor, de ensino, de pesquisa, de extensão, ensino de qualidade, de formação, de competência, de profissionais habilitados para atuarem num conjunto de áreas no Brasil. Uma instituição que, sem dúvida, contribui para o País através da pesquisa em todas as áreas, mas sempre com enfoque muito particular no desenvolvimento daquilo que é necessário para a construção da cidadania e da dignidade voltadas para o aspecto social. E a extensão que a PUC desenvolve com muita propriedade, com muita competência, muitas vezes, faz parte do currículo dos cursos de graduação, das necessidades da pós-graduação. Esse é o tripé fundamental exercido pela PUC de Minas Gerais e pelas PUCs e universidades católicas do Brasil de uma maneira muito especial, muito boa, muito necessária para o desenvolvimento do Brasil.

Em Minas Gerais, a PUC se descentralizou. A presença da PUC, da Pontifícia Universidade Católica, agora já está em vários pontos do Estado de Minas Gerais, como acontece com as demais pontifícias universidades católicas.

A PUC tem a característica de ser, como costumo chamar, uma entidade pública não-estatal. O Poder Público e a sociedade têm que entender isso, porque a característica da mantenedora de uma PUC é a da não-distribuição de lucros. Não existe distribuição de lucros, não existe remuneração de diretoria. Todo o resultado financeiro positivo é reinvestido nos próprios objetivos da instituição. Se um dia, a PUC deixar de existir, todo o seu patrimônio será destinado para uma entidade congênere ou para o Poder Público. Então, ninguém é proprietário, nem dono. Isso a sociedade tem que entender. Por isso dizemos que uma pontifícia universidade católica, como outras tantas entidades que prestam relevantes serviços para o Brasil, são entidades públicas; não têm proprietários, contribuem para educação, formação, ciência, tecnologia, independência e informação. São públicas não-estatais. Temos que nos orgulhar disso. E com a grande característica de ser confessional; ou seja, busca inclusive aquilo que une as religiões. E une até as pessoas que não praticam uma religião, mas que têm no sentimento de solidariedade (que não é específico de uma religião), de humanidade, de dignidade, de construção de direitos humanos, a sua marca registrada. E isso a PUC tem.

Quero saudar dessa maneira porque já fui aluno da PUC do Paraná; depois lecionei lá durante alguns anos. A Universidade Católica do Paraná transformou-se em PUC na época em que meu pai, o professor Osvaldo Arns, já falecido, era reitor dessa universidade. Foi reitor durante 12 anos. Atualmente, o atual reitor da PUC do nosso Estado o Irmão Clemente Ivo Juliato, uma extraordinária pessoa.

Minas Gerais, todos os mineiros, particularmente os Senadores que estão aqui (Senador Wellington Salgado, Senador Eduardo Azeredo, Senador Eliseu Resende, que já se pronunciou agora há pouco), o povo mineiro, o povo brasileiro têm que se orgulhar de uma universidade que é séria, que é boa, competente, que se dedica à construção do bem comum. Que esses 50 anos de caminhada continuem com a certeza de que sempre a PUC terá que ser e será excelência e referência naquilo que faz.

Parabéns para a PUC de Minas Gerais pelos 50 anos de contribuição decisiva para a democracia, para a independência e para a construção de uma Minas Gerais e de um Brasil sempre melhores.

Obrigado.

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