O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco/PT - RS) - Ao encerrar esta sessão, quero agradecer a todos os Senadores, àqueles que puderam ficar até este momento, àqueles que saíram mais cedo.

            Aqui, com muito carinho, agradeço ao Senador Mão Santa, aqui conosco, ao Senador Mesquita Júnior, ao Senador Mário Couto.

            Permita-me aqui a galeria, à minha esquerda, lotada, num certo momento, fiz homenagem a todos, citando o Presidente da Cobap.

            Agora, quero citar um sindicalista da ativa, para que todos aqueles que estão na atividade lembrem que o fator os atinge e reduz praticamente pela metade os seus vencimentos. Cumprimento o Ricardo Nerbas, que foi Presidente do Sintec e ainda é Diretor, inclusive da Federação em nível nacional. Ele é um dos que incentiva muito um projeto chamado Cantando as Diferenças, que visa dar oportunidade para quem não tem oportunidade, dar palco para quem não tem palco, principalmente - e por que não citar neste momento - para os aposentados e também pensionistas.

            Agradeço aos senhores e às senhoras que sei que acompanharam, nesta noite, nas suas casas, esse debate em que ficou muito claro que a previdência não é deficitária. Há condição, sim, de atender a todos os aposentados e pensionistas.

            Tenho certeza de que mais essa vigília não foi em vão. Como disseram aqui, tanto o Senador Mesquita Júnior como os Senadores Mão Santa e Mário Couto, temos ainda uma grande esperança na sensibilidade do Presidente Lula. Continuaremos mobilizados. Sabemos que se não houver mobilização, se não houver um movimento de solidariedade a todos os Deputados, a matéria poderá não ser votada lá. Os três projetos estão lá: tanto o que garante correção pelo mínimo como aquele que manda atualizar pelo número de salários mínimos da época da aposentadoria, que é esse de hoje, e o fim do fator previdenciário.

            O momento é este. Acredito muito na mobilização popular como forma democrática de pressão no Legislativo e também no Executivo.

            Quero agradecer muito todos os servidores desta Casa, que ficaram até esta hora conosco dando estrutura para que esta sessão fosse transmitida para todo o Brasil pela TV Senado, pela Rádio Senado, pela Agência Senado, pelo Jornal do Senado.

            Alguém já disse e vou repetir: sempre vale a pena quando a causa não é pequena. E há outra frase de que gosto muito - e nós aqui vamos ter de, cada vez mais, assimilar a responsabilidade -, que é aquela do Pequeno Príncipe: Você é responsável por aqueles que cativa. Sem sombra de dúvida, o Senado da República está cativando os aposentados e pensionistas de todo o País como também os trabalhadores, porque eles é que, no fim, terão o benefício de receber aquilo a que teriam direito. E não estão recebendo.

            A nossa responsabilidade é enorme - sabemos. Mas tenho certeza de que não recuaremos. A esta altura da vida, todos aqui estamos chegando, próximos, um pouco mais ou menos, dos 60 anos. Não tem por que recuarmos. Continuaremos buscando o diálogo e a negociação. Mas, com certeza, como disseram numa plenária ontem, em relação aos aposentados: “Para nós não haverá se a gente não resolver a questão dos aposentados”. Não haverá Natal, porque será um Natal triste para todos nós onde estivermos.

            Com certeza, esta peleia, como diz o gaúcho, vai até o fim. Senador Geraldo Mesquita Júnior, V. Exª me disse: “Paim, tenho certeza de que você não vai afrouxar o garrão”.

            Pode ter certeza que não só eu, tenho certeza que todos nós, os aposentados que estão aqui à minha esquerda, dirigentes sindicais, todos estão nos assistindo neste País. Aqueles que estão lá em São Paulo, na vigília, aqueles 300 aposentados e a Câmara de Vereadores. Tenho certeza que, no dia 2, este movimento será muito mais amplo. Mas ele só tem um objetivo: não é promover ninguém. Errei, é promover sim. É para promover os aposentados, os pensionistas e os assalariados deste País.

            Esses não têm voz. Aqui no Senado, eles têm palco e têm voz.