Discurso durante a 240ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comemoração do vigésimo quinto aniversário do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar - DIAP.

Autor
Geraldo Mesquita Júnior (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AC)
Nome completo: Geraldo Gurgel de Mesquita Júnior
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Comemoração do vigésimo quinto aniversário do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar - DIAP.
Publicação
Publicação no DSF de 17/12/2008 - Página 52485
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, DEPARTAMENTO, ENTIDADES SINDICAIS, ASSESSORIA LEGISLATIVA, IMPORTANCIA, TRABALHO, OBSERVAÇÃO, CONGRESSO NACIONAL, INFORMAÇÃO, CONSCIENTIZAÇÃO, TRABALHADOR, SINDICATO, PROMOÇÃO, MELHORIA, ATUAÇÃO PARLAMENTAR, VALORIZAÇÃO, LEGISLATIVO, DEFESA, APERFEIÇOAMENTO, INSTITUIÇÃO DEMOCRATICA.

  SENADO FEDERAL SF -

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O SR. GERALDO MESQUITA JÚNIOR (PMDB - AC. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senador Paim, ele teimou, teimou e disse: “Não vou.”

O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco/PT - RS) - A palavra dele sempre é a última.

O SR. GERALDO MESQUITA JÚNIOR (PMDB - AC) - Em homenagem a essa figura tão querida nossa, vou ser muito breve aqui.

Quero, inicialmente, cumprimentar o nosso querido companheiro Senador Paulo Paim, que preside esta Mesa, e o Sr. José Gabriel, que representa aqui o Presidente do Diap.

Paim, você está do lado de uma pessoa que teve a honra de fazer parte, como suplente, do mandato de um Senador do Distrito Federal, já falecido, uma figura extraordinária, o Senador Ulisses Riedel. (Palmas)

         Mais ao seu lado ainda, encontra-se uma figura extraordinária. Com esse eu tenho mais convívio, de parte do Diap, e me permita chamá-lo como todos nós o conhecemos: o Toninho do Diap. É uma referência. Eu conheço o Toninho da minha atividade profissional. Foi lá onde eu conheci o Toninho, Procurador na Fazenda Nacional, e ele, fazendo essa interseção, essa costura que ele sabe fazer melhor do que ninguém entre as categorias.

         Enfim, o Senador Mão Santa foi de uma felicidade imensa, mais uma vez. O Senador Mão Santa, com o seu tirocínio aguçado, lembra aqui, e é bom mesmo que a gente repise isso, e coloca o Diap na mesma linha de importância de uma OAB, de uma ABI.

         Eu acho que foi a melhor homenagem que o senhor prestou, Senador Mão Santa, ao Diap. Vinte e cinco anos! Quando entidades como o Diap, quando a gente participa de uma sessão como esta, Paim, eu costumo fazer um raciocínio inverso, costumo me questionar, me perguntar: como estaríamos, o que seríamos se não fosse a existência do Diap. Eu gosto de raciocinar sempre nessa linha de conjectura. Como estaríamos? O que seríamos com a inexistência do Diap? Eu digo isso para ressaltar mais uma vez e mais ainda a importância de um órgão que se colocou, em nome das categorias sindicais, dos trabalhadores brasileiros, no papel de observador privilegiado do funcionamento do Poder Legislativo, do funcionamento do Congresso Nacional em particular.

Resgatando algo que disse o Senador Alvaro Dias: acompanhando o trabalho do Diap, nos damos conta de que devemos manter viva a esperança, devemos manter acessa a chama da esperança num Congresso Nacional soberano, altivo. Quando me dirigia para cá, ouvia o discurso do Senador Paim.

Creio que o trabalho que faz o Diap, isento, é um trabalho que sistematiza, organiza, registra aquilo que brota do nosso trabalho no Congresso Nacional, Paim, e em outras casas legislativas do País. É um trabalho muito importante, Senador Ulisses Riedel, e faz com que a gente de fato precise voltar a todo instante a se compenetrar da necessidade de valorizarmos o Poder Legislativo, escoimarmos as atuações individuais inadequadas, improdutivas, que é natural que existam numa instituição como esta, num Poder como este, mas exaltarmos e nos agarrarmos com a necessidade de valorizarmos o nosso Poder.

Aqui neste Congresso Nacional, eu sou daqueles que, por vezes, e na última sexta-feira eu fiz uma crítica pesada ao Poder Legislativo, ao Congresso Nacional em particular, que muitas das vezes abdica da sua competência, da sua destinação constitucional como Poder e, por vezes, se torna uma instituição menor, uma instituição pequena quando se apequena, quando se mostra para a Nação brasileira quase como um escritório do Palácio do Planalto, quase como um cartório em que a nossa função aqui seja apenas carimbar o que é solicitado, às vezes o que é imposto ao Congresso Nacional.

E a atuação do Diap, destacando o papel do Congresso Nacional, do Poder Legislativo, individualmente de parlamentares que dedicam, como o Senador Paulo Paim, a sua vida pública inteira à causa dos trabalhadores brasileiros, à causa das pessoas que, por se encontrarem - o Senador Buarque não gosta dessa expressão - na inatividade, têm inclusive dificuldade de se colocar, como os aposentados, como os velhinhos, como chama o Senador Mão Santa, enfim, destacando a atuação desses parlamentares. Assim, o Diap, na verdade, está valorizando, em nome dos trabalhadores brasileiros, em nome da sociedade brasileira, cada vez mais, o Poder Legislativo.

          Registro o fato de que, em que pesem nossas vicissitudes, em que pesem as nossas deficiências, em que pesem as nossas fraquezas como Instituição, nós devemos, a todo o instante, lutar pelo resgate da dignidade do Congresso Nacional, do Poder Legislativo, porque eu não vejo outro caminho, Toninho. Numa propalada democracia como a nossa, eu não vejo outro caminho senão sustentar esta caminhada democrática num Poder Legislativo forte, altaneiro, soberano, independente.

Então, eu queria simplesmente me solidarizar e parabenizar os Senadores, a partir do Senador Paim, pela iniciativa desta homenagem,que é justíssima, Paim. É uma homenagem justíssima. Eu acho que, além de uma homenagem, é uma oportunidade que temos de registrar a existência, o papel dessa entidade - talvez a população brasileira nem se dê conta, nem se aperceba -, da importância que tem o Diap para a sociedade brasileira, para os trabalhadores brasileiros. Como eu disse, ele sistematiza, ele organiza, ele registra, ele expõe, com uma visão privilegiada, a atuação do nosso Poder aos trabalhadores, aos sindicatos espalhados por todo este País. E é uma visão privilegiada.

         Senador Paim, que preside nossa sessão, sei que há muita gente do Diap aqui, diretores, técnicos, quero em nome de vocês todos, com vocês todos, registrar esta data importante, 25 anos de militância, de trabalho, de dedicação. Queria me associar a todos vocês nesta homenagem que é justa, devida, a este organismo que reputo como um dos organismos, como disse o Senador Mão Santa, da importância de uma OAB, da importância de uma ABI, para o Congresso Nacional, para a sociedade brasileira, para todos nós.

Parabéns ao Diap. O Paim pediu um abraço. Sou eu quem vai dar um abraço aos companheiros do Diap, que representam a entidade nessa nossa mesa diretora.

Obrigado a todos pela paciência de terem me ouvido.

Falei pouquinho para permitir que a gente possa ouvir, com a maior atenção, o Senador Pedro Simon, a seguir. (Palmas.)


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 17/12/2008 - Página 52485