Discurso durante a Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comentário sobre a Marcha dos Prefeitos a Brasília. Registro da visita do Governador Ivo Cassol, de Rondônia, a Brasília.

Autor
Expedito Júnior (PR - Partido Liberal/RO)
Nome completo: Expedito Gonçalves Ferreira Júnior
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SENADO. ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL. ESTADO DE RONDONIA (RO), GOVERNO ESTADUAL.:
  • Comentário sobre a Marcha dos Prefeitos a Brasília. Registro da visita do Governador Ivo Cassol, de Rondônia, a Brasília.
Publicação
Publicação no DSF de 11/02/2009 - Página 1309
Assunto
Outros > SENADO. ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL. ESTADO DE RONDONIA (RO), GOVERNO ESTADUAL.
Indexação
  • SAUDAÇÃO, ATUAÇÃO PARLAMENTAR, FLAVIO ARNS, PAULO PAIM, SENADOR.
  • REGISTRO, ENCONTRO, PREFEITO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, SAUDAÇÃO, PRESENÇA, MUNICIPIOS, ESTADO DE RONDONIA (RO), LIDERANÇA, PRESIDENTE, ENTIDADE, AMBITO ESTADUAL, ASSOCIADO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO REPUBLICANO (PRE).
  • REGISTRO, VISITA, BRASILIA (DF), DISTRITO FEDERAL (DF), GOVERNADOR, AUDIENCIA, MINISTERIO DOS TRANSPORTES (MTR), REIVINDICAÇÃO, DESVIO, TRAFEGO, SEDE, MUNICIPIO, JI-PARANA (RO), ESTADO DE RONDONIA (RO), CONSTRUÇÃO, ACESSO RODOVIARIO, JUSTIFICAÇÃO, BENEFICIO, ESCOAMENTO, PRODUÇÃO, SOJA, SAUDAÇÃO, LIBERAÇÃO, OBRA PUBLICA, PONTE, AGRADECIMENTO, PRESIDENTE, DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DOS TRANSPORTES (DNIT).
  • ELOGIO, GOVERNADOR, ESTADO DE RONDONIA (RO), PRIORIDADE, LIGAÇÃO, MUNICIPIOS, RODOVIA, UTILIZAÇÃO, RECURSOS, FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL (FPE), OBRAS, RESPONSABILIDADE, UNIÃO FEDERAL.
  • AGRADECIMENTO, MINISTRO DE ESTADO, CHEFE, CASA CIVIL, AGILIZAÇÃO, OBRAS, USINA HIDROELETRICA, RIO MADEIRA, CONCLAMAÇÃO, ORADOR, ATENÇÃO, MANUTENÇÃO, EMPREGO, REGIÃO, APROVEITAMENTO, ENERGIA, ESTADO DE RONDONIA (RO).
  • PARTICIPAÇÃO, BANCADA, SENADOR, REUNIÃO, SINDICATO, BANCARIO, REIVINDICAÇÃO, RETORNO, ESTADO DE RONDONIA (RO), SUPERINTENDENCIA, BANCO DO BRASIL, REGISTRO, INFORMAÇÃO, VIABILIDADE.

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O SR. EXPEDITO JÚNIOR (Bloco/PR - RO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Paulo Paim, Senador Flávio Arns, não tenho dúvida de que, com qualquer um dos dois que, porventura, venha a ser o Presidente escolhido das Comissões, estaremos bem representados. Participo de várias Comissões com o Senador Flávio Arns, como também participo de várias Comissões com o Senador Paulo Paim. O Senador Paulo Paim tem sido exemplo de dedicação e de perseverança e, acima de tudo, honra nesta Casa seus compromissos, principalmente com aquelas pessoas menos abastadas pela sorte.

V. Exª, Senador Paim, cumpre os compromissos que assumiu não só durante a campanha política, mas durante toda a sua vida. V. Exª realmente é um exemplo, e admiro muito o seu trabalho nesta Casa. Vou usar uma frase de V. Exª - a maioria dos projetos de V. Exª foi aprovada nas Comissões, e tive a sorte de ser Relator de vários deles - que diz: “Projeto bom é projeto aprovado”. Então, eu gostaria de cumprimentá-lo, porque, realmente, os projetos de V. Exª são bons. Nós nos orgulhamos de defendê-los e discuti-los nesta Casa.

Sr. Presidente, hoje, eu deveria subir à tribuna para comentar um pouquinho sobre a Marcha dos Prefeitos do Brasil inteiro que estão na Capital Federal. Meu Estado não é diferente, o Estado de Rondônia. Praticamente os 52 Prefeitos do meu Estado estão aqui, capitaneados pelo Presidente da Associação dos Prefeitos do meu Estado, um Prefeito competente, organizado, jovem, novo, que foi reeleito com a maior expressão de votos dados nas últimas eleições no Estado de Rondônia, o Prefeito de Alvorada do Oeste, o Prefeito Laerte. Orgulho-me de tê-lo nas fileiras do meu Partido, o PR.

Aproveito a oportunidade, Sr. Presidente, e fiquei aqui durante toda a tarde de hoje, para registrar a vinda, mais uma vez, do Governador Ivo Cassol à Capital Federal. Começamos logo cedo uma audiência com o Ministro Alfredo Nascimento, e chamo a atenção, Sr. Presidente, para a discussão do Governador, que se deu em respeito à população do Município de Ji-Paraná. No ano passado, Sr. Presidente, conseguimos alocar, empenhar R$16 milhões, para que pudéssemos ver a BR-364 desviando o tráfego do Município de Ji-Paraná. Uma ponte corta o Município de Ji-Paraná, e esse é o único caminho que nos leva à Capital de Rondônia, que nos leva do interior à nossa Capital; é o único caminho que nos leva ao Estado do Acre; é o único caminho que também nos leva ao Amazonas. Infelizmente, Sr. Presidente, essa emenda foi cancelada, e reempenharam essa emenda para a duplicação da ponte do Município de Ji-Paraná.

Não que eu seja contra, nem tampouco o Governador. Somos favoráveis à duplicação da ponte do Município de Ji-Paraná, mas o transtorno que está trazendo à população de Ji-Paraná é muito grande. E dizíamos que era importante essa obra, mas que tínhamos de fazer, primeiro, o anel viário de Ji-Paraná, que tínhamos de tirar do centro de Ji-Paraná aquelas inúmeras carretas que transportam a soja. Trata-se de desenvolvimento para nosso Estado, mas, infelizmente, isso traz um transtorno muito grande hoje à população de Ji-Paraná. Sr. Presidente, os políticos que colocaram emenda para a construção dessa ponte, duvido que eles vão andar em Ji-Paraná com o vidro do seu carro aberto, porque a população fica esperando por duas ou três horas, às vezes, para passar de um lado para o outro, e não há alternativa, não há outro caminho, só há esse caminho para cruzar o Município de Ji-Paraná.

O Governador esteve aqui de manhã e, mais uma vez, usa o recurso do Estado para fazer mais uma obra federal. Esse recurso deveria ser utilizado na melhoria da nossa educação, na melhoria da nossa segurança pública, na melhoria da nossa agricultura e na recuperação das nossas estradas. O anel viário de Ji-Paraná é de responsabilidade do Governo Federal. Hoje, o Governador esteve aqui com o Ministro Alfredo Nascimento e foi atendido, e, de pronto, o Ministro Alfredo liberou a obra, para que o Estado pudesse fazer a ponte. Primeiro, é a construção do anel viário de Ji-Paraná, para, logo a seguir, pavimentar os nove quilômetros do anel viário de Ji-Paraná. Mas a ponte já resolve, já é meio caminho andado, porque, assim, podemos desviar o trânsito da única ponte que nos dá acesso - como já disse - na travessia do Município de Ji-Paraná.

Quero destacar aqui também o papel importante do Dr. Pagot, do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), que já reuniu sua equipe. Hoje mesmo, o Governador entregou o projeto da construção dessa ponte - diga-se de passagem, o Governador já abriu o processo licitatório dessa ponte. Assim como na BR-421, que era obra de responsabilidade do Governo Federal, o Governador Ivo Cassol foi lá e realizou a obra. O anel viário, que é de responsabilidade também do Governo Federal, o Governador Ivo Cassol está licitando essa obra. Quanto à BR-429, a única que resta hoje de responsabilidade do Governo Federal, não tenho dúvida, ele fez o desafio ao Ministro Alfredo, entregou um documento ao Ministro Alfredo: se o Governo Federal não conseguir tocar essa obra e realizar a pavimentação asfáltica da BR-429, do Município de Alvorada até o Município de Costa Marques, o Governador Ivo Cassol vai iniciar também o asfaltamento da BR-429, de responsabilidade do Governo Federal. Ele está fazendo seu dever de casa, e muito bem feito, Sr. Presidente! Ele fez o desafio de ligar todos os Municípios de Rondônia à BR-364, que é a espinha dorsal que cruza todo o nosso Estado, ligando todos os Municípios do Estado de Rondônia.

Sr. Presidente, às vezes, estou aqui fazendo algumas críticas, estou aqui reivindicando, estou aqui brigando, sempre defendendo os interesses do meu Estado, mas também sou obrigado a reconhecer que há avanços. Hoje, com a chegada das usinas do Complexo do Madeira, da usina de Jirau e de Santo Antônio, que está sendo construída em Porto Velho, serão gerados em torno de vinte mil a trinta mil empregos, mão-de-obra direta. Mas há uma preocupação nossa também, Sr. Presidente, porque houve vários ciclos em nosso Estado, e, logo depois, veio a ressaca. Houve o ciclo da madeira, o ciclo do ouro, o ciclo do garimpo, e hoje ocorre a construção das usinas do Madeira. Temos de nos preocupar: daqui a quatro, cinco, seis, sete anos, o que será desses trinta mil empregos gerados na construção do Complexo do Madeira?

Sr. Presidente, quero destacar o papel da Ministra Dilma, que foi importantíssimo para que essa obra saísse do papel, porque, se dependêssemos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), se dependêssemos da Secretaria do Ministério do Meio Ambiente, certamente, até hoje, estaríamos discutindo o licenciamento dessa obra. Foi preciso trocar o Presidente do Ibama, e a Ministra Dilma assumiu esse papel, como coordenadora da construção do Complexo do Madeira.

Hoje, não posso deixar de registrar a satisfação com a construção do Complexo do Madeira e também, Sr. Presidente, com a destinação dos recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) ao nosso Estado. Diga-se de passagem que o Governador Ivo Cassol está completando todo o processo licitatório do PAC, para que possamos ver essas obras sendo realizadas e entregues à população.

Sr. Presidente, quero destacar ainda a persistência do Governador Ivo Cassol. Desde 1987, desde 1988, estamos sem a Superintendência do Banco do Brasil no Estado de Rondônia. Não é justo, Sr. Presidente, que isso ocorra em um Estado que tem mais de doze milhões de cabeças de rês, como é o nosso Estado! Em outros Estados onde há pouco mais de um milhão ou de dois milhões de cabeças de gado, há a Superintendência do Banco do Brasil. Em um Estado como o de Rondônia - há agências do Banco do Brasil em 52 Municípios do Estado, há agências avançadas nos distritos -, não é possível que não haja novamente a Superintendência do Banco do Brasil.

Durante a semana, tive uma audiência com o Sindicato dos Bancários de Rondônia. Quero destacar aqui a pessoa do Presidente Cleiton e também do Dr. Marini, ex-Superintendente do Banco do Brasil no Estado de Rondônia. Eles se reuniram conosco - não só comigo, mas também com o Senador Raupp e com a Senadora Fátima Cleide - e estão se reunindo com toda a bancada federal e com a associação comercial e industrial do nosso Estado, enfim, estão envolvendo a sociedade, para que tenhamos de volta a Superintendência do Banco do Brasil em nosso Estado. Ele me comoveu nessa reunião que fizemos, na segunda-feira, em Porto Velho. E, de lá de Porto Velho, marquei uma audiência com o Dr. Milton Luciano dos Santos, Vice-Presidente do Banco do Brasil, que tem a responsabilidade de levar de volta ou não a Superintendência do Banco do Brasil ao meu Estado. O Governador fez questão de estar presente.

A boa notícia, Sr. Presidente, é que o Vice-Presidente do Banco do Brasil, o Dr. Milton, disse que há a possibilidade real e a viabilidade de que, tão-logo se conclua a consultoria que está sendo feita - e o prazo limite para ser entregue é a data de 31 de março, de repente até antes -, seja levada de volta a Superintendência do Banco do Brasil ao meu Estado. Ele vê com bons olhos - não só ele, mas toda a diretoria do Banco do Brasil - que tenhamos de volta a Superintendência do Banco do Brasil em nosso Estado.

Gostaria de destacar, Sr. Presidente, a vinda do Governador Ivo Cassol à Capital federal. Certamente, quem vai ganhar com isso é a população do meu Estado. Esse desafio que ele faz, a construção da BR-429, não é da responsabilidade dele, não é da responsabilidade do Estado, mas do Governo Federal. Tenta buscar uma parceria com o Ministro Alfredo Nascimento, que, como já disse, nos atendeu. Tenta também buscar essa parceria com o Dnit, para que possamos resolver o problema da população do Município de Ji-Paraná. Não é justo, Sr. Presidente, o que está passando a população de Ji-Paraná e a população de todo o Estado de Rondônia. Não há outro caminho para nos dirigirmos à Capital do nosso Estado. Por isso, Sr. Presidente, eu gostaria de deixar esse registro.

Este é o nosso primeiro pronunciamento do ano de 2009. Espero que possamos ainda, durante todo este ano, Sr. Presidente, agir em defesa daqueles que necessitam do nosso trabalho firme no Senado brasileiro. Espero que possamos ainda travar muitas lutas, muitas brigas, no bom sentido, defendendo os interesses da população brasileira. E nunca posso deixar de dizer, assim como diz o Senador Mão Santa, que faz questão de subir à tribuna e defender o povo do Piauí, que defendo, aqui, quem me mandou para cá, que é o povo do Estado de Rondônia.

Muito obrigado.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/02/2009 - Página 1309