O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senador João Ribeiro, que preside esta reunião de sexta-feira, 20 de fevereiro, sexta-feira, véspera, neste país, do carnaval. Isso dá uma demonstração de que este é o melhor Senado da história da nossa República, de 183 anos.

E qual a razão disso? De estarmos aqui? Em tempo de ditadura civil, surgiu um militar, Brigadeiro Eduardo Gomes, que disse: “O preço das liberdades democráticas é a eterna vigilância”. Somos nós, é o preço, é o Senado. Nós que garantimos a divisão do poder, a alternância do poder. É esta Casa. Aqui não vamos embarcar na filosofia de Cuba. Não vamos. O Senado que não deixou. Muitos aloprados - a ignorância é audaciosa e atrevida - sonhavam que aqui seria uma nova Cuba, uma nova Venezuela. O Senado não deixou. Essa é a verdade. É aqui que enterramos os sonhos de aloprados aproveitadores. É aqui.

V. Exª é da base de apoio do Governo, com seriedade, mas jamais iria enterrar a democracia. E a democracia é a divisão de poder, com alternância de poder. É isso. É isso que fundamenta. Ela nasceu do povo, gritando: liberdade, igualdade e fraternidade. O povo, nas ruas, derrubou os reis. E este Senado não deixou esse sonho tresloucado... A ignorância é audaciosa e atrevida. Isto não era sonho, não era o sonho de Martin Luther King, era o pesadelo dos aloprados: eternizar-se no governo. Nós não permitiremos.

V. Exª é da base, mas não ia permitir isso. O Presidente Sarney não iria permitir. E, por isso, nós fizemos o Presidente do PMDB, para ter a divisão de poder.

Ninguém nada tem e nada contestamos quanto à liderança do Presidente Luiz Inácio. Foram 60 milhões de votos! Venceu por 20 milhões um candidato de virtudes extraordinárias: Alckmin. Aprendi com Petrônio a não agredir os fatos, mas enterrar uma democracia nós não íamos permitir. Por isso, colocamos o PMDB, para que houvesse a divisão de poder.

O PT tem o Executivo, que é forte no mundo do capitalismo perverso, selvagem: ele tem o BNDES, ele tem o Banco do Brasil, ele tem a Caixa Econômica. E mais: não por culpa de Luiz Inácio, não por culpa de ninguém. A Constituição foi beijada pelo Presidente do meu partido, Ulysses. Eu não ia contestar uma Constituição feita por Afonso Arinos, feita por Mário Covas, por Ulysses, por Pedro Simon. Não iria contestar. Eles, sensíveis ao povo - o povo era presidencialista -, deram um poder excepcional do Presidente: indicar os membros da Corte Suprema da Justiça. É, isso não tem por aí não! Mas eles fizeram certo, porque o povo brasileiro é presidencialista. Já se manifestou, João Ribeiro, por duas vezes, em plebiscito. Então, deram, mas deram para um mandato de quatro anos do Presidente. De repente, oito! Luiz Inácio já nomeou sete de onze Ministros. Se ele demorar mais, acabou a democracia. É porque a ignorância é audaciosa e atrevida. Nós entendemos e entendemos muito. Por isso, estamos aqui. O Senado só tem um sentido: se nós formos o pai da Pátria, e o somos.

O que me trouxe aqui foram horas passadas no estudo e no trabalho, no trabalho e no estudo: representar a grandeza do Piauí, simbolizada por Petrônio Portella, um dos melhores Presidentes desta Casa.

Mas, Pedro Simon, por que hoje? Esta é a Casa. Olha, Pedro Simon, eu sempre disse: você pode, e eu aprendi com a sabedoria popular. É mais fácil tapar o sol com uma peneira do que esconder a verdade. Acabou, Pedro Simon. Ô Pedro Simon! Você se lembra da marcha dos prefeitos que vieram aqui? Dinheiro muito. Farsa! Mentira! Estão todos os prefeitos hoje chorando, todos! Por isso, tem que ter oposição. É fácil. Está na Bíblia. A porta larga da vadiagem, da malandragem. Eu escolhi a porta estreita.

Tem, Luiz Inácio, 84? É mentira! Com o tratamento dos velhinhos, aposentados, morrendo. Sabe quantos aposentados há no Brasil, ô Pedro Simon? Vinte e seis milhões. Isso é mais do dobro das bolsas família. Os velhinhos estão é se suicidando, porque foram enganados, traídos e roubados. Porque eles assinaram um contrato. Trabalharam 30, 40 anos para receber uma aposentadoria. É! De dez salários, estão recebendo cinco. De cinco, dois. E o seu planejamento? Destruiu a família, porque o ápice da família, Pedro Simon... Pedro Simon, V. Exª já é avô? Eu sou. Eu sou melhor avô do que pai. É um testemunho. Eu sou o retrato do Brasil, estou aqui para ensinar o Luiz Inácio. Eu sou melhor avô do que pai. Olha, eu trabalhei tanto, João Ribeiro, tanto, tanto, que eu chegava a minha casa às duas horas da manhã. Muitas vezes, eu ia para um restaurante tomar uma sopa para deixar a Adalgisinha dormir. Eu chegava e operava dez, doze, treze, quatorze numa santa casa de misericórdia. Então, quando eu via os meus filhos, eles já estavam dormindo, Geraldo Mesquita. Quem os educou foi a mãe, foi a Adalgisa; por isso, o meu encantamento. Hoje, não. Sou Senador, eu aconselho os netos, moram comigo, guio, a faculdade... O neto, o avô, Luiz Inácio, não é culpa, ele não teve, mas eu tive. Meu avô era muito bom; aliás, os dois; minhas avós, muito boas, as duas.

Pedro Simon, este Governo destruiu a família, e a família é importante. Sabe por que Rui está ali? Ô Pedro, Pedro - Pedro Simon está num papo ali com a secretária -, Rui Barbosa disse: “A Pátria é a família amplificada”. O próprio Deus, quando botou o filho dele, não o desgarrou, botou-o numa família. E a família está destruída. O avô é a cobertura da família. Eu só daria um exemplo, Pedro Simon. Os maiores líderes hoje, reconhecidos pelo próprio Luiz Inácio, são Barack Obama e Sarkozy, os maiores líderes. Está ali o livro, está bem aí, pegue-o aí, Ribeiro, debaixo do vermelho, mostre aí; é o segundo livro que leio de Barack Obama. Ele diz que, se não fossem os avós dele, ele seria um maconheiro, desviado, desvirtuado. Então, os nossos avós, eles planejaram, eles sonharam, eles assumiram compromissos com os filhos, com os netos, com a família e, hoje - por isso essa desvalorização da família -, o neto diz: “Vovô é mentiroso. Vovô disse que ia pagar minha faculdade, vovô disse que ia me dar gasolina e me dá um livro e me dá...”

Tomaram, roubamos nós, não é Luiz Inácio, somos nós, a Pátria somos todos nós. Governo somos todos nós. Governo é o tripé. Não tem negócio de L’État c’est moi, Luiz Inácio, não. Nós enganamos, nós roubamos os velhinhos, assinamos que iríamos pagar as suas aposentadorias. São 26 milhões de velhinhos enganados. Eu estou fazendo um estudo sobre suicídios: nunca houve tantos suicídios entre velhos e idosos.

E os banqueiros... Já foi lido pelo Crivella, que é da base do Governo, o lucro do Banco do Brasil. Veja nas páginas dos jornais, está aqui, depois eu vou ver: estratosférico! Os banqueiros, ganhando dinheiro, enganaram os velhinhos, fizeram empréstimos consignados, botaram umas letras miúdas, os velhos, com catarata, com hipermetropia, vista cansada... E, agora, estão pagando 40% para os bancos. E eu dizia: não baseie sua prosperidade com dinheiro emprestado. Mas não são minhas, foi Abraham Lincoln quem disse isso. Essa é a nossa diferença.

Mas, Pedro Simon, um quadro vale por dez mil palavras. Olhe o que eu recebi agora! Isto aqui. Nós somos o povo, nós somos democracia, nós somos filhos do voto. Luiz Inácio, eu já somei: V. Exª teve 60 milhões, aqui tem muito mais, tem 80 milhões de votos. Este é o Poder. Nós nascemos do povo. Eis a verdade, Pedro Simon.

Olha o que recebi; vocês vão receber: Morro do Chapéu do Piauí - Prefeito Lucídio Rebêlo. Olhem, ele recebeu de IPI - no do Lula, com mãe do PAC, a galinha cacarejadora, atentai bem: parcela do IPI -, ele recebeu R$26.818. Hoje, a parcela caiu para R$5.750. Olha o Prefeito! De Imposto de Renda, ele recebeu R$180.117. A parcela, agora, caiu para R$17 mil - de 180 - menos de 10%. Só para receber os aplausos, as aclamações e a mentira.

É, Pedro Simon... Aqui é a verdade. “De verdade em verdade, eu vos digo”, Cristo. “Nós falamos como irmãos”, Cristo.

Em Matias Olímpio, o Prefeito é Fogoió. A parcela do IPI, na festa, na farra, no bacanal, que desmoraliza esse TSE, que está fazendo boi voar. O Prefeito mais corrupto da História do Brasil é do Piauí, que recebe processo, mas o PT abafa. Mas estão aí homens públicos cujos mandatos foram tirados!

Mas, ô Pedro Simon, atentai bem. O Fogoió recebeu, de IPI, R$35.157 lá na farra, no comício, no lançamento - R$35.157 - e, agora, recebeu R$7.667. O Imposto de Renda dele foi de R$241 mil no dia da farra, do lançamento. Baixou, agora para R$23.719. Atentai bem, para fazer aquela algazarra, aquela mentira, aquela palhaçada, desmoralizando o TSE, campanha prematura.

Barras (PI), terra de ex-governadores, Prefeito extraordinário, Manin Rêgo, recebeu de IPI R$89.394; baixou agora para R$19.169. Tudo fácil! O Governo mandou aumentar para dizer que tinha o apoio dos prefeitos. Parcela do Imposto de Renda, R$603.726. Baixou - ô Geraldo Mesquita - para R$59.299.

É mentira, é mentira a pesquisa. O alopradinho do Piauí responde a sete processos, e o PT e a Procuradoria-Geral, rápido, engavetam. Enquanto isso, são perseguidos governadores que não são do PT. Essa é a imoralidade.

Nunca dantes, Pedro Simon... O Getúlio adentrou a Presidência da República pela corrupção eleitoral. Nunca dantes teve tanta corrupção eleitoral. Aí você vê prefeitos, governadores de alta dignidade, alta história, cassados. E o pior de todos é o do Piauí: sete processos engavetados.

Pedro Simon, mostre-me onde pessoas de carteirinha, filiados há 20 anos, são nomeados para a corte? Eu sei psicologia, sou médico, está encravada na sua essência essa doença. Nós estamos aqui para salvaguardar a democracia.

Olha aqui: Luzilândia, uma Prefeita mulher, Janaína, recebeu R$62 mil do IPI na festa; agora, baixou para R$13.418. Imposto de Renda, R$422.608; baixou para R$41 mil. E todos se repetem assim.

Ô, ô, ô João Ribeiro, o Boris Casoy: “isso é uma vergonha!”. Os prefeitos já entraram na quarta-feira de cinzas na ressaca.

Ô Luiz Inácio - “afaste de mim esse cálice”, disse Jesus no aperreio - diga: afaste de mim esses aloprados que enganam.

Aumentaram para ter aquela festa. Está aqui, Pedro Simon. Lacerda trazia, eu também trago. Não vou cansá-los, serei objetivo. Um quadro vale... Mas é na mesma proporção, Geraldo Mesquita.

Geraldo Mesquita, uma vez, me disse: “Mão Santa, esse negócio, você não sabe o que vamos enfrentar. Esse Partido dos Trabalhadores é um negócio pesado!” É pesado! Foi o Geraldo Mesquita. É pesado! Por isso que nós não deixamos que o Partido dos Trabalhadores assumisse o Senado da República de Rui Barbosa. Essa é a verdade.

Não vou cansá-los, mas a matemática é a mesma.

Em Luzilândia, Janaína. Eu recebi tudo isso agora; Júlio Borges, professor... Rapaz, é a mesma matemática!

Em Batalha, no Piauí, Amaro Melo, extraordinário administrador. Em Corrente, Ribeiro, empresário, vitória extraordinária. Rapaz, é a mesma proporção. Não vou... A matemática.

Olhem, os prefeitos, queridos prefeitinhos, estão de ressaca, estão na quarta-feira de cinzas. E os aloprados enganaram o Brasil.

Luzilândia... Está aqui. É muito documento. Matias Olímpio, mesma proporção. E aí vai, e aí vai: Barra do Piauí e todos.

Então, essa é a verdade. Não acredito. É mentira. Uns aloprados desses, que carregam dinheiro na cueca, que ganham mensalão, que dizem que no passado até mataram, e mataram muito, por São Paulo, eles não vão enganar o povo? Isso é claro.

Pedro Simon, esse Correio Braziliense é um bom jornal. E o governadorzinho do Piauí, que estava nos escândalos antes de assumir, da Finatec, estava no da Gautama, com dezessete gravações... Dezessete! Essa Polícia Federal mexe com todo mundo, mas eu duvido. Dezessete gravações! Aquele Benoit... Eu não vou aprender o nome desses vigaristas sanguessugas, das ambulâncias, flagrados lá. No Luz Para Todos, há corrupção generalizada. Cadê o Porto de Luís Correia, as ZPEs, a estrada de ferro, a ponte de Teresina, o Hospital Universitário? É só mentira. E ele copiou. As pesquisas do Luiz Inácio encheram os jornais.

É mais fácil você tapar o sol com a peneira do que esconder a verdade.

Correio Braziliense: “Desafios do Milênio. A vida sem saneamento”. Está aqui. Este Correio Braziliense é um jornal bom. Olhe aí, João: saneamento. Está aqui. Bota lá, bota grandão aí, como um outdoor. Faz de conta que eu sou o Mercadante. Quando é esse povo do PT, sai grandão. “Situação é mais grave no Piauí (...)”. “A vida sem saneamento”. Estão aqui os gráficos, a mulherzinha... Então, o Piauí é o pior, o último lugar, governado pelo PT da mentira. Está aqui: 29,85% - é o azul - dos domicílios não têm esgotamento sanitário; e em 45,86% - quase a metade da população - não se tira nem lixo. Último lugar. Isso é lamentável.

Ô Luiz Inácio, estão enganando-o. Acredito que V. Exª ouviu o líder do Tocantins dizer... Mas V. Exª mandou dinheiro para o porto, e os aloprados... Eu já botei todas as minhas emendas há três anos: para as ZPEs, a estrada de ferro, uma ponte, Pedro Simon.

Eu levei o Geraldo Mesquita: eu fiz no mesmo rio, Rio Poty - Teresina fica entre dois rios, Poty e Parnaíba -, uma ponte em 87 dias, com um engenheiro da cidade, Lourival Parente, construtora do Piauí, operário do Piauí e dinheiro do Piauí. Heráclito fez em cem dias no mesmo rio. Nós concorríamos, na brincadeira.

Esse Governo de aloprados disse que ia fazer a ponte dos 150 anos, sesquicentenário. Teresina vai para 158 anos e está lá só o esqueleto.

Então, eu não posso pertencer a essa sua base aliada. Eu pertenço à verdade, ao PMDB de verdade, ao PMDB de vergonha, ao PMDB de Pedro Simon e de Geraldo Mesquita. É por isso.

Presidente Luiz Inácio, acompanhe ou mande para a cadeia os aloprados do Piauí e aí eu virei aqui aplaudi-lo. Ainda acredito, a esperança é a última que morre. Impressiona-me aquele livro O Velho e o Mar, que diz: a maior estupidez é perder a esperança. E eu não quero perdê-la. Então, eu tenho esperança. E digo isso para nós sairmos desta vergonha: o último lugar, o Estado com menos saneamento; o último lugar em ética e em decência política.

Olha como o quadro é mentiroso! Pedro Simon, vamos ver só as manchetes desse jornal. O Mozarildo está bonito aqui, é o Mozarildo - vamos ser claros: “Nós já recebemos esse dinheiro; apenas vamos colocar esse dinheiro de maneira correta e pagar o imposto sobre ele” - aquela verba indenizatória. Mas não é isso, não. Vamos ler aqui as manchetes para você ver.

         O que quero dizer é o seguinte: não tem crise.

“Embraer” - é a maior empresa do Brasil, do Governo, o orgulho - “demite quatro mil e irrita Lula”. Como é que a gente pode andar? Está aqui a Embraer. É o Correio Braziliense.

         E queria dizer o seguinte: olha, eu estava com muita inveja do nosso Governador. Olha a imoralidade aqui, ô Pedro Simon! Rui Barbosa, Luiz Inácio, está ali porque disse o seguinte - ele está ali, Rui: “a primazia tem que ser dada ao trabalho e ao trabalhador. Ele veio antes, ele fez a riqueza”.

         Luiz Inácio, V. Exª é tão iludido e os aloprados estão enganando-o. “Aumento de 74% no lucro do Banco do Brasil”. O Banco do Brasil! Empresários meus que trabalham: quem é que ganhou 74%? Quem é que aumentou, brasileira ou brasileiro que trabalha, 74% da sua renda? Está aqui. É o banco.

Então, aí diz outra: “Dilma Rousseff vai cair na folia”. Olha aí.

         Mas o que eu queria dizer é que eu estava com inveja de V. Exª falando sobre o carnaval. E o Geraldo Mesquita foi lá. Esse Governo...

Olha, o melhor hotel do litoral era um Santa Mônica, aí um grupo português comprou-o. Não sei se V. Exª foi. Aliás, o Luiz Inácio se hospedou ali. Tomou um banho. Ele não foi no Piauí, Geraldo Mesquita? Era de um grupo português.

Olha, mas esses aloprados aí... Quem nunca comeu mel, quando come, se lambuza. Eu vou dar um conselho a quem tem hotel: no carnaval, não aceite fornecer bebida, comida para essa gente. Eu acredito que o Luiz Inácio pagou a dele, mas a farra foi tão grande, tão grande, tão grande, que o melhor hotel do litoral fechou as portas. Você conhece o Coqueiro? Fica a mil metros da minha casa, eu passo com a Adalgisa olhando. Era de um empresário... Santa Mônica. Mudou o nome: Islamar.

Luiz Inácio, em nome de Luiz Inácio, prometeram o aeroporto internacional. Não tem mais nem teco-teco, Pedro Simon, não tem avião nenhum. O Geraldo Mesquita foi lá. Só mentira. Os trens: só mentira. A energia... O Governo ia lá, passava réveillon, banqueteava-se e não pagava nada. E o empresário português, competente, dedicado, decorador, com a cultura, está fechado. O outro grande também, Hotel Araras, de um empresário muito rico, num local muito bom, próximo da Lagoa do Portinho, entre Luís Correia e Parnaíba, está fechado. Tinha toboágua, tinha aquela pista de carro, tinha... Eu fui a um congresso médico.

E eu pergunto: por que isso nunca fechou quando nós governamos o Piauí e também outros governadores? Todos os hotéis surgiram pela inspiração do ex-Senador Freitas Neto, que governou o Estado. Ele dava 40%, num acordo, numa parceria, para os empresários. E eu paguei quase todos quando o segui no Governo. A idéia foi do Freitas Neto, e nós concluímos todos aqueles hotéis. Todos. Agora estão fechando. Então, eu não posso convidar nem enaltecer, porque os dois melhores hotéis do litoral estão fechando, por incompetência, por irresponsabilidade do Governo do Estado do Piauí.

Luiz Inácio, é aquele hotel em que Vossa Excelência ficou com a encantadora Primeira-Dama. Está fechado. Vossa Excelência talvez não saiba.

Então, quero uma grande ajuda, dos empresários, nesse carnaval: não aceitem, não, porque essa turma aí de aloprados, é só dando golpe. E, no carnaval, eles são useiros e vezeiros em fazer isso. Fizeram no meu Piauí.

Mas, enfim, essas são as nossas palavras. E temos ainda a esperança no Presidente Luiz Inácio. Ele foi ao México. Foi lá, com Dona Marisa, tirou fotografias extraordinárias. É bonita a Primeira-Dama, nós nos orgulhamos. Foi às pirâmides. Luiz Inácio, quando Vossa Excelência for ao México... Pedro Simon, V. Exª já foi ao México? Geraldo Mesquita, o palácio é na praça. E tem uma frase do General Oregon. Ele foi Presidente, o General. Ele diz o seguinte: “Prefiro um adversário que me diga a verdade do que um aliado amigo que me mente, que me engana e que puxe o saco”. Enfim, um aloprado não me acompanha.

Presidente Luiz Inácio, lembre-se de Cristo: “Afaste de mim esse cálice”. Medite, faça uma reflexão e diga: “Afaste de mim esses aloprados”. E grande parte está no meu Piauí!

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