O SR. MARCO MACIEL (DEM - PE. Com revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Mão Santa. O Requerimento de Pesar que nós apresentamos neste instante, subscrito por mim, pelo Senador Geraldo Mesquita, pelo Senador Adelmir Santana e por V. Exª diz respeito ao falecimento de Osíris Lopes de Azevedo Filho.

            Toda sociedade brasiliense conhece, respeita e admira o talento, a competência e o espírito público de Osíris Lopes de Azevedo Filho, falecido, ontem, nesta Capital e será sepultado, hoje, às 17h no Campo da Esperança.

            Desejo, Sr. Presidente, dizer que conheci Osíris Lopes de Azevedo Filho ao tempo em que éramos estudantes universitários - eu, no Recife; ele, no Rio de Janeiro. Tivemos ocasião de encontros frequentes ao longo de nossa vida universitária e, posteriormente, voltamos a nos encontrar em Brasília, ele exercendo funções públicas e funções docentes, inclusive na UnB; eu, no exercício de mandatos legislativos ou de outras funções públicas que tive o ensejo de ocupar.

            Acredito que falar sobre Osíris Lopes de Azevedo Filho é muito fácil, porque, além de uma excelente vida acadêmica, ele era um grande tributarista, professor titular na Universidade de Brasília e também um grande advogado que se notabilizou, sobretudo, pelos encaminhamento dos problemas ligados à economia e, de modo especial, às questões tributárias.

            Ao tempo da presidência Itamar Franco, ele foi Secretário da Receita Federal e se houve com muito talento. A arrecadação cresceu muito em seu período à frente da Receita Federal, sem que isso tenha sido objeto de aumento de carga tributária. Ele conseguiu elevar a arrecadação, significativamente. Além disso, Osíris Lopes de Azevedo Filho exercia um tipo de magistério desenvolvido, exercitado, através de frequentes artigos que publicava no Correio Braziliense, sobre as momentosas questões brasileiras, de modo especial, dando um viés da questão tributarista, sua grande especialidade.

            Nascido em Cachoeiro do Itapemirim, logo cedo seguiu para a antiga Capital Federal, onde se formou na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Posteriormente, com a criação de Brasília, para cá se transferiu e aqui deixa muitos amigos, colegas e familiares.

            Com esse requerimento, desejo apresentar nossos sentimentos de pesar a Dona Malvina Corujo de Azevedo Lopes, sua viúva, e estendê-los ao seu filho Othon de Azevedo Lopes e a sua nora Ana Frazão de Azevedo Lopes, que muito sofrem neste momento. .

            O Senado Federal não poderia ficar indiferente, sem uma manifestação pelo falecimento de Osíris Lopes de Azevedo Filho.

            Sempre conversávamos sobre os mais diferentes problemas do País. Apreciava seu estilo alegre, cordial e assertivo na defesa de suas idéias.

            Machado de Assis, em um dos seus romances, diz que o louvor dos mortos é uma forma de oração. Com essa homenagem a Osíris Lopes de Azevedo Filho, fazemos uma prece para que ele seja acolhido, como tenho certeza de que acontecerá, no reino celeste.

            Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.