O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB - PI) - Presidente Arthur Virgílio, grande Líder do PSDB, V. Exª diz que não está infeliz em estar aqui. Eu estou feliz, primeiro, de vê-lo vibrante na Oposição; depois, em ouvi-lo e de ter merecido o voto de V. Exª para estar na Mesa Diretora. Embora, realmente, tenhamos votado com toda a confiança no Presidente José Sarney, por achar que ele sabe vencer momentos difíceis, o momento mais difícil da história política foi navegado por ele. “Navegar é preciso; viver não é preciso.” Ele navegou na transição democrática com muita paciência, com muita tolerância, sem nenhuma morte.

            Quero dizer que, hoje, o Plenário assistiu a uma das mais belas reuniões. Foi quando o Presidente Sarney formava uma nova comissão de experts, daqueles laureados do saber de Economia e finanças, para representar o Senado da República, a fim de minimizar os problemas econômicos que vão ocorrer no Brasil. Do partido de V. Exª esteve presente Tasso Jereissati; o Presidente da Comissão, Subcomissão, Dornelles, que foi Ministro da Fazenda; Pedro Simon, esse ícone da moralização; Mercadante, professor de Economia; e Marco Maciel, ex-Vice-Presidente da República deste País.

            Então, foi um avanço, um dos compromissos do Presidente Sarney; o outro foi uma reforma política. O País sabe que ele já entrou em entendimento com o nosso Presidente, do meu Partido, o estadista Michel Temer, e já estão organizando uma comissão mista para fazer a reforma política, a mãe de todas as reformas.

            Portanto, o Presidente José Sarney avançou muito. Eu, aqui, senti a austeridade. Ele, no seu discurso de posse, anunciou 10% de corte nas despesas lineares - e o está fazendo. Até os telefones foram cortados na maioria dos serviços e estamos sentindo em muitos serviços. Eu tenho lido, no exercício da Secretaria, os nomes chegando à Mesa e sendo anunciados. Os partidos estão nomeando - indicando - os seus Senadores e compete a eles seguirem o Regimento e terem a clarividência e a decisão de chegarem à conclusão do que a democracia ensina: é fazer eleição se não houver acordo.