Discurso durante a 23ª Sessão Especial, no Senado Federal

Comemoração dos centro e oitenta e seis anos da Batalha do Jenipapo, ocorrida em Campo Maior, Estado do Piauí.

Autor
Adelmir Santana (DEM - Democratas/DF)
Nome completo: Adelmir Santana
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Comemoração dos centro e oitenta e seis anos da Batalha do Jenipapo, ocorrida em Campo Maior, Estado do Piauí.
Publicação
Publicação no DSF de 12/03/2009 - Página 4456
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • SAUDAÇÃO, PRESENÇA, AUTORIDADE, HOMENAGEM, ANIVERSARIO, LUTA, CONSOLIDAÇÃO, INDEPENDENCIA, BRASIL, MUNICIPIO, CAMPO MAIOR (PI), ESTADO DO PIAUI (PI), INICIATIVA, JOÃO VICENTE CLAUDINO, SENADOR, REALIZAÇÃO, SESSÃO ESPECIAL, COMEMORAÇÃO, FATO, HISTORIA, ELOGIO, POPULAÇÃO, REGIÃO, DEFESA, CULTURA, CIDADANIA.
  • AGRADECIMENTO, HERACLITO FORTES, SENADOR, RECONHECIMENTO, ORADOR, CIDADÃO, ESTADO DO PIAUI (PI), REGISTRO, RECEBIMENTO, PREMIO, GOVERNADOR, REGIÃO, GRUPO, PRESIDENTE, FEDERAÇÃO, COMERCIO, REGIÃO AMAZONICA.

  SENADO FEDERAL SF -

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SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


O SR. ADELMIR SANTANA (DEM - DF. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador João Claudino, Srªs e Srs. Senadores, senhores convidados, permitam-me não nominar todas as autoridades. Cito, em nome do Governador Wellington Dias, todos os convidados e participantes desta sessão.

Eu não vou aqui fazer um histórico da Batalha do Jenipapo, até porque, provavelmente, iria incorrer em alguns erros históricos e porque isso foi muito bem dissertado pelo Senador João Vicente Claudino e pelo Senador que me antecedeu na tribuna.

Não vou também me posicionar nem como um Senador do Governo, para elogiar a série de projetos, como fez agora meu antecessor, nem de oposição, como fez o Senador Mão Santa, ao tecer considerações sobre algumas deficiências de obras públicas no Estado do Piauí.

Mas vim a esta tribuna exatamente porque, ao presidir a sessão, o Senador Heráclito Fortes me colocou na condição de o quarto Senador piauiense. Eu não estava aqui, estava em uma reunião do Sebrae nacional, mas ligado lá no meu computador, ouvindo o pronunciamento do Senador João Vicente Claudino. Não me preparei para esta sessão. Entretanto, na condição em que fui colocado pelo Presidente da sessão, como quarto Senador piauiense, achei por bem vir aqui para me associar a essas homenagens.

E por que me colocam nessa situação de quarto Senador Piauiense? O Heráclito diz que eu nasci em Tucuns, no Município de Uruçuí. Orgulho-me muito. Meus avós de parte de mãe são de Tucuns, meus avós e pai são de Nova Iorque, no Estado do Maranhão. E, talvez, por uma questão machista, eu sendo o primeiro neto e o primeiro filho, o registro saiu de Nova Iorque. Gostaria muito que o meu registro tivesse saído Tucuns, Uruçuí, Piauí.

O meu coração é piauiense, e a minha formação ginasial até o primeiro ano científico se deu na cidade de Teresina. Eu já tinha um veio político, talvez por questões familiares. Sou de uma família de políticos lá no meu Município, Neiva Santana, que é até um Município que eu costumo dizer que tem uma história interessante, tão pequeninho, mas já deu um Governador de Estado, Prefeito da Capital, dois Senadores da República, Deputado Federal, Deputado Estadual. Parece que é a água represada de Boa Esperança. Então, por que me sinto piauiense? Ao estudar em Teresina, além dessa formação familiar, eu, muitas vezes, ia à praça Deodoro no horário de almoço, entre as aulas regulares da escola industrial e o curso técnico que se fazia à tarde, e ficava observando a qualidade dos políticos piauienses. Eu tinha apenas 14 anos, 15 anos. Quantas vezes, fiquei horas e horas ouvindo Severo Eulálio, Celso Barros, Temístocles, não este de hoje, o Temístocles lá de Esperantina, Sebastião Leal, lá do meu Uruçuí - está aqui o Lealzinho -, e tantos outros. E isso, certamente, me sedimentou a formação política, pois sou muito ligado e focado nas questões piauienses.

Aqui, no Senado, tenho sempre destacado essa posição, daí receber essa alta nomeação. Diferentemente de todos os Estados brasileiros, o Piauí tem quatro Senadores. Aqui é a Casa da Federação, mas o Piauí se diferencia: em vez de três tem quatro. E uma coisa interessante: elastecemos a Mesa do Senado de sete titulares para onze, incluindo os suplentes, com mais um piauiense, porque eu também faço parte da Mesa. Então, é um fato inusitado. O Senado não funciona hoje, administrativamente, sem os piauienses, que têm a 1ª Secretaria, a 2ª Secretaria, a 3ª Secretaria e uma suplência da Mesa. Então, o Piauí tem, nesta Casa Federativa, uma força maior do que qualquer outro Estado brasileiro - não incluindo a colocação que fez o Senador Mão Santa de que o Presidente José Sarney só alcançou a presidência por ter um veio de descendência do Piauí.

O Piauí tem me sido muito grato, tem me dado muitas alegrias. O Governador Wellington, em recente encontro aqui em Brasília comemorando datas piauienses, concedeu-me o mérito da Medalha Renascença, em solenidade grandiosa na Praça dos Três Poderes, com a presença de muitas autoridades. Ele me honrou com essa medalha que eu guardo com muito prazer.

Eu tenho também o título de Cidadão de Uruçuí, dado pela Prefeitura local, pelos Vereadores, o que também me engrandece muito, e o título de Cidadão Piauiense, concedido pela Assembléia Legislativa. Portanto, meus vínculos com o Piauí, além desse apreço especial, dessa questão familiar, extrapolam outros acontecimentos.

Assisto aqui, como disse, à paixão dos Senadores piauienses pelo seu Estado.

Não ia tecer considerações históricas ou posições políticas nem da Base de Governo, nem de Oposição, mas falar um pouco dessa fleuma, desse poder, dessa vontade e desse interesse que têm os piauienses pela sua terra natal. Isso é um fato que nós percebemos em qualquer movimento. Aqui mesmo, no Distrito Federal, há uma série de associações de piauienses. E a gente sente a paixão pela difusão da cultura, da arte do povo piauiense. Mesmo alguns com mais de trinta ou quarenta anos residindo no Distrito Federal ainda estão impregnados pela força pátria do seu Estado.

Essa é uma qualidade inconteste: o amor que têm os piauienses por sua terra. E é esse aspecto que eu gostaria de relembrar. Não é apenas a força que foi demonstrada pela liberdade na questão da Batalha de Jenipapo, mas pelo amor que a gente percebe, pela dedicação e pelo apreço que os piauienses têm em defesa da sua terra natal, das suas culturas e da sua cidadania.

Então queria me associar, como quarto Senador piauiense, como piauiense de fato, como piauiense de direito, a esta comemoração, desejando sinceramente que esse espírito de liberdade, que esse espírito de luta seja permanente na nação piauiense, entre todos aqueles que constituem aquele Estado vigoroso, Estado que dá demonstração de apreço por essas liberdades.

Eu me sinto, portanto, um piauiense de verdade e quero estar junto nesta comemoração, declarando o meu amor, a minha dedicação às coisas do Piauí.

Estive agora recentemente mais uma vez no Piauí, onde tive oportunidade de ver companheiros meus da área do comércio, dez presidentes de federações do comércio da Região Norte e Região Centro-Oeste do Brasil, da Região Amazônica, homenageando os três Senadores do Piauí com a Medalha do Mérito Amazônico. E, coincidentemente - talvez eles não tenham mensurado isso - , convidaram a mim, como companheiro deles, talvez pela luta do Sebrae em defesa da micro e pequena empresa e outras coisas mais, para também ser homenageado junto com os Senadores piauienses. Mais uma vez, historicamente, eu estava ali entre os três Senadores do Piauí, compondo portanto a bancada que se diferencia das demais com quatro Senadores.

Parabenizo a todos, ao João Claudino, pela iniciativa desta homenagem, deixando a certeza de que temos que cultuar batalhas como essa que demonstram o apreço, a luta e a vontade por liberdade do povo piauiense. E eu me sinto honrado em estar incluído entre os cidadãos daquela pátria.

Muito obrigado a todos. (Palmas.)


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 12/03/2009 - Página 4456