Discurso durante a 26ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Início da segunda fase da Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas, situada em Linhares, no Estado do Espírito Santo.

Autor
Gerson Camata (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/ES)
Nome completo: Gerson Camata
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA ENERGETICA.:
  • Início da segunda fase da Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas, situada em Linhares, no Estado do Espírito Santo.
Publicação
Publicação no DSF de 14/03/2009 - Página 5159
Assunto
Outros > POLITICA ENERGETICA.
Indexação
  • REGISTRO, VISITA, ESTADO DO ESPIRITO SANTO (ES), PRESIDENTE DA REPUBLICA, INAUGURAÇÃO, FASE, UNIDADE, TRATAMENTO, GAS, CONSOLIDAÇÃO, PARTICIPAÇÃO, PRODUÇÃO, ENERGIA, BRASIL, APRESENTAÇÃO, DADOS, PREVISÃO, PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS), COMPLEMENTAÇÃO, GASODUTO, PROXIMIDADE, AUTO SUFICIENCIA, POSSIBILIDADE, EXPORTAÇÃO, GAS LIQUEFEITO DE PETROLEO (GLP), IMPORTANCIA, INDEPENDENCIA, PRODUTO, PAIS ESTRANGEIRO, BOLIVIA.

  SENADO FEDERAL SF -

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SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


O SR. GERSON CAMATA (PSDB - ES. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, em sua última visita ao Espírito Santo, no final da semana passada, o presidente Lula inaugurou a segunda fase da Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas, situada no município de Linhares, o maior em área territorial do Estado. É um acontecimento merecedor de destaque, pois representa a consolidação do território capixaba como um dos mais importantes agentes no cenário energético brasileiro.

Talvez poucos saibam que, com a conclusão das obras da terceira fase, que está prevista para o segundo semestre de 2009, o Pólo de Cacimbas poderá processar até 18 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural e 34 mil barris de óleo associado ao gás, o chamado condensado de petróleo. É uma contribuição de porte considerável à produção brasileira.

Desde o ano passado, o Polo de Cacimbas fornece gás para o Espírito Santo e o Rio de Janeiro, por meio do Gasene, o Gasoduto Sudeste-Nordeste. A partir deste mês, estará capacitado para processar 11 milhões de metros cúbicos diários de gás e 15 mil barris de condensado de petróleo.

Quando estiver concluído, e os campos de gás de Canapu e Camarupim iniciarem sua produção, o pólo processará gás natural dos campos situados em terras do Norte do Estado e também dos campos marítimos, entre os quais, além de Canapu e Camarupim, estão os de Peroá, Cangoá e Golfinho.

O gasoduto Sul-Norte, cuja construção está prevista nos planos da Petrobras, permitirá que o Pólo de Cacimbas processe ainda o gás natural do Parque das Baleias, localizado no litoral Sul. Além disso, uma vez concluído o trecho do Gasene que vai de Cacimbas a Catu, na Bahia, o gás capixaba poderá suprir parte da demanda da região Nordeste.

A dimensão dos investimentos programados para Cacimbas é plenamente justificada por sua importância estratégica para a matriz energética do País. Neles está prevista a construção de duas termelétricas e ainda da infra-estrutura para a produção de GLP, o gás de cozinha, e condensado de petróleo.

Uma vez terminado o Pólo de Cacimbas fornecerá 700 toneladas por dia de GLP, combustível para o qual ainda dependemos de fornecimento do Exterior. No ano passado, precisamos importar 1 milhão de toneladas para atender ao consumo interno.

Essas 700 toneladas diárias reduzirão a dependência, e poderão ser exportadas para outros Estados, tornando mais próxima a perspectiva de que o Brasil se transforme em exportador do produto, talvez até mesmo no ano que vem.

Os recursos explorados pela Petrobras em território capixaba também representam a antecipação de projetos de suprimento de gás natural que possibilitarão reduzir nossa dependência da Bolívia - que, como já demonstrou a experiência recente, deve merecer prioridade nos planos energéticos do País.

O Brasil não pode ficar dependente de um único fornecedor externo do combustível, e a crise provocada pela nacionalização das reservas de petróleo e gás do país vizinho foi a prova que faltava de que é preciso adotar medidas capazes de reverter esse quadro. Para resolver o problema, as reservas do Espírito Santo são uma das saídas e, sem dúvida, a mais rápida e econômica. Vai longe a época em que investimentos como o realizado em Linhares não eram compensadores. Hoje, são vitais para o futuro do País.

Era o que tinha a dizer.

Muito obrigado.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 14/03/2009 - Página 5159