Pronunciamento de Gerson Camata em 13/03/2009
Discurso durante a 26ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal
Início da segunda fase da Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas, situada em Linhares, no Estado do Espírito Santo.
- Autor
- Gerson Camata (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/ES)
- Nome completo: Gerson Camata
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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POLITICA ENERGETICA.:
- Início da segunda fase da Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas, situada em Linhares, no Estado do Espírito Santo.
- Publicação
- Publicação no DSF de 14/03/2009 - Página 5159
- Assunto
- Outros > POLITICA ENERGETICA.
- Indexação
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- REGISTRO, VISITA, ESTADO DO ESPIRITO SANTO (ES), PRESIDENTE DA REPUBLICA, INAUGURAÇÃO, FASE, UNIDADE, TRATAMENTO, GAS, CONSOLIDAÇÃO, PARTICIPAÇÃO, PRODUÇÃO, ENERGIA, BRASIL, APRESENTAÇÃO, DADOS, PREVISÃO, PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS), COMPLEMENTAÇÃO, GASODUTO, PROXIMIDADE, AUTO SUFICIENCIA, POSSIBILIDADE, EXPORTAÇÃO, GAS LIQUEFEITO DE PETROLEO (GLP), IMPORTANCIA, INDEPENDENCIA, PRODUTO, PAIS ESTRANGEIRO, BOLIVIA.
SENADO FEDERAL SF -
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O SR. GERSON CAMATA (PSDB - ES. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, em sua última visita ao Espírito Santo, no final da semana passada, o presidente Lula inaugurou a segunda fase da Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas, situada no município de Linhares, o maior em área territorial do Estado. É um acontecimento merecedor de destaque, pois representa a consolidação do território capixaba como um dos mais importantes agentes no cenário energético brasileiro.
Talvez poucos saibam que, com a conclusão das obras da terceira fase, que está prevista para o segundo semestre de 2009, o Pólo de Cacimbas poderá processar até 18 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural e 34 mil barris de óleo associado ao gás, o chamado condensado de petróleo. É uma contribuição de porte considerável à produção brasileira.
Desde o ano passado, o Polo de Cacimbas fornece gás para o Espírito Santo e o Rio de Janeiro, por meio do Gasene, o Gasoduto Sudeste-Nordeste. A partir deste mês, estará capacitado para processar 11 milhões de metros cúbicos diários de gás e 15 mil barris de condensado de petróleo.
Quando estiver concluído, e os campos de gás de Canapu e Camarupim iniciarem sua produção, o pólo processará gás natural dos campos situados em terras do Norte do Estado e também dos campos marítimos, entre os quais, além de Canapu e Camarupim, estão os de Peroá, Cangoá e Golfinho.
O gasoduto Sul-Norte, cuja construção está prevista nos planos da Petrobras, permitirá que o Pólo de Cacimbas processe ainda o gás natural do Parque das Baleias, localizado no litoral Sul. Além disso, uma vez concluído o trecho do Gasene que vai de Cacimbas a Catu, na Bahia, o gás capixaba poderá suprir parte da demanda da região Nordeste.
A dimensão dos investimentos programados para Cacimbas é plenamente justificada por sua importância estratégica para a matriz energética do País. Neles está prevista a construção de duas termelétricas e ainda da infra-estrutura para a produção de GLP, o gás de cozinha, e condensado de petróleo.
Uma vez terminado o Pólo de Cacimbas fornecerá 700 toneladas por dia de GLP, combustível para o qual ainda dependemos de fornecimento do Exterior. No ano passado, precisamos importar 1 milhão de toneladas para atender ao consumo interno.
Essas 700 toneladas diárias reduzirão a dependência, e poderão ser exportadas para outros Estados, tornando mais próxima a perspectiva de que o Brasil se transforme em exportador do produto, talvez até mesmo no ano que vem.
Os recursos explorados pela Petrobras em território capixaba também representam a antecipação de projetos de suprimento de gás natural que possibilitarão reduzir nossa dependência da Bolívia - que, como já demonstrou a experiência recente, deve merecer prioridade nos planos energéticos do País.
O Brasil não pode ficar dependente de um único fornecedor externo do combustível, e a crise provocada pela nacionalização das reservas de petróleo e gás do país vizinho foi a prova que faltava de que é preciso adotar medidas capazes de reverter esse quadro. Para resolver o problema, as reservas do Espírito Santo são uma das saídas e, sem dúvida, a mais rápida e econômica. Vai longe a época em que investimentos como o realizado em Linhares não eram compensadores. Hoje, são vitais para o futuro do País.
Era o que tinha a dizer.
Muito obrigado.
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