Discurso durante a 23ª Sessão Especial, no Senado Federal

Comentário sobre a reportagem da revista Época desta semana, sobre o jogo de computador japonês que simula o estupro de mulheres.

Autor
Romeu Tuma (PTB - Partido Trabalhista Brasileiro/SP)
Nome completo: Romeu Tuma
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. SEGURANÇA PUBLICA.:
  • Comentário sobre a reportagem da revista Época desta semana, sobre o jogo de computador japonês que simula o estupro de mulheres.
Publicação
Publicação no DSF de 12/03/2009 - Página 4564
Assunto
Outros > HOMENAGEM. SEGURANÇA PUBLICA.
Indexação
  • CUMPRIMENTO, BANCADA, SENADOR, HOMENAGEM, ANIVERSARIO, LUTA, HISTORIA, CONSOLIDAÇÃO, INDEPENDENCIA, BRASIL, MUNICIPIO, CAMPO MAIOR (PI), ESTADO DO PIAUI (PI).
  • COMENTARIO, ARTIGO DE IMPRENSA, PERIODICO, EPOCA, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), EXISTENCIA, PROGRAMA, COMPUTADOR, ORIGEM, PAIS ESTRANGEIRO, JAPÃO, SIMULAÇÃO, ESTUPRO, MULHER, REPUDIO, DIVULGAÇÃO, CONTEUDO, INCENTIVO, CRIME CONTRA A LIBERDADE SEXUAL, CONCLAMAÇÃO, ATENÇÃO, PAES, ATIVIDADE, FILHO.

            O SR. ROMEU TUMA (PTB - SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Primeiramente, queria cumprimentar os três Senadores do Piauí pela dignidade com que representam o seu Estado aqui, notadamente, hoje pela manhã, com a homenagem à Guerra do Jenipapo, que foi uma extensão do Sul para a manutenção da Independência brasileira. Lá, muitos heróis vieram a falecer na luta contra a tentativa de manutenção do domínio português. Cumprimento V. Exª e o povo do Piauí pela luta heróica na Batalha do Jenipapo.

            Presidente Heráclito, meu querido amigo, grande Senador, o que me traz a falar dois minutos é um jogo de computador que simula o estupro de mulheres.

            Fiquei estarrecido ao ler na revista semanal Época deste final de semana que um jogo de computador simula o estupro de mulheres. No jogo virtual “RapeLay”, que está causando polêmica nos Estados Unidos, o jogador deve estuprar mulheres no metrô e ganha pontos quem mais praticar o crime.

            No momento em que o Brasil luta para combater a pedofilia, em particular o Senado, onde funciona uma CPI criada para esse fim, é inadmissível que crimes sexuais sejam banalizados em jogos que podem chegar às mãos de crianças e adolescentes e mesmo alimentar a fixação doentia de muitos adultos.

            Produzido pela Ilusion, empresa japonesa especializada em fazer jogos pornográficos, o “simulador de estupro” é comercializado naquele país desde 2006. Mas desde o mês passado o jogo atravessou fronteiras e chegou a várias partes do mundo, por meio do site de venda norte-americano Amazon. A descrição do jogo é estarrecedora, Sr. Presidente.

            Diz o seguinte: “No jogo, você é um perturbador da ordem pública que, agora, longe da prisão, busca novas metas. Você encontra uma mãe solteira e suas duas filhas e começa a caçá-las, uma a uma”.

         Diante da repercussão negativa, os sites da Amazon e o de leilões eBay retiraram o produto de seus catálogos. Mas o estrago já está feito. Cópias piratas podem ser baixadas pela Internet.

            Esta não é a primeira vez que jogos de computador estimulam a prática de crimes. Em 1997, o jogo Carmageddom causou polêmica em todo o mundo. Nele, o jogador participava de uma corrida em que quanto mais pessoas atropelasse com seu carro virtual, mais pontos ganhava. As vítimas eram crianças, velhinhas, freiras e mulheres grávidas.

            Por isso, alerto aos pais para que fiquem atentos aos jogos que são instalados nos computadores de casa.

            Agradeço a V. Exª pela oportunidade, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 12/03/2009 - Página 4564