Discurso durante a 28ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comenta reunião da Comissão de Agricultura com a presença do Ministro Reinhold Stephanes, representante do Banco do Brasil, presidente da ABIEC e da ABRAFRIGO, para debater a crise no setor da pecuária.

Autor
Jayme Campos (DEM - Democratas/MT)
Nome completo: Jayme Veríssimo de Campos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
PECUARIA.:
  • Comenta reunião da Comissão de Agricultura com a presença do Ministro Reinhold Stephanes, representante do Banco do Brasil, presidente da ABIEC e da ABRAFRIGO, para debater a crise no setor da pecuária.
Publicação
Publicação no DSF de 18/03/2009 - Página 5706
Assunto
Outros > PECUARIA.
Indexação
  • REGISTRO, REUNIÃO, COMISSÃO DE AGRICULTURA, SENADO, PARTICIPAÇÃO, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA AGRICULTURA PECUARIA E ABASTECIMENTO (MAPA), REPRESENTANTE, BANCO DO BRASIL, PRESIDENTE, ASSOCIAÇÃO AGROPECUARIA, BUSCA, SOLUÇÃO, CRISE, PECUARIA, AMBITO NACIONAL, FECHAMENTO, FRIGORIFICO, AMPLIAÇÃO, DESEMPREGO, ESPECIFICAÇÃO, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), DEFESA, AGILIZAÇÃO, LIBERAÇÃO, CREDITOS, EXPORTAÇÃO, NECESSIDADE, GOVERNO FEDERAL, AUMENTO, AUXILIO, PRODUTOR, CARNE.

            O SR. JAYME CAMPOS (DEM - MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, é apenas um breve comunicado.

            Hoje, nós tivemos a satisfação de receber, na Comissão de Agricultura, a visita do Ministro Reinhold Stephanes. Naturalmente, junto com ele, estava o representante do Banco do Brasil do agronegócio; estava o Presidente da Abiec; da Abrafrigo - presenças muito oportunas, até para que possamos tranquilizar o setor da pecuária brasileira, tendo em vista que, nos últimos dias, aconteceram fatos não agradáveis nessa área. Foram fechados, só no Estado de Mato Grosso, algo em torno de 15 fábricas, ou seja, 15 frigoríficos.

            Naturalmente, isso traz um transtorno muito sério, sobretudo no que tange à geração de emprego e renda. Hoje, lamentavelmente, quase 20 mil operários que trabalhavam nessas fábricas estão desempregados.

            Mas, pelo que me parece, surgiu uma luz no fim do túnel, tendo em vista que o Ministro da Agricultura, de forma muito sábia, está procurando naturalmente uma solução para o que passou a ser não só um problema localizado, mas, sobretudo, um problema do Governo. Além da falta de crédito, ou seja, da linha da ACC, há falta de incentivo por parte do Governo Federal, à medida que vários frigoríficos têm créditos para receber do Governo Federal, através do Crédito de Exportação. E esses frigoríficos, nesses momentos de crise, de dificuldades precisam, com certeza, receber, de forma rápida, esses créditos que ainda existem junto ao Governo Federal, para quitar os seus passivos junto aos pecuaristas da região, sobretudo do meu Estado do Mato Grosso, e certamente em relação também aos seus trabalhadores.

            Portanto eu quero aqui, nesta oportunidade, dizer que o Ministro da Agricultura realmente tem exercitado em sua plenitude aquilo que é direito, aquilo que é o papel do Ministro da Agricultura: trabalhar, lutar na defesa dos interesses daqueles que produzem, o homem do campo. Eis aí uma esperança.

            Quero aqui, desta tribuna, dizer aos nossos colegas produtores rurais do Mato Grosso, sobretudo da pecuária, que fiquem tranquilos, que buscarão uma solução. Para que V. Exª tenha conhecimento, é algo em torno de R$200 milhões o que só um grupo dessa área frigorífica está em pendência com os pecuaristas nacionalmente. Mato Grosso, com certeza, representa uma grande parcela desse dinheiro que está em pendência. Isso formou uma cadeia. E, lamentavelmente, além dos 20 mil desempregados, há realmente um baque muito grande no comércio, nas farmácias, nos postos de gasolina. Enfim, toda a atividade econômica desses Municípios está sendo prejudicada.

            Faço, Sr. Presidente, um alerta ao Presidente Lula para que dê apoio, através do BNDES, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, abrindo linhas de crédito que vão permitir a reabertura desses frigoríficos em Mato Grosso, em Mato Grosso do Sul, em Goiás, em São Paulo... Enfim, são quase 50 plantas do total de três grupos empresariais da área de frigorífico no Brasil.

            Obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 18/03/2009 - Página 5706