Discurso durante a 47ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Agradecimentos ao Dr. Henrique Meirelles, Presidente do Banco Central, que recebeu a bancada do PTB. (como Líder)

Autor
Romeu Tuma (PTB - Partido Trabalhista Brasileiro/SP)
Nome completo: Romeu Tuma
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
DIREITOS HUMANOS. POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA.:
  • Agradecimentos ao Dr. Henrique Meirelles, Presidente do Banco Central, que recebeu a bancada do PTB. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 08/04/2009 - Página 9854
Assunto
Outros > DIREITOS HUMANOS. POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA.
Indexação
  • IMPORTANCIA, DEBATE, SITUAÇÃO, BRASILEIROS, EXTERIOR, COMENTARIO, ATUAÇÃO, ORADOR, QUALIDADE, RELATOR, PROJETO, CONCESSÃO, ANISTIA, ESTRANGEIRO, BRASIL, NECESSIDADE, RESPEITO, DIREITOS HUMANOS.
  • AGRADECIMENTO, HENRIQUE MEIRELLES, PRESIDENTE, BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN), RECEBIMENTO, BANCADA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO TRABALHISTA BRASILEIRO (PTB), DEMONSTRAÇÃO, EVOLUÇÃO, ECONOMIA, PERIODO, CRISE, SISTEMA FINANCEIRO INTERNACIONAL, ADVERTENCIA, VARIAÇÃO, PREÇO, DOLAR, EMPENHO, MANUTENÇÃO, ESTABILIDADE, AUMENTO, RESERVAS CAMBIAIS, SAUDAÇÃO, DIRETORIA, BUSCA, REFORÇO, ECONOMIA NACIONAL.

  SENADO FEDERAL SF -

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O SR. ROMEU TUMA (PTB - SP. Pela Liderança do PTB. Sem revisão do orador.) - Senador Cristovam, vou ser rápido, porque está todo mundo ansioso para ouvir V. Exª sobre a sua proposta aprovada neste Plenário.

Acho que temos, realmente, de discutir e verificar a importância dos brasileiros que estão lá fora, sofrendo muito, sem representatividade. É claro que fui relator de uma medida, de interesse até do Governo Federal, de anistiar aqueles estrangeiros que aqui aportaram até 1º de novembro de 2008.

Estamos na direção de respeitar os direitos humanos, quando, na Europa e em outras áreas, os direitos humanos são de prender o estrangeiro ilegal por oito meses sem processo. Então, acho que realmente temos de começar a discutir essa situação, para encontrar o caminho do bem.

Mas o que me trouxe à tribuna foi o desejo de agradecer ao Dr. Meirelles, Presidente do Banco Central, que recebeu a nossa bancada, recentemente, na sede do Banco, com um almoço, quando teve oportunidade de nos dar uma demonstração de toda a evolução econômica, bem como as dificuldades que foram surgindo durante a crise.

Algumas anotações foram feitas, para que eu pudesse ler, mas não vou demorar, não. Apenas acho que uma coisa foi muito importante: o que ele nos alertou sobre a hora da crise, em que houve oscilação do dólar.

Hoje a Senadora Kátia Abreu falou muito sobre o problema da agricultura na Comissão, ou seja, a oscilação do dólar deu prejuízo à agricultura. Quando investiram na agricultura, o dólar estava baixo. Achavam que iam colher naquele preço ou mais alto, mas ele novamente caía. O Presidente nos mostrou que foi comprando dólar, fazendo uma reserva de duzentos e poucos bilhões de dólares, o que foi uma virtude na hora em que as empresas que tinham de pagar em dólares não encontravam mercado vendedor. Com esse acúmulo, para o dólar não ir até uma baixa quase insuportável para a economia brasileira, garantiu-se a venda de dólares, para que pudessem os devedores encontrar o dólar no Banco Central e, assim, cumprir seus compromissos. E outras coisas ele nos expôs com tranquilidade, com serenidade, com gráficos, mostrando todo o acerto do trabalho que o Banco Central vem fazendo na sua gestão.

É claro que é diferente um depoimento na sede do Banco Central, onde o interlocutor tem toda liberdade de expor e as perguntas são mais diretas, do que em uma comissão, onde as discussões paralelas acabam quase inviabilizando o entendimento e a busca de informações mais corretas, principalmente na área da economia, que é tão difícil de ser entendida pela população e por nós mesmos, em alguns casos.

Essa crise é internacional e alcança o mundo inteiro, mas o Dr. Meirelles tem trazido um acompanhamento sério, para evitar um prejuízo enorme. As reservas internacionais, Senadora, chegaram, na entrada da crise, a US$205 bilhões. O Brasil comprou dólar. No início da crise, estava com US$205 bilhões de reserva, o que deu oportunidade àqueles que investiram no mercado financeiro - que trouxe amargos prejuízos para várias grandes empresas. O Banco Central pôde ajudar os que tinham de pagar em dólar a encontrar um mercado vendedor dentro do Banco Central. Ali encontraram o necessário para cumprir suas dívidas.

Queria aqui deixar um abraço para o Dr. Meirelles e para toda a diretoria do Banco Central.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 08/04/2009 - Página 9854