O SR. JOÃO PEDRO (Bloco/PT - AM. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senador Wellington, que preside esta sessão justa da Casa, do Senado; Presidente Carlos Henrique; Ministro, que acaba de se retirar; dirigentes desta instituição do povo brasileiro, os Correios; servidores; Senadores que estão aqui, quero parabenizar o Senador Wellington Salgado pela iniciativa e quero me associar a todas as falas, não só dos Senadores, mas da sociedade brasileira, que comemora esses anos da presença dos Correios, das cores amarelo e azul pelo interior do Brasil.

Como o Senador Jefferson Praia, que é professor da universidade, também sou do Estado do Amazonas e quero ilustrar a presença dos Correios nesta data de festa, mas também de reflexão acerca de uma instituição das mais importantes do Estado brasileiro. Eu quero dizer aqui, nesta sessão solene, que os Correios, no Amazonas, é a instituição que está em todos os Municípios. Quando se olha a presença das instituições do Estado brasileiro, você encontra o Banco do Brasil presente em oito Municípios, a Funasa em outros tantos, e assim vai; Ibama, Incra. Mas quem está presente em todos os Municípios lá, no Amazonas, o maior Estado da Federação, lá, na Amazônia brasileira, é esta instituição que está aniversariando. Eu quero parabenizar os Correios por estarem presentes em todos os Municípios do Estado do Amazonas. Não é simples isso. Eu faço uma crítica ao Estado brasileiro, à construção do Estado brasileiro, por não entender, na sua magnitude, na sua profundidade, na sua estratégia, a importância da Amazônia. Daí a ausência de instituições importantes.

Então, quando uma instituição está presente na Amazônia, constatamos que há um grau de compreensão do papel estratégico dessa região para o Brasil, para a Pan-Amazônia. Quando vejo os Correios ali, quando vejo os carteiros, aplaudo a instituição e a compreensão da importância econômica e social que representa para a Amazônia a presença de uma instituição como os Correios.

Quero mencionar aqui dois locais distantes deste Brasil, no Amazonas: Cucuí, na fronteira com a Venezuela, com a Colômbia, que tem a presença do exército, do pelotão, e tem a presença dos Correios; e Araweté, que é uma comunidade indígena, também na fronteira com a Colômbia. É um desafio chegar ali, estar ali, manter um Banco Postal. E só a compreensão social faz com que uma instituição como os Correios se faça presente em um ponto distante do nosso Brasil, do nosso País. E a presença da empresa na Amazônia tem que ter um caráter social muito forte para que a correspondência, para que a comunicação chegue nas comunidades ribeirinhas da Amazônia, chegue nas populações indígenas, chegue nas pequenas cidades, nos lagos, nas distâncias

Parabenizo a empresa pelo aniversário e quero dizer que nós precisamos ainda mais da empresa na nossa Amazônia. Eu quero destacar a presença da empresa, mas existem comunidades na nossa região, na nossa fronteira... A Amazônia tem onze mil quilômetros de fronteira, com pequenas comunidades, com populações indígenas, com populações ribeirinhas e com cidades, como Benjamin Constant. Lá estão os Correios. Tabatinga, Atalaia do Norte, lá estão os Correios. As distâncias do Rio Solimões... São Paulo de Olivença, Santo Antônio do Içá...

Então, manifesto a minha alegria em constatar a presença de uma instituição brasileira, de uma instituição nacional, de uma instituição que está do Rio Grande do Sul ao extremo norte. Até bem pouco tempo, Roraima tinha a gestão do Amazonas; hoje, Roraima tem a sua autonomia - e é justo que Roraima tenha a sua autonomia de gestão. Mas lá estão os Correios, fazendo fronteira da Amazônia com esse país irmão nosso, que é a Venezuela.

Quero parabenizar a todos da sua direção, o seu Presidente, que se faz presente aqui, Carlos Henrique, a todos os gerentes, superintendentes. No Amazonas tem o Ageu Cavalcanti. Os carteiros, que são em torno de 1.500, são os abnegados, porque a linha do Equador passa bem ali, Senador Wellington Salgado. Quando não é o calor da Amazônia, temos a chuva amazônida. E os carteiros são servidores abnegados, em torno de 1.500. Parabenizo-os todos pela presença nos 62 Municípios, mas também nas pequenas comunidades, como em Parintins. Os Correios participam daquela festa, do folclore do Caprichoso e do Garantido; essa festa bonita, popular lá no Amazonas. Os Correios são os patrocinadores, e espero que continuem patrocinando essa manifestação cultural.

Os Correios estão ali, em localidades como Mocambo ou Caburi, comunidades ribeirinhas, comunidades amazônidas. E lá estão esses abnegados servidores do Brasil, que diminuem as distâncias dentro das distâncias do Brasil, das distâncias da Amazônia, quando chega o sedex, quando chega comunicação, a carta, que aproxima homens, mulheres, paixões, sonhos, notícias.

Enfim, parabéns pelos 40 anos! Parabéns pelo trabalho desta empresa, que, há bem pouco tempo, foi ameaçada de privatização. Quero dizer da manifestação contundente dos servidores dos Correios. Nesse sentido, o Presidente Lula recebeu um manifesto e assumiu o compromisso, no primeiro e no segundo mandato, de não privatizar os Correios.

(O Sr. Presidente faz soar a campainha.)

O SR. JOÃO PEDRO (Bloco/PT - AM) - Os Correios devem ser essa instituição pública do Brasil; e que continuem se aperfeiçoando e melhorando ainda mais, para orgulho de todos nós, brasileiros.

Parabéns, Senador Wellington, pela iniciativa; e parabéns aos servidores dos Correios de todo o Brasil!

Muito obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.)

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