O SR. FLEXA RIBEIRO (PSDB - PA. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, é com justo orgulho e sincero júbilo que registro, desta tribuna, a passagem do quadragésimo aniversário da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, a conhecida e reconhecida ECT. Embora o País tenha uma tradição postal que atravesse os séculos - tendo na célebre carta de Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal o primeiro registro de correspondência que se tem notícia entre nós -, foi a partir de 20 de março de 1969 que uma verdadeira revolução operou-se nesse estratégico setor. A transformação da antiga autarquia, que era o Departamento de Correios e Telégrafos, em ECT, empresa pública vinculada ao Ministério das Comunicações, assinalou o surgimento da moderna estatal brasileira operadora dos serviços postais de que tanto nos orgulhamos.

Como instituição, os Correios do Brasil atuam há muito tempo, com cerca de três séculos e meio de experiência. Foi nas últimas quatro décadas, no entanto, que a empresa adquiriu novas e inovadoras feições, identificando-se plenamente com o tempo presente e consciente da missão integradora que lhe cabe desempenhar na configuração de um Brasil desenvolvido e moderno.

Acerca disso, aliás, devo lembrar que, a despeito dos erros e dos eventuais acertos que acompanharam sua trajetória de vinte e um anos, de uma coisa o regime militar instaurado em 1964 não pode ser acusado: o de não ter se esforçado por modernizar o País, colocando-o em dia com as inovações tecnológicas que o mundo então apresentava. A área das comunicações foi o símbolo maior desse processo de modernização.

Justamente no campo das comunicações, a transformação verificada nos Correios ocupa posição de relevo. Com efeito, no transcurso dos anos 1970, nascia uma ECT disposta a antecipar o futuro. As conquistas se avolumam: modifica-se profundamente o modelo de gestão do setor postal brasileiro, enfatiza-se a formação educacional e profissional dos servidores e busca-se na mais avançada tecnologia disponível o aporte indispensável ao trabalho que executa. Consolidava-se, a partir de então, a marca de uma empresa na qual todos confiam, tornada autêntico patrimônio nacional.

Não há outra instituição no País com tamanha capilaridade. Dos gigantescos centros urbanos às pequeninas vilas espalhadas por nosso imenso território continental, não há brasileiro algum a quem os Correios não cheguem. Vencendo barreiras naturais e enfrentando os mais diversos desafios, os Correios talvez sejam a instituição nacional mais vivamente integrada à paisagem humana e geográfica do Brasil.

Nessa perspectiva, Sr. Presidente, nada mais justo e oportuno do que realçar e enaltecer o valor dos milhares de funcionários que dão vida à empresa. Além de tecnicamente preparados para a missão, trata-se de esplêndido conjunto de homens e mulheres que compreendem perfeitamente bem o sentido social de seu trabalho. Executam-no não apenas com a devida competência técnica, facilmente perceptível por quem quer que o acompanhe, mas também ciosos do que representam para o cotidiano de todos os brasileiros. A esses valorosos trabalhadores, a quem a ECT deve parcela ponderável de sua excelência profissional e do êxito obtido como empresa rentável e plenamente adaptada aos tempos atuais, nosso mais efusivo aplauso.

A todos os que fazem a ECT, dos mais altos escalões diretores aos mais jovens funcionários, nossos parabéns pelos quarenta anos de existência da empresa. São quatro décadas em que a força da experiência secular se une ao arrojo modernizador, de que decorre uma empresa da qual todos nós, brasileiros de todas as regiões, podemos e devemos nos orgulhar! Vida longa à ECT!

Muito obrigado.

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