O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PMDB - PI) - Foi um brilhante pronunciamento do Senador Inácio Arruda, a quem agradeço por ter sido muito gentil ao citar um membro do seu Partido, que é um dos maiores artistas do Brasil: João Cláudio Moreno.

            Olha, eu o comparo ao Charles Chaplin, ao Cantinflas, ao Chico Anísio, ao Jerry Lewis. E eu quero dizer que ninguém melhor no mundo imita Dercy Gonçalves, a que faleceu, Caetano Veloso ou Luiz Gonzaga.

            A bandeira do Piauí tem as mesmas cores da bandeira do Brasil, é mais bonita porque só tem uma estrela. Essa estrela é o nosso artista João Cláudio Moreno, do PCdoB.

            Já que estamos falando de artistas, ô Inácio Arruda, eu sei do potencial artístico do Ceará, de V. Exª, e do Rio Grande do Sul, do Paim, mas quero dizer que o Clodovil veio aqui me conhecer e mostrou intenção de ganhar o livro de Mário Faustino, um escritor piauiense. Depois, levei-lhe o livro. O Mário Faustino era amante da morte. Ele era o autor preferido do nosso Clodovil Hernandes, que faleceu.

            Eu estou aqui com a biografia, que o nosso assessor competente, João Pedro, trouxe-nos agora e ia lê-la, mostrando que o Piauí é celeiro de grandes artistas, como o João Cláudio Moreno, e o artista predileto de Clodovil Hernandes era o piauiense Mário Faustino. Ele morreu em um desastre aéreo e falava muito sobre a morte.

            Em homenagem ao Piauí, em homenagem a Clodovil vou ler o soneto de Mário Faustino de que ele gostava mais.

Necessito de um ser, de um ser humano

Que me envolva de ser

Contra o não ser universal, arcano,

impossível de ler

À luz da lua que ressarce o dano

Cruel de adormecer

À sós, à noite, ao pé do desumano

Desejo de morrer.

Necessito de um ser, de seu abraço,

Escuto e palpitante

Necessito de um ser dormente e lasso

Contra meu ser arfante:

Necessito de um ser sendo ao meu lado

            Mário Faustino, do Piauí, escritor preferido do nosso Clodovil Hernandes.