Discurso durante a 55ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Medidas adotadas pelo Governo do Estado do Espírito Santo para proteção de sua economia, diante da crise internacional.

Autor
Gerson Camata (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/ES)
Nome completo: Gerson Camata
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ESTADO DO ESPIRITO SANTO (ES), GOVERNO ESTADUAL.:
  • Medidas adotadas pelo Governo do Estado do Espírito Santo para proteção de sua economia, diante da crise internacional.
Publicação
Publicação no DSF de 21/04/2009 - Página 12153
Assunto
Outros > ESTADO DO ESPIRITO SANTO (ES), GOVERNO ESTADUAL.
Indexação
  • ELOGIO, ESTADO DO ESPIRITO SANTO (ES), PIONEIRO, PROTEÇÃO, ECONOMIA, PERIODO, CRISE, ECONOMIA INTERNACIONAL, AMPLIAÇÃO, CONTROLE, REDUÇÃO, GASTOS PUBLICOS, DIVULGAÇÃO, GOVERNADOR, PLANO, INVESTIMENTO, SAUDE, EDUCAÇÃO, SEGURANÇA PUBLICA, INFRAESTRUTURA, APRESENTAÇÃO, DADOS, PREVISÃO, VALOR, OFERTA, EMPREGO, SETOR PRIVADO, SETOR PUBLICO, ATENÇÃO, PEQUENA EMPRESA, ACESSO, CREDITOS, EXPANSÃO, Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), CONVENIO, PREFEITURA, BALANÇO, GESTÃO, DESENVOLVIMENTO.

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


O SR. GERSON CAMATA (PMDB - ES. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quando a crise no mercado imobiliário norte-americano deu os sinais iniciais de que não seria apenas um problema restrito aos Estados Unidos, mas desencadearia um terremoto de proporções globais, o Espírito Santo foi o primeiro Estado brasileiro a anunciar medidas para proteger sua economia. Na época, foi instituído um controle rígido das despesas e elaborado um programa de redução de gastos. Na visão do Governador Paulo Hartung, exposta no final do ano passado, era preciso “atravessar o mar da crise de forma organizada, mantendo-se preparado para ir atrás das oportunidades quando a turbulência passar”.

Na semana passada, ao divulgar o Planejamento Estratégico do Estado para 2009, o Governador pode apresentar os frutos dessa visão de longo prazo. Apesar da crise mundial, o governo estadual investirá este ano R$1 bilhão em ações que darão prioridade à saúde, educação, segurança pública e infraestrutura.

Trata-se de um crescimento de 18% em relação ao ano passado, mais R$210 milhões, acréscimo possível graças à poupança que o governo fez ao longo de 2008. Foi um ano em que, com dois objetivos em mente - manter as contas em dia e os projetos prioritários em execução -, a administração estadual conseguiu o feito inédito de economizar no início da crise, para garantir uma intervenção de impacto quando ela chegasse ao auge.

Assim, a prudência, o planejamento e a organização permitirão que o Estado faça esse investimento recorde em obras e projetos, gerando mais de 23 mil empregos. Destes, 20 mil serão no setor privado, em empresas a serem contratadas para a execução de obras públicas e também em novos negócios gerados pelo estímulo ao desenvolvimento. Além disso, estão previstas mais 3 mil e 100 vagas em concursos a serem realizados nas áreas de educação e segurança.

Gastos feitos pelo setor público não podem, é claro, ocupar o lugar que cabe ao investimento privado. O que eles fazem é criar oportunidades e atrativos para que os empreendedores coloquem projetos em prática, dinamizando a economia. O pacote anunciado pelo Governador, segundo estudo do Instituto Jones dos Santos Neves, deve aumentar em 1,25 ponto percentual o crescimento do Produto Interno Bruto do Estado.

A disposição do governo estadual de impulsionar o crescimento do Estado pode ser medida pelo volume de recursos investidos desde 2003: naquele ano, foram R$110 milhões; em 2007, já eram R$758 milhões. Agora, R$1 bilhão. Esse crescimento só se tornou viável com o saneamento das finanças e com a racionalização do emprego do dinheiro disponível, resultante desse saneamento.

Um exemplo dessa racionalização, no Planejamento Estratégico de 2009, é a atenção que mereceram os pequenos empresários, por meio do programa Nossocrédito, desenvolvido pelo Bandes, o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo. As pequenas empresas, como todos sabem, desempenham papel importante, diria até mesmo vital, na geração de empregos e de renda em todo o País. O objetivo é praticamente dobrar a movimentação do crédito. Em 2008, foram aprovadas quase 8.600 operações, movimentando R$26,8 milhões. Este ano, a meta é movimentar R$50 milhões em créditos que começam por R$200,00, com um teto que deve ser ampliado de R$5 mil para R$7,5 mil.

Na área da agricultura familiar, o Pronaf capixaba será expandido para mais 20 municípios, em convênios com as prefeituras. Desde a sua criação, em 2005, ele já liberou, em média, R$3 milhões por ano. O objetivo é atender as regiões mais necessitadas, com menor Índice de Desenvolvimento Humano, como Norte, Noroeste e Vale do Itabapoana.

O setor agrícola foi contemplado ainda com a eletrificação rural de mais 7 mil domicílios e a construção de 500 casas populares para pequenos produtores rurais. No total, as zonas rurais e a população de baixa renda do Interior do Estado receberão 3 mil e 500 moradias de graça pelo programa Nossa Casa do governo do Estado.

Na área educacional, serão construídas, reformadas ou ampliadas 92 escolas estaduais. O Plano dá ênfase à educação profissionalizante, tão necessária em nosso país, com a abertura de 1.500 novas vagas no programa de bolsas da Secretaria de Educação. Além disso, estabelece uma meta de ultrapassar 15 mil vagas em cursos profissionalizantes, até o final do ano. No setor de saúde, está prevista a construção de mais 42 unidades de atenção básica, e também a conclusão do Hospital Central de Vitória, entre outras obras.

Enfim, o maior investimento público da história do Espírito Santo, num momento em que o pessimismo predomina, em que tudo parece conspirar para que prevaleçam a estagnação e a inércia - esse volume de recursos é uma injeção de ânimo que garante o prosseguimento da trajetória de progresso de um Estado com presença cada vez mais significativa no cenário nacional.

Era o que eu tinha a dizer.

Muito obrigado.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 21/04/2009 - Página 12153